segunda-feira, 31 de julho de 2017

Sentido para a vida


Uma motivação sincera e altruísta de progredir rapidamente a fim de ajudar os outros é pré-requisito básico para entrar no caminho do despertar e realizar a natureza búdica. Desenvolvemos, do mais fundo de nosso ser, o anseio sincero de libertar todos os seres do sofrimento e fazemos isso através do estudo do Dharma, da reflexão sobre ele, e praticando integralmente com nosso corpo, nossa fala e nossa mente. É isso que trará um verdadeiro sentido para nossa vida: praticar o Dharma a fim de libertar todos os seres do sofrimento.


Lama Gendun Rinpoche
(em “Heart Advice of a Mahamudra Master”)






domingo, 30 de julho de 2017

O paradoxo da compaixão


O paradoxo da compaixão é que nós mesmos somos seus maiores beneficiários. A compaixão nos torna pessoas mais felizes. Ela nos tira do nosso estado de espírito costumeiro, com a cabeça cheia de decepções, arrependimentos e preocupações, e nos leva a concentrar a atenção em algo maior.


Thupten Jinpa
(em “Um Coração Sem Medo”)



sábado, 29 de julho de 2017

Seja como a estação


Considere os pensamentos e sentimentos como um trem que chega a uma estação e depois se vai. Seja como a estação, não como um passageiro.


Rupert Spira
(em” Las Cenizas del Amor”)



sexta-feira, 28 de julho de 2017

Quinhentos anos


Estou certo de que, se a humanidade ainda estiver aqui dentro de quinhentos anos, olharão para trás, para a compreensão da psicologia atual e estes anos serão considerados como uma época obscura.

Dirão: "Caramba! No Século XX E no século XXI, se pensava que havia um eu separado enquanto entidade separada?! Dá para acreditar?".

É como quando se pensava que a terra era plana, parece tão verdadeiramente óbvio, simplesmente caminhe e tudo é plano; tudo parece manter a crença de que a terra é plana.

Mas então, quando se descobriu que a terra não era plana, a mesma evidência que mantinha essa crença anterior fazia parte da nova compreensão.

É o mesmo nesse caso - a humanidade olhará para trás no período em que pensávamos que éramos entidades separadas, sem acreditar.

E quando contemplarmos a nossa história, as pessoas se matando com bombas, brigando e gritando uns com os outros, dirão: "como é que não puderam ver a causa disso? Era tão óbvio, a razão desse conflito; seja bem a nível de indivíduos ou a uma escala maior, a nível de nações, era simplesmente o 'eu' acreditando ser separado do outro, era essa a visão distorcida".



Rupert Spira



quinta-feira, 27 de julho de 2017

Confie integralmente em sua essência


Enquanto estiver sendo controlado pelas consciências cármicas, você não conseguirá avançar. Não importa o quão longe vá, elas ainda irão assombrá-lo como demônios. Mesmo depois de ter deixado essa vida e ter renascido, seus atos e pensamentos ainda continuarão no mesmo nível no qual estavam em sua vida passada.

Portanto, vocês devem elevar esse nível e a maneira de fazê-lo é confiar tudo, seja o que for, à sua essência. Tenha fé de que tudo está sendo feito por ela, confie integralmente, e liberte-se.


Daehaeng Sunim
(em “Touching the Earth”)

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Tudo já fluiu


Tudo o que você vê, ouve, faz, encontra – tudo isso está constantemente fluindo.  Nada disso permanece, nada é imutável. Tudo fluiu.  Quando reconhecer isso, você nunca mais será aprisionado, não mais sentirá ansiedade ou medo. Se estiver disposto a abandonar tudo aquilo pelo qual as pessoas lutam para ter, e compreender plenamente a essência daquilo a que chamamos eu, verá que existe em você a capacidade de entender e controlar tudo no mundo.


