quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Toda alegria que há no mundo


Toda alegria que há no mundo
Vem de  de desejar que os outros sejam felizes.
Todo sofrimento que há no mundo
Vem de desejar apenas a própria felicidade


Shantideva
(em “O Caminho do Bodhisattva)



quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Benefícios da autocompaixão


Com mais autocompaixão, corremos um risco menor de ficar presos na autocrítica e no derrotismo quando encontramos contratempos em nosso caminho. A autocompaixão determina o modo como nos relacionamos com decepções e fracassos inevitáveis, nos livrando da tarefa impossível de construir uma vida à prova de falhas. Ela é encorajadora – e, quando temos menos medo de nossos erros, podemos encará-los com menor disposição, aprender com eles e seguir em frente com nossas maiores metas em mente. A autocompaixão nos torna mais resilientes em face de desafios, além de nos dotar de compreensão, aceitação e senso de proporção – em si mesmos, uma espécie de sabedoria.


Thupten Jinpa
(em “Um Coração Sem Medo”)



terça-feira, 29 de agosto de 2017

O foco excessivo em si mesmo


Se enfatizo muito o eu, começo a pensar que sou especial de alguma forma, e assim chegam a ansiedade e o nervosismo. Esse foco excessivo em si mesmo também é muito ruim para a saúde. Muito medo e desconfiança, muito foco em si mesmo levam ao estresse e elevam a pressão arterial. A sua visão se torna estreita, e até mesmo um problema pequeno parece desproporcional e insuportável.


Dalai Lama
(em “Contentamento”)



segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Imunidade mental


Imunidade mental nada mais é do que aprender a evitar as emoções destrutivas e desenvolver emoções positivas. Primeiro, temos que compreender a mente... existem tantos estados de espíritos diferentes... os diversos tipos de pensamentos e emoções que experimentamos diariamente. Alguns desses pensamentos e emoções são prejudiciais, até mesmo tóxicos, ao passo que outros são saudáveis e curativos. Os primeiros perturbam a nossa mente, provocando muita dor mental. Os últimos trazem um verdadeiro contentamento.

Quando compreendemos essa realidade, é muito mais fácil lidar com a mente e tomar medidas preventivas. É assim que desenvolvemos a imunidade mental.


Dalai Lama
(em “Contentamento”)



domingo, 27 de agosto de 2017

Você só pode ser livre agora


Não posso acreditar que algum dia venha a alcançar um ponto onde eu esteja completamente livre de problemas.

Você tem razão. Você nunca poderá alcançar esse ponto porque você está nesse ponto agora.

Não há salvação dentro do tempo. Você não pode se libertar no futuro. A presença é a chave para a liberdade. Portanto, você só pode ser livre agora.


Eckhart Tolle
(em “O Poder do Agora”)



sábado, 26 de agosto de 2017

O tempo é a causa de nossos problemas


Talvez seja difícil reconhecer que o tempo é a causa de nosso sofrimento ou de nossos problemas. Acreditamos que eles são causados por situações específicas em nossas vidas e, de um ponto de vista convencional, isso é verdade. Mas enquanto não lidarmos com a disfunção básica da mente – o apego ao passado e ao futuro e a negação do presente – os problemas apenas mudam de figura. Se todos os nossos problemas, ou causas identificadas de sofrimento ou infelicidade, fossem milagrosamente solucionados no dia de hoje, sem que nos tornássemos mais presentes e  conscientes, logo nos veríamos com um outro conjunto de problemas ou causas de sofrimento semelhantes, como uma sombra que nos seguisse onde quer que fôssemos. Em última análise, o único problema é a própria mente limitada pelo tempo.


Eckhart Tolle
(em “O Poder do Agora”)



sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Autocompaixão


Com maior compaixão – sobretudo por nós mesmos – passamos a ser mais gentis e pacientes com nossas próprias falhas. Quando nos julgamos de forma muito severa, sentimos vergonha e tentamos esconder nossas imperfeições – e isso é muito estressante! Com a sinceridade, a aceitação e a transparência que vêm com a autocompaixão, não temos mais nada a esconder. E, com nada a esconder, temos menos coisas de que ter medo.


Thupten Jinpa
(em “Um Coração Sem Medo”)



quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Dalai Lama: compaixão e força


Enquanto eu me acomodava ao lado do Dalai Lama, sentia na sua postura e na sua linguagem corporal o poder de um líder. Eu me lembrava da firmeza e do carinho com que segurara a minha mão na primeira vez que nos vimos. Sua bondade não diminuía em nada o seu poder, um lembrete valioso de que a compaixão é uma característica de força, não de fraqueza, um ponto no qual eles insistiram no decorrer de nossas conversas.

