A origem de nosso
sofrimento é uma espécie de briga com a realidade, um não reconhecimento da
natureza plástica, impermanente e insubstancial dos fenômenos. Tentamos ser
felizes resolvendo uma vida que nunca se resolve. Tentamos consertar o mundo de
fora para dentro. Tentamos nos equilibrar pelo controle de situações sempre
caóticas. O fato de a vida não se arrumar é motivo de deleite: se não dá certo,
também não dá errado. Tudo segue aberto. Não podemos nos resolver, mas podemos
nos iluminar e ajudar todos ao redor – não é muito melhor?
Gustavo Gitti
(prefácio de “O Poder de
Uma Pergunta Aberta”)
Nenhum comentário:
Postar um comentário