Daehaeng Sunim
(em “Touching the Earth”)



terça-feira, 25 de julho de 2017

Desejo é dor


Seja o que for que você deseje, ao final tudo se torna fonte de sofrimento. O melhor é não ter nada pelo qual desejar.



Dogen 



segunda-feira, 24 de julho de 2017

Envolver-se com a prática


“Eu sou capaz de alcançar a iluminação?”

Quando estamos livres de dúvidas como essa, sentimo-nos cheios de alegria e nossa prática acontece naturalmente. Quanto mais nos envolvemos com essa alegria, ao reconhecer que ela é fruto do próprio Dharma, mais ela cresce, até que torna-se ilimitada. Essa felicidade nos preenche cada vez mais, e nós a irradiamos com intensidade sempre maior.

Nossa mente torna-se tranquila e cuidadosa, e nossa confiança no Dharma aumenta. Essa luz interior elimina todos os nossos obscurecimentos e tendências egocêntricas. Tornamo-nos mais sensíveis ao sofrimento dos outros sem que nossa mente seja contaminada por esse sofrimento e como podemos contribuir para o bem estar de todos. O Dharma nos dá coragem, a  prática torna-se fácil. Ela manifesta-se naturalmente e sem necessidade de qualquer esforço.


Lama Gendun Rinpoche
(em “Heart Advice of a Mahamudra Master”)



domingo, 23 de julho de 2017

Manter-se forte


Não importa o estado de sofrimento em que sua mente se encontre. Se você se mantém forte, por fim as nuvens se dissipam e o vendaval cessa.


Dogen 

sábado, 22 de julho de 2017

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Praticar para o bem dos outros


Nosso desenvolvimento espiritual depende da amplitude de abertura de nossa mente. Os bodhisattvas dedicam o fruto de sua prática integralmente aos outros seres. Quando despertarmos com sinceridade essa mesma motivação em nós, nossa prática terá imensos resultados positivos. É que quando praticamos com sinceridade os ensinamentos de Buda pela liberação de todos os seres, sentimos uma energia inesgotável e uma alegria sem limites.

Essa alegria dispersa todo desespero em nossas vidas. Nos sentimos profundamente felizes por haver encontrado o Dharma. Tomamos refúgio e reconhecemos nosso potencial para o despertar, e agora temos a oportunidade de viver nossas vidas de uma maneira mais significativa.  Cheios de energia positiva, somos capazes de nos dedicar sem hesitações ao nosso caminho espiritual até que realizemos nossa natureza búdica. E não consideramos as dificuldades como empecilhos para a nossa própria felicidade, mas como um desafio para crescer ainda mais no caminho para a felicidade para todos os seres.


Lama Gendun Rinpoche
(em “Heart Advice of a Mahamudra Master”)



quarta-feira, 19 de julho de 2017

O Dalai Lama e seu propósito de vida


Em minha vida, experiencei muitas alegrias e tristezas e enfrentei muitas dificuldades. Mas, quando penso sobre os tempos difíceis, posso ver que sempre houve uma coisa que me deu esperança, fossem quais fossem as circunstâncias. Em meu coração, o motivo principal para eu sentir que minha vida humana teve um propósito e valeu a pena é tê-la baseado no desejo de ajudar os outros. É algo que eu sei que definitivamente mostrou-se útil ao longo de minha vida. Quando me deparei com dificuldades, essa atitude me deu coragem e a sensação de que a esperança jamais está perdida e de que a provação é manejável e vale a pena passar por ela. E isso me trouxe um tipo de satisfação por meio do qual sou capaz de encontrar, de modo bastante natural, um pequeno grau de relaxamento – paz mental e felicidade também. Sem dúvida, isso contribuiu para o meu bem-estar físico.


14º Dalai Lama
(em “Mente em Conforto e Sossego”)



terça-feira, 18 de julho de 2017

O pássaro que canta


O pássaro que canta, e esse exato momento, valem mais que todos os livros de todas as bibliotecas.