Quando o Dalai Lama o cumprimenta, ele pega a sua mão e a acaricia carinhosamente, como um avô talvez. Ele olha nos seus olhos e sente profundamente o que você está sentindo, e toca a sua testa com a dele. Seja qual for o sentimento no seu coração e refletido na expressão do seu rosto, seja euforia ou aflição, ela espelha a expressão do próprio rosto. Mas quando ele se encontra com outra pessoa, essas emoções se foram e ele está completamente disponível para o próximo encontro e o próximo momento. Talvez seja isso que chamam de estar totalmente no presente, disponível a cada instante e para cada pessoa com quem nos encontramos, livres de lembranças do passado que remoemos, nem atraídos pelas preocupações com o futuro.


Dalai Lama
(em “Contentamento”)



quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Isso é um dia significativo


Assim que acordo, eu me lembro do ensinamento do Buda: a importância da bondade e da compaixão, desejando algo de bom para os outros ou, pelo menos, a diminuição do seu sofrimento. Então eu me lembro que tudo está inter-relacionado, o ensinamento da interdependência. Dessa forma, eu defino a minha intenção para o dia: que este dia deve ser significativo. Significativo quer dizer, se possível, servir e ajudar os outros. Se não for possível, então, pelo menos, não prejudicar os outros. Isso é um dia significativo.


Dalai Lama
(em “Contentamento”)


terça-feira, 22 de agosto de 2017

Observar a mente; não identificar-se com ela


Identificar-se com a mente dá a ela mais energia, enquanto que observar a mente retira a sua energia. Identificar-se com a mente gera mais tempo, enquanto observar a mente revela a dimensão do infinito. A energia retirada da mente se transforma em presença. No momento em que conseguimos sentir o que significa estar presente, fica muito mais fácil escolher simplesmente escapar da dimensão do tempo e entrar mais profundamente no Agora. Isso não prejudica nossa capacidade de usar o tempo – passado ou futuro – quando precisamos nos referir a ele em termos práticos. Nem prejudica nossa capacidade de usar a mente. Na verdade, estar presente aumenta nossa capacidade. Quando você usar a mente de verdade, ela estará mais alerta, mais focalizada.


Eckhart Tolle
(em “O Poder do Agora”)



segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Um oásis de paz


No fim das contas, nosso maior contentamento é quando buscamos fazer o bem para os outros.

O objetivo é sermos um reserva de contentamento, um oásis de paz, um lago de serenidade que pode envolver todos aqueles que estão à sua volta.


Desmond Tutu
(em “Contentamento”)



domingo, 20 de agosto de 2017

Mais compaixão, menos estresse


O Dalai Lama com frequência diz que ter mais compaixão pode fazer com que nos sintamos menos estressados. O truque, como no caso da felicidade, parece ser ficarmos livres do estresse do julgamento e das preocupações em relação a nós mesmos. Ficamos mais leves quando tiramos o foco de nossos próprios interesses – e do peso que costuma vir com eles – e nos voltamos para os outros. Os causadores de estresse podem continuar existindo, mas deixarão de nos afetar tanto. Isso porque o que torna nossa resposta normal ao estresse tão intensa é a forma como ele pesa e parece nos engolir. A compaixão, por outro lado, nos deixa mais leves. Sentimos que nossa  carga individual diminui um pouco, a colocamos em perspectiva e percebemos que não estamos sozinhos.


Thupten Jinpa
(em “Um Coração Sem Medo”)



sábado, 19 de agosto de 2017

Toda esperança nunca se realiza


Ora, há lição mais clara que esta: a de que toda esperança nunca se realiza? Muitas vezes por não ser satisfeita, e todos conhecem o sabor disso, que é de frustração. Mas também acontece, e não é coisa fácil de se viver, que uma esperança não se realiza por ter sido satisfeita, e temos então de constatar que sua satisfação não consegue nos dar a felicidade que dela esperávamos.

“Assim, nós nunca vivemos”, dizia Pascal, “nós esperamos viver...” E acrescentava: “De modo que, dispondo-nos sempre a ser felizes, é inevitável que nunca sejamos.”

É a grande lição de Buda: toda vida é dor, e dela só podemos nos libertar, como ele também ensina, se primeiro renunciarmos a nossas esperanças.


