domingo, 30 de abril de 2017

O que revela a nossa força


O que revela a nossa força não é sermos imbatíveis,
incansáveis, invulneráveis.
É a coragem de avançar, ainda que com medo.
É a vontade de viver, mesmo que já tenhamos morrido um pouco ou muito, aqui e ali, pelo caminho.
É a intenção de não desistirmos de nós mesmos, por maior que às vezes seja a tentação.
São os gestos de gentileza e ternura que somente os fortes conseguem ter.


Ana Jácomo


sábado, 29 de abril de 2017

A cada instante


Cada instante é o primeiro instante de tua vida. Cada instante é o último instante de tua vida. A verdade muda a cada instante e, ao mesmo tempo, a verdade é a vida eterna.



Kōdō Sawaki Roshi


sexta-feira, 28 de abril de 2017

Nossa mente é naturalmente pacífica


O ponto principal é que esta nossa mente é naturalmente pacífica. É quieta e calma como uma folha que não é soprada pelo vento. Mas se o vento sopra ela abana. Ela faz isso por causa do vento. E, assim, a mente, por causa dos humores, torna-se apanhada nos pensamentos. Se a mente não se perder nesses humores não esvoaça por aí. Se ela compreendesse a natureza dos pensamentos ficaria em quietude. E isso é chamado de estado natural da mente. Nós praticamos para vermos a mente no seu estado natural. Nós pensamos que, na realidade, a mente é ela própria, prazerosa ou pacífica. Mas na realidade a mente não criou nenhum prazer ou dor. Esses pensamentos chegam e iludem-na e ela fica sujeita a eles. Então, nós devemos mesmo treinar as nossas mentes de forma a aumentar a nossa sabedoria. Assim, nós podemos entender a verdadeira natureza dos pensamentos em vez de os seguir cegamente.


Ajahn Chah
(retirado do site nalanda.org.br)





quinta-feira, 27 de abril de 2017

Como Buda


Em cada instante do nosso dia a dia nós temos de fazer brilhar a luz da plena atenção. Vemos alguma coisa e sabemos o que estamos vendo, ouvimos alguma coisa e sabemos que estamos ouvindo. Quando olhamos, olhamos com o Buda. Quando cheiramos, cheiramos como o Buda. Quando tocamos, tocamos como o Buda.


Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)



quarta-feira, 26 de abril de 2017

Tocar o Buda neste momento


Neste exato momento estamos escutando o Darma, e o Buda está conosco, está dentro de nós. Neste momento, se não conseguimos tocar o Buda, não deveríamos falar sobre o futuro. Só o momento presente é real. Se perdermos o momento presente, não poderemos entrar em contato com o Buda e por milhares de vidas seguiremos no ciclo de samsara, sendo concebidos, nascendo e morrendo como os humanos e outros seres.


Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)


terça-feira, 25 de abril de 2017

O Buda que há em nós


Mestre Linji nos diz que temos que regressar a nós mesmos e confiar em nós mesmos. Não devemos mendigar migalhas de outras fontes, quer sejam Budas, mestres, professores espirituais, sutras ou outras escrituras.

Se procurarmos uma coisa fora de nós mesmos, jamais a encontraremos. Temos todas as sementes da condição de Buda dentro de nós. O Buda e os mestres não pertencem ao passado, nem ao futuro, nem a qualquer outro lugar. Eles estão aqui conosco neste momento.


Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Só no presente


O universo existe no momento presente. Nenhum desejo pode arrastá-lo para longe da paz que existe no presente, nem mesmo o desejo de tornar-se um Buda ou de salvar todos os seres. Saiba que tornar-se um Buda e salvar todos os seres só pode ser realizado no fundamento da paz pura do momento presente.


Thich Nhat Hanh


domingo, 23 de abril de 2017

Todos os dias


Todos os dias quando acordo, penso “Eu sou afortunado por estar vivo, por ter uma preciosa vida humana e por isso não irei desperdiçá-la. Usarei todas as minhas energias para desenvolver-me, para expandir meu coração em direção aos outros, para alcançar a iluminação e assim poder beneficiar todos os seres. Terei sempre pensamentos gentis sobre as outras pessoas, não sentirei raiva ou terei pensamentos negativos a respeito delas. Farei o máximo que puder em benefício de todos.”


Dalai Lama


sábado, 22 de abril de 2017

Cuidando do sofrimento


Não sufoque os sentimentos negativos. O Buda nos ensinou a aceitar e acolher os sentimentos difíceis, assim como uma mãe que nina seu bebê quando este chora. O bebê necessita do cuidado da mãe. Da mesma forma, suas emoções negativas e sua agitação estão chorando alto, tentando chamar sua atenção.  Elas também precisam de seu carinho e cuidados. Acolhendo as emoções negativas logo que surgem, você evita ser arrastado pela tempestade emocional e consegue se acalmar.  E quando está calmo, é capaz de reconhecer que já possui o poder e os meios para começar a mudar. Saber parar, acalmar e descansar são condições básicas para se ter saúde.


Thich Nhat Hanh
(“em “Savor – Mindful Eating, Mindful Life”)


sexta-feira, 21 de abril de 2017

Uma visão diferente sobre as dificuldades


Lidar com as dificuldades da vida não significa lutar com elas. Ao contrário, devemos aprender como nos tornar amigos de nossas dificuldades e de nossos desafios. Eles estão ali para nos ajudar, pois são oportunidades para que tenhamos mais compreensão e para que nos transformemos, despertando assim em nós cada vez mais alegria e paz para lidar com eles.  Com a prática da atenção plena temos insights sobre as raízes de nossos problemas.



Thich Nhat Hanh
(em "Savor - Mindful Eating, Mindful Life")


quinta-feira, 20 de abril de 2017

A arte de varrer as folhas do caminho


Varrer as folhas no caminho não significa apenas ter o caminho limpo para que nele se possa correr ou passear. Varrer as folhas é apreciar varrer as folhas. Seguro o ancinho de uma maneira na qual eu me sinta feliz, em paz e sólido durante o tempo em que estiver juntando as folhas. Quero assegurar que cada movimento seja um gesto de iluminação, um gesto de alegria, um gesto de paz. Por isso não tenho pressa, pois vejo que cada gesto ao varrer é tão maravilhoso como o caminho limpo em si. Eu não me satisfaria com menos que isso. Cada movimento ao varrer deve me trazer alegria, solidez e liberdade. Eu preciso estar inteiro, integralmente presente enquanto varro as folhas. Assim, varrer as folhas é a vida em si. Cada movimento ao varrer é uma arte.


Thich Nhat Hanh
(em “At Home in the World: Stories and Essential Teachings from a Monk's Life”)


quarta-feira, 19 de abril de 2017

Sólidos como uma montanha


Cada respiração consciente, cada passo consciente, nos lembram que estamos vivos nesse belo planeta. Não precisamos de mais nada. É maravilhoso apenas estar vivo, respirar e caminhar. Já nos encontramos onde a verdadeira vida está disponível – no presente. Se respiramos e caminhamos dessa maneira, seremos sólidos como uma montanha.



Thich Nhat Hanh

terça-feira, 18 de abril de 2017

Sugestão para os dias difíceis


Há dias que você sente que não é o seu dia, que tudo está dando errado, que por mais que você se esforce as coisas ficam cada vez piores. Todos passam por dias assim. Esse é o momento de parar tudo, de ir para casa e abrigar-se em si mesmo.

A primeira coisa a fazer é fechar as portas e janelas. Nossos olhos, ouvidos, nariz, língua corpo e mente são as seis janelas que devemos fechar quando tudo está em desordem. Nossos sentidos são as janelas para a mente. Através da respiração consciente, desperte sentimentos de calor, aconchego e conforto. Reorganize tudo – seus sentimentos, suas percepções, suas emoções – elas estão completamente dispersas. Pratique mente alerta e concentração para organizar tudo isso em você.

Se nos entregarmos aos momentos difíceis, ficaremos perdidos. Precisamos ter um refúgio para onde sempre possamos ir e esse refúgio é a ilha do Self. Quando firmemente estabelecidos nessa ilha interior, estamos seguros. Podemos ter um tempo para recobrar as energias, nos fortalecermos, até estarmos prontos para voltar à vida diária.

Refugie-se em sua ilha interior pelo tempo que precisar. Pode ser por cinco, dez, quinze minutos ou meia hora. Você se sentirá fortalecido e muito mais sereno.


Thich Nhat Hanh
(em “At Home in the World: Stories and Essential Teachings from a Monk's Life”)



segunda-feira, 17 de abril de 2017

Montanhismo


No montanhismo, aprendemos que não se deve avançar pensando simplesmente em chegar em algum lugar. É preciso dar um passo após o outro, concentrando-se em cada um deles. A minha entrada no mundo das aventuras foi assim. Dei cada passo com extrema dedicação, curtindo o gesto. E a caminhada levou-me a ser o que sou.


Rodrigo Raineri
(alpinista, no livro "No Teto do Mundo" – publicado no blog Sangha Virtual)




domingo, 16 de abril de 2017

Chuang Tzu: completamente livre


Chuang-tzu não é nem místico nem anarquista. Trata-se simplesmente de alguém que não se atém a qualquer construção mental da realidade, alguém que personifica uma vida sem esforço e a paz de coração, porque se libertou das próprias crenças. O que ele subverte é o pensamento convencional, com suas hierarquias de julgamento, seus prós e contras, melhores e piores, internos e externos, além de seus delírios de que a vida é aleatória, injusta e, de alguma forma, não é boa o suficiente.  Aprenda a governar sua mente, diz Chuang-tzu, e o universo governará a si mesmo.


Stephen Mitchell
(em “O Segundo Livro do Tao”)



sábado, 15 de abril de 2017

Prisioneiro da Consciência


Eu conheço uma monja budista graduada pela Universidade de Indiana nos EUA e que praticava no Vietnam (na época da guerra). Ela foi presa por suas ações pela paz e reconciliação entre os dois países.

Em sua cela, ela tentou praticar na prisão da melhor maneira possível. Era difícil, pois se a viam praticando durante o dia, achavam que era uma provocação e um desafio sentar-se daquela maneira, experimentando paz. Assim, ela foi proibida de sentar-se em meditação. Ela tinha que esperar até que apagassem a luz para que pudesse sentar e praticar.

Tentaram roubar dela até mesmo a chance de praticar. Mas ela foi capaz de continuar. Praticou meditação andando, mesmo confinada num espaço exíguo. Foi capaz também de falar com bondade e gentileza para aqueles que estavam presos com ela na cela. Graças à sua prática, pode ajudá-los a sofrer menos.

Tenho também um amigo vietnamita que foi levado para um campo de “reeducação”, numa área remota da selva. Durante os quatro anos em que esteve lá ele praticou meditação e foi capaz de viver interiormente em paz. Quando o soltaram, sua mente estava mais afiada que uma espada. Ele sabia que não havia perdido nada nesses quatro anos em que esteve preso. Ao contrário, ele sabia que havia se “reeducado” na meditação.

Muitas coisas podem ser tiradas de nós mas ninguém é capaz de roubar nossa determinação e nossa liberdade interior. Nem mesmo a nossa prática pode ser roubada. Mesmo nas situações mais extremas é possível manter nossa felicidade, nossa paz e nossa liberdade interior. Enquanto formos capazes de respirar, caminhar e sorrir,  estaremos e paz e poderemos ser felizes.


Thich Nhat Hanh
(em “At Home in the World: Stories and Essential Teachings from a Monk's Life”)


sexta-feira, 14 de abril de 2017

A prática é o objetivo


Mente alerta é a base da minha prática meditativa. Significa lidar com o momento presente ao mesmo tempo e estar consciente de tudo – tanto os elementos positivos quanto os negativos que existem em nós e ao nosso redor. Com ela aprendemos a nutrir os elementos positivos e também reconhecer, abraçar e transformar os elementos negativos.

Devemos lembrar todos os dias que não praticamos para chegar a algum lugar ou para conseguir alguma coisa. A própria prática em si traz a alegria e a paz que estamos buscando. A prática é o objetivo. Todos nós podemos viver felizes no momento presente.


Thich Nhat Hanh
(em “At Home in the World: Stories and Essential Teachings from a Monk's Life”)



quinta-feira, 13 de abril de 2017

Plenamente presente



Estar plenamente atento é estar totalmente presente no que estamos fazendo. Se você está bebendo chá, apenas beba o seu chá. Não beba suas preocupações, seus projetos, seus arrependimentos. Quando você segura sua xícara, você pode apreciar sua respiração, e trazer sua mente de volta ao seu corpo, parar o seu pensamento e tornar-se plenamente presente. Nesse momento, você se torna real e a xícara de chá se torna real. Neste estado de verdadeira presença e liberdade desfrute simplesmente de beber o seu chá.



Thich Nhat Hanh


quarta-feira, 12 de abril de 2017

Cada momento, uma oportunidade


Estamos tão convencidos do que seja comer, do que seja caminhar, do que seja meditar! Porém, uma das primeiras descobertas ao iniciar a praticar é que fazemos essas coisas inconscientemente. Mas quando nos aproximamos com atenção desses momentos que até então era distraídos e quase esquecidos, começamos a reaprender e redescobrir o que seja realmente comer, caminhar, meditar. Assim nos tornamos mais e mais vivos. Cada momento torna-se então uma oportunidade de encontrar o Dharma.

Essas atividades não são momentos desperdiçados. Elas são a vida em si, são a prática em si. Elas podem ser um momento de abertura do coração, de despertar, se assim quisermos. A escolha é nossa. Somos nós que escolhemos estar presentes, somos nós que escolhemos se esses momentos serão momentos de despertar ou momentos insignificantes.


Brother Phap Hai
(em “Nothing To It: Ten Ways To Be At Home With Yourself”)



terça-feira, 11 de abril de 2017

Saber o que fazer e o que não fazer


Devemos ser conscientes dos problemas do mundo. E então, com mente alerta, concentração e insight, saberemos o que fazer e o que não fazer para ajudar. Se estivermos atentos a nossa respiração e mantivermos a prática da equanimidade mesmo nas situações mais difíceis, muitas pessoas, animais e plantas serão beneficiadas.

Você tem plantado sementes de alegria e de paz? Eu tento fazer exatamente isso a cada passo. Paz é cada passo.


Thich Nhat Hanh
(em “At Home in the World: Stories and Essential Teachings from a Monk's Life”)



segunda-feira, 10 de abril de 2017

Hipnose


Lute pela Verdade, para libertar-se do hipnotismo dos condicionamentos psicológicos. Não permita que as tendências inferiores sabotem sua unidade com a Essência, seduzindo-o com o que é efêmero.


Mooji
(em “White Fire”)


domingo, 9 de abril de 2017

Trazendo espiritualidade à vida


Existe uma maneira de transformarmos nossa vida comum em uma vida espiritual. Mesmo as coisas mais simples, como beber chá com a mente alerta, é capaz de tornar-se uma profunda experiência espiritual e enriquecer nossas vidas.

Mas por que uma pessoa levaria duas horas para beber uma xícara de chá? Sob um ponto de vista “comercial” isso seria um desperdício de tempo. Porém, tempo não é dinheiro. O tempo tem muito mais valor que o dinheiro. Tempo é vida. E o dinheiro não é nada se comparado à vida. Em duas horas juntos, bebendo chá, não ganharemos dinheiro. Mas ganharemos vida.


Thich Nhat Hanh
(em “At Home in the World: Stories and Essential Teachings from a Monk's Life”)


sábado, 8 de abril de 2017

A essência da prática de Thich Nhat Hanh


A expressão “Eu cheguei, eu estou em meu lar”, é a personificação da minha prática. É um dos principais selos do Dharma de Plum Village. Ela expressa a minha compreensão do ensinamento do Buda e é a essência de minha prática.

Quando encontro meu lar, não sofro mais. O passado não é mais uma prisão para mim. E o futuro também não é uma prisão. Sou capaz de viver no aqui e no agora e tocar meu verdadeiro lar. Sou capaz de chegar ao meu lar em cada respiração e em cada passo.


Thich Nhat Hanh
(em “At Home in the World: Stories and Essential Teachings from a Monk's Life”)




sexta-feira, 7 de abril de 2017

A vida, momento a momento


Não tente controlar a vida em sua agenda mental. Aceite-a plenamente. Deixe que ela seja uma nova descoberta, momento a momento. Não a sufoque com planejamentos. Deixe que a vida mostre seus mistérios e sua beleza.


Mooji
(em “White Fire”)


quinta-feira, 6 de abril de 2017

Busca


Eu busquei em templos, igrejas e mesquitas
Mas encontrei o Divino em meu Coração.


Rumi
(Mestre Sufi)


quarta-feira, 5 de abril de 2017

Relaxe


Deixe de lado o que já passou.
Deixe de lado o que possa vir.
Deixe de lado o que está acontecendo agora.
Não tente descobrir nada.
Não tente fazer qualquer coisa acontecer.
Relaxe, agora, e repouse.


Tilopa
(Mestre tântrico budista)


terça-feira, 4 de abril de 2017

A Iluminação é um processo destrutivo


A iluminação é um processo destrutivo. Não tem nada a ver com tornar-se melhor ou sentir-se mais feliz. Iluminação é o desmoronar da ilusão, é ver além das máscaras. É a completa erradicação de tudo aquilo que acreditávamos ser real.
                                    

Adyashanti


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Dalai Lama: Possa eu tornar-me...



Possa eu tornar-me em todos os momentos, agora e para sempre,
Um protetor para aqueles sem proteção,
Um guia para aqueles que perderam seu caminho,
Um navio para aqueles com oceanos a cruzar,
Uma ponte para aqueles com rios a atravessar,
Um santuário para aqueles em perigo,
Uma lâmpada para aqueles sem luz,
Um lugar de refúgio para quem não tem abrigo,
E um servo para todos que precisam.


Dalai Lama
(retirado do Facebook)


sábado, 1 de abril de 2017

A mente natural


A Mente, em seu estado natural e intuitivo, é muito mais poderosa que a mente individual. Ela age de uma maneira muito mais ampla. Não é obcecada em interferir ou identificar-se com qualquer coisa. Ela é pura e clara, vazia e fresca. Nela, a vida simplesmente acontece. Quem a conhece permanece sempre em completa harmonia, sem qualquer tensão ou esforço. A mente natural está sempre em estado de graça.


Mooji
(em “Vaster Than Sky, Greater Than Space”)