Jorge Bustamante
(em “La Eternidad del Relámpago”)



segunda-feira, 17 de julho de 2017

Não perca o momento presente


Prestar atenção a cada passo, a cada respiração, a cada instante. Este passo é importante, esta respiração também. Ela é fruto de todas as suas respirações anteriores desde o momento em que nasceste até agora. Ao mesmo tempo, é a semente de todas as respirações que terás até o último instante.

Este instante reúne toda a tua vida.

Não perca o momento presente.


Jorge Bustamante
(em “La Eternidad del Relámpago”)



domingo, 16 de julho de 2017

O espírito do Tao sopra aqui


A eternidade é o lugar de todos nós, e o único. Mas nossos discursos nos separam dela, bem como nossos desejos, bem como nossas esperanças... No fundo, só estamos separados da eternidade por nós mesmos. Daí essa simplicidade, quando o ego se dissolve: não há mais que tudo, e pouco importa então o nome (“Deus”, “Natureza”, “Ser”...) que alguns quererão lhe dar. Quando não há mais que tudo, para que as palavras, já que o tudo não tem nome? O espírito do Tao sopra aqui, e esta grande loucura do Oriente me importa mais do que nossas pequenas sabedorias... O silêncio e a eternidade andam juntos: nada a dizer, nada a explicar, já que tudo está presente.


André Comte-Sponville
(em “O amor a solidão”)



sábado, 15 de julho de 2017

A aventura de um eu separado


Toda aventura de um eu separado tem lugar numa pequena bolha de pensamento e sentimento dentro da Consciência, mas a própria Consciência nunca embarca nessa aventura.


Rupert Spira
(em” Las Cenizas del Amor”)



sexta-feira, 14 de julho de 2017

Permitir que o Dharma nos guie


Aqui e agora podemos deixar de correr, deixar de ir e vir, de somar e diminuir, e repousar tranquilamente na mente de Buda. E fazendo o que estamos fazendo, seja dormindo, nos movendo, de pé, deitados, caminhando, permitir que o Dharma nos guie.


Jorge Bustamante
(em “La Eternidad del Relámpago”)



quinta-feira, 13 de julho de 2017

Huang-Po: Permanecer tranquilo no que é


Não buscar nada significa permanecer tranquilo no que é.  Quem disse que vocês devem abandonar alguma coisa (a fim de conquistar outra)? Olhe para o vazio que está presente diante de você. Como você poderia criá-lo ou mesmo destruí-lo? Todo esse tempo eu venho explicando que o Vazio é ao mesmo tempo a Unidade e a Multiplicidade; usei essas expressões de maneira figurada mas vocês criam conceitos sobre isso. Conceitos estão relacionados aos sentidos e quando as emoções tomam conta, a sabedoria se vai.


Huang-Po
(em “The Zen Teaching of Huang-Po”)



quarta-feira, 12 de julho de 2017

Entregar-se à inesgotável simplicidade do devir.


É por isso que o real é simples, de uma simplicidade que não é a de uma ideia , mas a de uma singularidade nua e da identidade consigo. É quando tentamos reduzir essa riqueza e essa singularidade do diverso a nossos conceitos que tudo, de fato, se torna complicado: porque o real excede em toda parte o pouco dele que podemos pensar! Mais uma razão para não nos contentarmos com pensar e para aprender a ver, isto é, a se entregar, silenciosamente, à inesgotável simplicidade do devir.


André Comte-Sponville
(em “O amor a solidão”)



terça-feira, 11 de julho de 2017

Fluir


Há uma maneira de estar em harmonia com o Universo. Não é através de força, imaginação ou manipulação. É reconhecendo a sua verdadeira Essência. Quando você a reconhece, não precisa mais tentar manipular a vida. Você apenas flui com ela.


