quinta-feira, 31 de janeiro de 2019


Um guerreiro boddhichitta aceita o fato de que ele nunca saberá o que o espera no momento seguinte.


Pema Chodron
(em “Quando Tudo Se Desfaz”)


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019


A existência desperta é o estado realizado de todos os budas desde o início dos tempos, é o estado natural. Essa natureza desperta existe em todos os seres e necessita apenas ser reconhecida. Ela está presente exatamente agora. Tampouco é algo que você deve aceitar ou rejeitar. Não faça nada a respeito: não a aceite, não a evite, não alimente qualquer esperança ou medo em relação a ela, não tente mudá-la ou melhorá-la de alguma forma: não é necessário fazer nada.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

terça-feira, 29 de janeiro de 2019


O treinamento para reconhecer sua natureza original é simplesmente deixar que as coisas sigam seu curso naturalmente. Significa não utilizar qualquer técnica, qualquer artifício. Reconhecer nossa essência não é meditar sobre ela. É simplesmente permitir, vivenciar, testemunhar a nossa natureza vazia e consciente sendo aquilo que ela já é.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019


O Buda afirmou que nunca estamos separados da iluminação. Mesmo nos momentos nos quais nos sentimos paralisados, nunca estamos separados do estado desperto.


Pema Chodron
(em “Quando Tudo Se Desfaz”)

domingo, 27 de janeiro de 2019


O modo como conhecemos as coisas depende da mente, nada além disso. Podemos deixar as coisas serem. E, quando a mente descansa tranquila desse modo, ela acomoda tudo, como o espaço. O espaço não faz – ele permite. Ele nunca cria objeto e nunca os destrói, que é outra forma de dizer que o espaço não elabora sobre ou rejeita aquilo que se move através dele. O espaço não depende de nada, ainda que tudo dependa da complacente natureza do espaço.


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)

sábado, 26 de janeiro de 2019


Uma experiência plena surge unicamente da nossa habilidade em conhecer a verdade da incoisitude, a verdade de não há “coisa” nas coisas. Quando experimentamos a interdependência e a natureza sem fronteira das coisas, não sentimos o peso do mundo sobre nós – o mundo em oposição a mim. Em vez disso, sentimos a abundância do mundo, e nós somos parte dessa abundância. Quando paramos de objetificar as coisas, a verdade é que não temos nada mais a que reagir.


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019


O estado desperto é livre de pensamentos, porém dinamicamente desperto. Se treinarmos perseverantemente essa atenção, ele se torna o estado plenamente desperto, o estado de buda.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019


Permaneça na consciência não-meditativa. Isso não é algo que você deva criar. Não deve formar ideia do que seja. Simplesmente abra mão dos pensamentos e permita que o estado desperto permaneça estável. Não a estabilidade de sustentar algum pensamento, mas a estabilidade da ausência de pensamento.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019


Precisamos no fazer a pergunta: “Se a gênese da nossa confusão está em nosso hábito de fugir do estado aberto, o que aconteceria se nos habituássemos a estar abertos?”


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)

terça-feira, 22 de janeiro de 2019


A ideia fixa que temos de nós mesmos como sólidos e separados uns dos outros é dolorosamente limitadora. É possível se mover dentro do drama de nossas vidas sem acreditar tão fervorosamente no papel que desempenhamos. A auto-importância nos machuca, limitando-nos ao estreito mundo de nossos gostos e desgostos. Terminamos nunca satisfeitos.

Na opinião do Buda, treinar em permanecer aberto e curioso – treinar em dissolver nossas suposições e crenças – é o melhor uso para nossas vidas humanas.


Pema Chodron



segunda-feira, 21 de janeiro de 2019


Em vez de lutar contra a força da confusão, podemos nos encontrar com ela e relaxar. Quando fazemos isso, gradualmente, descobrimos que a claridade está sempre lá. No meio do pior cenário da pior pessoa do mundo, no meio de todo o pesado diálogo com nós mesmos, o espaço aberto está sempre lá.


Pema Chodron
(em “Quando Tudo Se Desfaz”)

domingo, 20 de janeiro de 2019


O Buda não disse que tudo é Um. Ele disse que tudo surge em dependência de alguma “outra” coisa.