André Comte-Sponville
(em “O amor a solidão”)

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Contentamento antes do café


“Mas o que é essa felicidade mental, o prazer mental sobre o qual Vossa Santidade vem falando nas últimas 24 horas?”

“Um senso genuíno de amor e afeição”, respondeu o Dalai Lama.

“Vossa Santidade acorda com esse contentamento?”, perguntei. “Mesmo antes do café?”

“Se você desenvolve um forte senso de preocupação pelo bem-estar de todos os seres sencientes e, em particular, todos os seres humanos, isso fará você feliz de manhã, mesmo antes do café.

Esse é o valor da compaixão, de ter sentimentos compassivos para com os outros. Veja bem, até mesmo com dez ou trinta minutos de meditação sobre compaixão e bondade para com os outros, você logo vai perceber seus efeitos durante todo o dia.  Essa é a forma como matemos uma mente calma e em estado de contentamento.”


Dalai Lama
(em “Contentamento”)



quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Imaginar o futuro é ilusão


Imaginar um futuro melhor nos traz esperança e uma antecipação do prazer. Imaginá-lo pior nos traz ansiedade. Ambos os casos são ilusões.


Eckhart Tolle
(em “O Poder do Agora”)



quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Nobreza


Sinto muito informar que descobrir mais contentamento não nos salva da inevitabilidade das dificuldades e do desgosto. Na verdade, podemos chorar mais facilmente, mas também vamos rir com mais facilidade. Talvez só estejamos mais vivos. Ainda assim, quando descobrimos o contentamento, podemos enfrentar o sofrimento de um jeito que enobrece em vez de amargurar. Passamos por dificuldades sem nos tornarmos difíceis. Passamos por desgostos sem nos tornarmos desgostosos.


Desmond Tutu
(em “Contentamento”)



terça-feira, 15 de agosto de 2017

Dia do nascimento


Cada dia é uma oportunidade para começar de novo. Cada dia é o dia do nascimento.


Dalai Lama e Desmond Tutu
(em “Contentamento”)



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A pegadinha feliz da compaixão


Não é surpresa nenhuma, portanto, que os cientistas tenham identificado efeitos positivos da compaixão no cérebro. Quando ajudamos alguém devido a uma preocupação genuína por seu bem-estar, nossos níveis de endorfina – o hormônio associado à sensação de euforia – aumentam, causando o que conhecemos como “o prazer de ajudar”.

A satisfação advinda de uma ação altruísta é efeito dela, não seu objetivo. Esta é a pegadinha – feliz – da compaixão: quanto mais ajudamos os outros, mais saímos ganhando.

O fato de ficarmos mais felizes quando estamos menos preocupados com nossa própria felicidade é um paradoxo. Da sensação de inspiração à paixão, nossas experiências mais profundas de felicidade surgem quando transcendemos nossa estreita individualidade.


Thupten Jinpa
(em “Um Coração Sem Medo”)



domingo, 13 de agosto de 2017

O sofrimento não consegue sobreviver no Agora


Toda a essência do zen consiste em caminhar sobre o fio da navalha do Agora, em estar tão absolutamente presente que nenhum problema, nenhum sofrimento, nada que não seja quem somos em essência, possa permanecer em nós. No Agora, na ausência do tempo, todos os problemas se dissolvem. O sofrimento precisa do tempo e não consegue sobreviver no Agora.


Eckhart Tolle
(em “O Poder do Agora”)



sábado, 12 de agosto de 2017

Um caminho infalível para o despertar


As pessoas sábias não se abatem diante de problemas e sofrimentos. Elas assumem as dificuldades que surgem e em troca abrem mão de suas próprias vantagens, sucessos e ganhos. Abandonam as atitudes mentais nocivas e através de ações saudáveis, devotam-se integralmente ao bem-estar dos outros. Quando agimos assim, desenvolvemos cada vez mais gentileza e sabedoria até que a compaixão por todos os seres seja naturalmente presente em todos os nossos atos. Esse é um caminho infalível para o despertar.


Lama Gendun Rinpoche
(em “Heart Advice of a Mahamudra Master”)



sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Ambos são ilusões


 Estar identificado com a mente é estar preso ao tempo. É a compulsão para vivermos quase exclusivamente através da memória ou antecipação. Isso cria uma preocupação infinita com o passado e o futuro, e uma relutância em respeitar o momento presente e permitir que ele aconteça. Temos essa compulsão porque o passado nos dá uma identidade e o futuro contém uma promessa de salvação e realização. Ambos são ilusões.