Mooji
(em “White Fire”)



segunda-feira, 10 de julho de 2017

Huang-Po: Um sonho


Quando no flash de um instante você alcançar a realização plena, estará testemunhando a natureza búdica que esteve com você o tempo todo. Você verá que todo seu esforço e conquistas ao longo das infinitas eras não foram mais que ações ilusórias num sonho.


Huang-Po
(em “The Zen Teaching of Huang-Po”)



domingo, 9 de julho de 2017

Huang-Po: Não há Caminho a ser estudado


“Estudar o Caminho” é apenas uma figura de linguagem, uma forma de estimular o interesse das pessoas em seus estágios iniciais de desenvolvimento na prática. Na verdade, o Caminho não é algo a ser estudado pois o estudo leva ao acúmulo de conceitos e o Caminho em si não pode ser compreendido através de reflexão. Além disso, o Caminho não é algo que exista, exatamente. Ele é chamado de a Mente Mahayana – a Mente que não pode ser encontrada no exterior, nem no interior e nem mesmo entre esses dois polos. Na verdade ela não fica em algum lugar. O primeiro passo deve ser o de abandonar o acúmulo de conceitos.


Huang-Po
(em “The Zen Teaching of Huang-Po”)



sábado, 8 de julho de 2017

A meditação é o que somos


A meditação é o que somos, não o que fazemos; o eu separado é o que fazemos, não o que realmente somos.


Rupert Spira
(em” Las Cenizas del Amor”)



sexta-feira, 7 de julho de 2017

Por que amar nas flores as flores que ainda não existem?


Por que só amar nas flores as flores que ainda não existem? Por que procurar nelas o que elas não são, por que sempre comprará-las com outra coisa? Por que querer encerrar o real, a riqueza do real em nossas pobres abstrações? “O objeto”, “o sujeito”, você diz – conversa! Não há “objeto”, não há “sujeito”, não há “cor”, “perfume”, não há nem mesmo “rosa”! Tudo isso não passa de palavras, nossas pobres palavras, modestas ou grandiosas. Sei perfeitamente que não podemos prescindir delas, mas o real não tem o que fazer com elas.


André Comte-Sponville
(em “O amor a solidão”)



quinta-feira, 6 de julho de 2017

Mais energia


Não anseie por menos afazeres, a fim de sentir-se mais livre e relaxado. Anseie por mais energia.


Sheng Yen 



quarta-feira, 5 de julho de 2017

Viver cada instante


Em cada inspiração e em cada expiração existem incontáveis instantes no tempo. Seu objetivo deve ser viver cada um deles.


Shunryu Suzuki 



terça-feira, 4 de julho de 2017

Não se preocupe com absolutamente nada


Não se preocupe com absolutamente nada. Você não está aqui por acidente. Essa forma física é apenas uma espécie de vestimenta que dura um certo tempo. Mas aquele que está por trás dessa vestimenta, esse é eterno. Você precisa saber disso. Se souber e confiar nisso, não terá que se preocupar com nada.

Esse mundo está cheio de amor. E seu coração, seu ser, está cheio de amor, pleno de paz. Você não precisa ir a nenhum outro lugar  para encontrar a paz. Ela está exatamente aí, onde você se encontra.


Mooji
(em “White Fire”)



segunda-feira, 3 de julho de 2017

Convivência


Se nossa família e nossos amigos são instáveis, também afetarão nossa consciência. Por isso é importante escolher cuidadosamente com quem iremos conviver. Quando estamos com alguém infeliz, nossa consciência armazenadora recebe as sementes de seu sofrimento. Se não formos cuidadosos em manter nossas boas sementes durante a conversa, o sofrimento dela regará nossas sementes de sofrimento e então nos sentiremos exaustos.


Thich Nhat Hanh
(em “Understanding the Mind”)



domingo, 2 de julho de 2017

Nada. Tudo.


Reconheça a si mesmo como nada; sinta a si mesmo como tudo.


Rupert Spira
(em” Las Cenizas del Amor”)



sábado, 1 de julho de 2017