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)


sábado, 19 de janeiro de 2019


O primeiro ensinamento do Buda começa com profunda investigação do sofrimento e suas causas. A contemplação budista oferece-nos a oportunidade de desenvolver uma nova relação com o sofrimento que é o oposto da nossa postura usual de negação das experiências indesejáveis. A partir dessa visão, circunstâncias desafiadoras tornam-se portões de entrada para a liberação.


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019



A totalidade de sua mente é condicionada, inclusive a parte que supostamente seria a alma superior, o Atman. Quando a mente percebe a totalidade do próprio condicionamento – o que não pode fazer enquanto está buscando o próprio consolo, ou preguiçosamente tomando o caminho mais cômodo -, então todos os movimentos cessam; ela fica completamente quieta, sem qualquer desejo, sem qualquer compulsão, sem qualquer objetivo. Somente então existe liberdade.

                                                        
Jiddhu Krishnamurti
(em “Comentários Sobre o Viver” – volume 3)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019


Nossa interação com o mundo define nossa consciência a cada momento. É uma animada e imprevisível troca. O que realmente somos continua a ser uma pergunta aberta. Somos impossíveis de encontrar, esquivos e inconclusos, sempre oscilantes e dinâmicos, e mudamos conforme nosso mundo. Ainda assim temos que pagar as contas e podemos ter certeza de que existe alguém aí fora esperando para receber nossos boletos.


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019


Você não é somente você. Você é o mundo inteiro ou o universo inteiro, e você é o Buda. Seja o que acontecer com você, não importa. Você confia em si mesmo, e essa não é a confiança ou crença usual no que não é real.


Shunryu Suzuki
(em “Nem Sempre é Assim”)

terça-feira, 15 de janeiro de 2019


O Buda desperta para um modo de ser sem centro ou fronteira. Ele não encontra eu ou outro independentes, nem mundo externo nem interno, nem centro nem periferia, nem união nem separação, nem mente nem matéria individualizadas. Apesar de o corpo e a mente aparecerem e nós os experenciarmos, eles não têm limites, não têm fronteiras. E, se é assim, onde poderia o eu residir? Onde começamos e onde termina o mundo?


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019


Não podemos nos dar ao luxo de evitar aquilo, então trabalhamos com nosso medo e lentamente nos acalmamos. Agora vem a parte fascinante: à medida que ficamos mais calmos, percebemos todo tipo de padrões e formas novas emergindo da rocha. Vemos lugares para nos equilibrarmos que não víamos antes. Não estamos condenados, afinal. Quando nos acalmamos e nos abrimos, acessamos uma inteligência especial, livre dos entraves da mente habitual, reativa.

O estado de não saber é um lugar fascinante de se estar.


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)

domingo, 13 de janeiro de 2019


Existir em uma mente grandiosa é um ato de fé. É acreditar que alguma coisa esteja nos apoiando e apoiando todas as nossas atividades, inclusive a mente pensante e a sensibilidade emocional. Todas essas coisas são apoiadas por algo grande , que não possui forma nem cor. É impossível saber o que é, mas algo existe ali. Algo que sempre existe e nós existimos nesse espaço. Esse é o sentimento de puro ser.


Shunryu Suzuki
(em “Nem Sempre é Assim”)

sábado, 12 de janeiro de 2019


Muitas coisas surgirão no seu dia a dia, e se vocês souberem de onde essas coisas surgem, não se sentirão perturbados por elas. Se soubessem como elas surgem, no momento em que algo acontecer vocês estarão prontos: “Ah, algo está surgindo.” É como observar o nascer do Sol: “Oh, veja, o Sol está nascendo”.


Shunryu Suzuki
(em “Nem Sempre é Assim”)



sexta-feira, 11 de janeiro de 2019



O pensamento é condicionado. A mente, por ser o armazém das experiências, memórias, das quais o pensamento se origina, é, em si mesma, condicionada; e qualquer movimento da mente, em qualquer direção, produz os próprios resultados limitados. Quando a mente se esforça para se transformar, apenas constrói outro padrão, diferente, talvez, mas ainda um padrão. Todo esforço da mente para se libertar é a continuação do pensamento; pode estar num nível mais elevado, mas ainda se encontra no próprio círculo do pensamento, do tempo.

Não há forma de pensar melhor ou mais nobre. Todo pensamento é condicionado.