Eckhart Tolle
(em “O Poder do Agora”)



quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A compaixão nos liberta


Trata-se de uma via de mão dupla: quando fazemos algo bondoso a outra pessoa por compaixão, nos sentimos bem porque a bondade afirma um traço fundamental da condição humana – a necessidade e a gratidão pelos vínculos com outros seres humanos. A compaixão e a bondade também nos libertam do confinamento sufocante aos nossos próprios interesses e nos levam a sentir que fazemos parte de algo maior. Se em geral nos arrastamos pela existência diária, cegos pelo egoísmo e pela ruminação, a compaixão nos tira os antolhos e coloca nossa vida em perspectiva.


Thupten Jinpa
(em “Um Coração Sem Medo”)



quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Compaixão


Ao contrário do que poderíamos pensar, a compaixão nos deixa mais otimistas, porque, apesar de surgir a partir de uma situação difícil, seu maior desejo é o fim do sofrimento e a possibilidade de fazermos algo a respeito. A compaixão nos dá um sentido de propósito que vai além de nossas habituais preocupações mesquinhas. Nosso coração fica mais leve e nosso estresse diminui, o que nos torna mais pacientes e nos ajuda a compreender melhor a nós mesmos e os outros. Além disso, a compaixão nos leva a valorizar ainda mais a bondade dos outros em relação a nós.


Thupten Jinpa
(em “Um Coração Sem Medo”)



terça-feira, 8 de agosto de 2017

Nada disso é você


Enquanto o ego dirige a nossa vida, não conseguimos nos sentir à vontade, em paz ou completos, exceto por breves períodos, quando acabamos de ter um desejo satisfeito. O ego precisa de alimento e proteção o tempo todo. Tem necessidade de se identificar com coisas externas, como propriedades, status social, trabalho, educação, aparência física, habilidades especiais, relacionamentos, história pessoal e familiar, ideais políticos e crenças religiosas. Só que nada disso é você.


Eckhart Tolle
(em “O Poder do Agora”)



segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A essência da visão desperta


Quando nosso despertar é profundo, sabemos e sentimos que todos, em todos os lugares, já são o Buda, já são o Cristo. Todos são divinos e perfeitos. Essa é a essência da visão desperta. Não se trata daquilo que nos tornamos, mas de ver o que realmente somos. Se você reconhecer essa verdade em si próprio, então a reconhecerá em tudo e em todos.


Adyashanti



domingo, 6 de agosto de 2017

Renunciar a ser feliz


E vamos ao essencial. É o seguinte: a esperança da felicidade nos separa desta (“como eu seria feliz se...”) e nos condena à decepção, ao amargor, ao ressentimento, no que concerne ao passado, bem como à angústia, no que concerne ao futuro. Inversamente, quem renunciasse por completo a ser feliz por isso mesmo o seria, e só ele sem dúvida.


André Comte-Sponville
(em “O amor a solidão”)



sábado, 5 de agosto de 2017

Somos um com tudo


Esquecemos o fato essencial de que, debaixo do nível das aparências físicas, formamos uma unidade com tudo aquilo que é. Por “esquecermos”, quero dizer que não sentimos mais essa unidade como uma realidade evidente por si só. Podemos até acreditar que isso seja uma verdade, mas não mais a reconhecemos como verdade. Acreditar pode até trazer conforto. No entanto, a libertação só pode vir através da vivência pessoal.


Eckhart Tolle
(em “O Poder do Agora”)



sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Nossa Essência permite que a ilusão se manifeste


Nossa Essência cede sua realidade a tudo o que é aparente dando-lhes sua existência supostamente independente, assim como a tela cede sua realidade aos personagens e elementos do filme, dando-lhes sua própria existência supostamente independente.


Rupert Spira
(em” Las Cenizas del Amor”)



quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O compromisso com a prática requer coragem e força mental


O compromisso com a prática requer coragem e força mental – não se deve hesitar diante dos problemas. Devemos praticar com perseverança e alegria, jamais duvidando de nossa capacidade de atingir a iluminação e de conduzir todos os seres a ela. Quando a motivação pura da bodhicitta, a mente do despertar, está presente em nós, todas as nossas ações, mesmo as mais simples, tornam-se meios para atingir a iluminação.


Lama Gendun Rinpoche
(em “Heart Advice of a Mahamudra Master”)



quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O fruto do trabalho


Seja qual for o trabalho que você precisar fazer, faça-o com dignidade, com toda a simplicidade, contentamento e alegria de que for capaz. Só assim você colherá o melhor fruto dele. