sábado, 30 de novembro de 2019

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

quarta-feira, 27 de novembro de 2019


O modo como vivemos não tem nenhum significado e nenhum propósito. Podemos inventar um propósito, o propósito da perfeição, iluminação, alcançar a mais alta forma de sensibilidade; podemos inventar teorias infindáveis. E nos tornamos presas dessas teorias, tornando-as nossos problemas. Nossa vida diária não tem significado, não tem propósito, exceto ganhar um pouco de dinheiro e levar um tipo de vida estúpida. Pode-se observar tudo isso em si mesmo; a batalha sem fim dentro de si mesmo, buscando um propósito, buscando iluminação, aprender uma técnica de meditação. Você pode inventar mil propósitos, mas não precisa ir a nenhum lugar, não precisa ir ao Himalaia, a um monastério ou a algum ashram, porque tudo está dentro de você. O mais alto, o incomensurável, está em você, se você souber como olhar. Não pressuponha que isso está lá; essa é uma das peças mais estúpidas que pregamos em nós mesmos: que somos Deus, que somos o “perfeito” e todo o resto dessa infantilidade. Ainda assim, por meio da ilusão, por meio do mensurável, você encontra o que é imensurável; mas você precisa começar consigo mesmo, onde pode descobrir por si mesmo como olhar.


Jiddu Krishnamurti

terça-feira, 26 de novembro de 2019


Se você abandonar a mente conceitual, sua mente não será agitada. E se sua mente for estável, você alcançará a iluminação.


Dogen

segunda-feira, 25 de novembro de 2019


A mente de Buda simplesmente faz do corpo físico sua a morada temporária.


Bankei (1622-1693)

domingo, 24 de novembro de 2019


Quando você ouve na natureza de Buda, cada um dos sons é escutado no momento em que surge. E todos os outros sons também são perfeitamente cuidados por ela.


Bankei (1622-1693)

sábado, 23 de novembro de 2019


Imaginei meu avô, que agora tinha 93 anos, sabendo do meu desaparecimento e dando seu sorriso desdentado de aprovação. Não me preocupava com ele, pois sabia que ele não ficaria preocupado comigo. Sua visão, tão infinita como o céu, poderia acomodar qualquer coisa.


Yongey Mingyur Rinpoche

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

terça-feira, 19 de novembro de 2019


Na descrição literal dos bardos, estar entre descreve um estado de ser insubstancial e não material que está no processo de retornar à substância. Procura ressolidificar-se e, mais uma vez, tornar-se um corpo (tornar-se alguém). (...) a menos que despertemos e percebamos que esse estado transitório e fluido é o nosso verdadeiro lar.


Yongey Mingyur Rinpoche

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

domingo, 17 de novembro de 2019


O pensamento nunca é novo, porque o pensamento é a resposta da memória, da experiência, do conhecimento. O pensamento, que é velho, torna também velho aquilo que você olha com deleite e que por um momento sentiu profundamente. Do velho vem o prazer, nunca do novo. No novo não existe o tempo.

        
Jiddhu Krishnamurti
(em “Liberte-se do Passado”)      

sábado, 16 de novembro de 2019


Em essência, o Zen é a arte de ver a natureza do ser e aponta para um caminho da escravidão à liberdade. Ao nos fazer beber apenas da fonte da vida, ele nos liberta de todos os encargos sob os quais nós, as criaturas finitas, geralmente sofremos neste mundo. A vida comum apenas toca a borda da personalidade, não causa um choque nas partes mais profundas da alma, de modo que o Zen faz sem palavras o que o ego e o intelecto não podem.

Esse corpo que temos é como uma bateria elétrica na qual existe um poder misterioso. Quando esse poder não é operado adequadamente, ele se torna mofado ou desbota ou torce e se expressa de maneira anormal. Portanto, a função do Zen é nos salvar de enlouquecer ou paralisar. É isso que quero dizer quando falo de liberdade, deixando todos os impulsos criativos e benevolentes inerentes ao nosso coração brincarem livremente. Geralmente somos cegos a esse fato: possuímos todas as faculdades necessárias que nos farão felizes e nos amarmos. Todas as dificuldades que vemos ao nosso redor vêm dessa ignorância. Quando a nuvem da ignorância desaparece, vemos pela primeira vez a natureza do nosso próprio ser.

Do ponto de vista do mestre zen, o melhor que o intelecto pode fazer é apontar o que não é certo e, portanto, pode ser uma força de destruição; por esse motivo, não funciona como veículo para iluminação. É  necessário recorrer a um aspecto muito diferente de nós, pois, de fato, o intelecto é precisamente o que não nos permite abraçar o infinito.


D. T. Suzuki

sexta-feira, 15 de novembro de 2019


Na grande prática de ir além dos conceitos, nenhum esforço é completo se você não for um com todas as inúmeras coisas ao redor.


Dogen

quinta-feira, 14 de novembro de 2019


Aspectos do nosso passado são levados adiante para cada novo momento. Ao mesmo tempo, cada novo momento também oferece uma chance de nos relacionarmos com os padrões antigos de novas maneiras. Se não aproveitarmos essas oportunidades, não haverá nada que interrompa o carma herdado dos estados mentais negativos.  Nosso futuro é influenciado, mas não determinado pelo condicionamento passado.


Yongey Mingyur Rinpoche

quarta-feira, 13 de novembro de 2019


Porque nosso cérebro está sempre ativo, reagindo à tudo. E essa resposta do velho cérebro deve inevitavelmente levar à confusão, à decisão, a operar e agir de acordo com o antigo padrão. Mas quando você vê o fato de que qualquer decisão nasce da confusão e, portanto, de problemas aumentados, sua preocupação não é a decisão, mas se a mente pode estar livre da confusão.

A mente está confusa porque responde o tempo todo de acordo com o antigo padrão. Esteja ciente, veja a verdade de que está agindo de acordo com o antigo padrão. Veja a verdade disso, não a sua visão intelectual, veja a realidade disso. A própria visão disso é o fator libertador. É como quando vejo o perigo, há ação instantânea, não há escolha. Do mesmo modo, quando vejo o perigo da decisão nascida da confusão, esse perigo libera a mente do antigo, e há assim uma ação integral que não se baseia em decisão.


Jiddu Krishnamurti

terça-feira, 12 de novembro de 2019

O terceiro princípio da Ordem Zen pacificador é curar a nós mesmos e aos outros. Mas muitas vezes acho que o que realmente está acontecendo é mais básico do que isso. Quando não sabemos - quando deixamos de lado e sentamos em choque, dor e perda, sem respostas, soluções ou ideias, com nada em mãos, a não ser esse momento, essa dor, esse sofrimento, essa ausência - então sentimos que algo surge. E o que surge é o amor. Eu não tenho que fazer nada. Eu não tenho que criar nada. O amor surge por si só. Ele está lá o tempo todo e agora, quando estou menos protegido do que em qualquer outro momento da minha vida, ele está lá.


Bernard Glassman

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

domingo, 10 de novembro de 2019


Vislumbres de consciência plena pura podem ser transformadores, mas é preciso trabalhar para estabilizar a visão. É por isso que dizemos – breves momentos, muitas vezes. Muitas e muitas vezes.


Yongey Mingyur Rinpoche

sábado, 9 de novembro de 2019


Nobre é aquele que desenvolve uma fé capaz de viver sua vida com plena confiança no caminho que decidiu seguir.


Seon Mestre Subul


sexta-feira, 8 de novembro de 2019


Sua própria mente é o Buda. Criar um simples pensamento ou emoção é cair na visão dualística.


Huang Po



quinta-feira, 7 de novembro de 2019


Atenção Plena não é somente estar presente em tudo o que se faz. Isso seria ‘atenção’, apenas. Atenção Plena é quando estamos integralmente presentes no universo nesse exato momento, com todos os seus sons, cheiros, sensações, pensamentos - sem contudo ser arrastado por nenhum deles.

Lavo a louça e sinto a água em minhas mãos. Ouço o som da água caindo. Também ouço o cachorro que late, o carro ao longe. Sinto a textura da esponja nas mãos e a pressão do meu peso sobre a sola dos pés. Tudo no mesmo momento. A cada momento.  

Atenção Plena é quando eu e o universo surgimos agora. E agora. E agora. Atenção Plena é quando cada instante é o primeiro. E o instante seguinte também é o primeiro. E todos os instantes são. A atenção é realmente plena quando ao viver cada segundo e depois outro segundo, já não somos mais nós, ou melhor, há o reconhecimento de que jamais fomos quem supúnhamos ser, jamais fomos algo à parte. Somos o que não cabe em palavras. Somos o todo.


eu


Quando você se convence que sua mente búdica é a sabedoria iluminada, sua confiança torna-se inabalável. E essa mente põe tudo em ordem, você não é mais deludido ou enganado pelos outros. Aqueles que possuem essa confiança inabalável são firmes e incontestáveis. Hoje e nas eras futuras eles são não-nascidos, Budas vivos.


Bankei (1622-1693)


quarta-feira, 6 de novembro de 2019


Eu sempre peço às pessoas para simplesmente viverem na mente de Buda. Não é necessário que passem horas em meditação. Apenas sente-se na natureza de Buda, levante-se na natureza de Buda, durma na natureza de Buda, desperte na natureza de Buda, faço tudo na natureza de Buda – então você estará agindo como um Buda vivo em tudo que fizer. Não há nada mais além disso.


Bankei (1622-1693)

terça-feira, 5 de novembro de 2019


O que você vai fazer quando sentir sua vida sendo interrompida por circunstâncias indesejáveis? Conseguirá manter uma mente estável capaz de acolher o que não deseja, e ainda assim ser de benefício a si mesmo e às outras pessoas?


Tulku Urgyen Rinpoche

segunda-feira, 4 de novembro de 2019


Torne-se uma pessoa sem definições. Torne-se a alma nobre e viva dessa maneira desperta, sem imitar ninguém. Quaisquer que sejam as circunstâncias que sua vida lhe pedir, responda a elas da sua própria maneira Zen. Não perca tempo tentando ser outra pessoa ... Não estamos aqui para ter a experiência de outra pessoa. Estamos aqui para ter nossa própria experiência vívida. Portanto, não se apegue ao passado, ao que aconteceu, ao que não aconteceu. E não julgue o hoje pelo ontem. Vamos viver plenamente o hoje! Momento a momento, cada meditação é a única meditação.


  Maurine Stuart Roshi

domingo, 3 de novembro de 2019


Melhor que tentar tornar-se um Buda, simplesmente permanecer sempre na natureza de Buda, dormindo nela quando adormecer e manter-se nela quando desperto, você é um Buda vivo todos os dias de sua vida. Não há um só momento em que você não seja um Buda. Em vez de tentar tornar-se um Buda, é muito mais fácil e rápido ser um Buda.


Bankei (1622-1693)

sábado, 2 de novembro de 2019


Deixar estar nos possibilita ver que a nossa verdadeira natureza está livre de problemas, angústia e sofrimento – e que sempre esteve. Quando paramos de tentar acalmar a superfície – e aceitamos que a própria natureza do oceano é a mudança -, começamos a experienciar essa liberdade interior. Mas não se trata de estarmos livres do sofrimento e da ansiedade. Trata-se da liberdade que pode ser vivenciada com o estresse e a ansiedade. Somos liberados do sofrimento ao perceber corretamente a realidade; ao saber que nossa mente é muito mais vasta do que geralmente pensamos. Não somos do tamanho e da forma de nossas preocupações.


Yongey Mingyur Rinpoche

sexta-feira, 1 de novembro de 2019