Jiddhu Krishnamurti
(em “Comentários Sobre o Viver” – volume 3)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019


“Perseguir ou rejeitar as coisas apenas leva ao desespero”, pensou o Buda. “Como posso encontrar a sabedoria que transcende as limitações dessas duas posturas?”

Na biografia do Buda encontramos uma mensagem simples: acessamos nossa inteligência mais grandiosa ao nos envolvermos com a vida a partir de um espírito de questionamento, e não pela busca de conclusões absolutas.


Elizabeth Mattis-Namgyel
(em “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)



quarta-feira, 9 de janeiro de 2019


O esforço deve ser para nos livrarmos da atividade autocentrada. É assim que purificamos nossa experiência.


Shunryu Suzuki
(em “Nem Sempre é Assim”)

terça-feira, 8 de janeiro de 2019


Assim que Janaka percebeu que ele não era ninguém, todos os conflitos desapareceram e ele pôde regojizar-se totalmente.


Sri Sri Ravi Shamkar
(comentários em “ Ashtavakra Gita”)



segunda-feira, 7 de janeiro de 2019


Não pense em nada. Aprenda a aquietar sua mente. Aprenda como tornar sua mente serena e quieta como um lago imóvel. Um lago imóvel pode atrair nossa imagem, refletir o sol, as estrelas, a lua, as árvores, a grama. Um lago que turbulento não pode refletir nada.

Robert Adams

domingo, 6 de janeiro de 2019


A origem de nosso sofrimento é uma espécie de briga com a realidade, um não reconhecimento da natureza plástica, impermanente e insubstancial dos fenômenos. Tentamos ser felizes resolvendo uma vida que nunca se resolve. Tentamos consertar o mundo de fora para dentro. Tentamos nos equilibrar pelo controle de situações sempre caóticas. O fato de a vida não se arrumar é motivo de deleite: se não dá certo, também não dá errado. Tudo segue aberto. Não podemos nos resolver, mas podemos nos iluminar e ajudar todos ao redor – não é muito melhor?


Gustavo Gitti
(prefácio de “O Poder de Uma Pergunta Aberta”)

sábado, 5 de janeiro de 2019


Em seu primeiro ensinamento após a iluminação, o Buda disse: “Existe sofrimento”. Às vezes interpretamos isso erroneamente, como se dissesse que estamos condenados a sofrer. Eu tomo as palavras do Buda como um convite para praticar a não-violência em relação a meus mundos interno e externo. Com essa afirmação simples porém poderosa, o Buda sugere que o sofrimento não é algo que possamos consertar, ignorar ou descartar. Ao invés disso, ele afirma que a prática gera a habilidade de tornar-se grande o suficiente para incluir tanto a dor quanto a beleza da condição humana – não apenas a nossa própria, mas também a dos outros.

Nossa habilidade de testemunhar o sofrimento sem tentar afastá-lo ou sentir-se soterrado por ele está ligada à liberação. No que consiste a experiência, antes de tentarmos fugir dela, subjugá-la ou manipulá-la? Essa é a questão para os praticantes.

A transição de “eu estou sofrendo” para “existe sofrimento” permite que a dor da condição humana nos toque e libere nossa compaixão e sabedoria mais profundas


Elizabeth Mattis Namgyel


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019


Tudo surge desse espaço vazio que há dentro de mim e volta para isso. Esse corpo surgiu de mim e este corpo voltará para mim. Eu sou intocável. Eu sou a existência que não muda.


Sri Sri Ravi Shamkar
(comentários em “ Ashtavakra Gita”)



quinta-feira, 3 de janeiro de 2019


As pessoas aqui são como bolhas nas ondas. Quando você percebe isso, então apenas irá sorrir. Como você poderá ficar triste com alguma coisa? A vida é tão curta.


Sri Sri Ravi Shamkar
(comentários em “ Ashtavakra Gita”)



quarta-feira, 2 de janeiro de 2019


Bodhidharma disse a Eka: “Se você quer se introduzir em nossa prática, liberte-se dos objetos de fora e pare com sua atividade mental e emocional interior. Quando você se tornar como um tijolo ou um muro de pedra, você adentrará o Caminho.


Shunryu Suzuki
(em “Nem Sempre é Assim”)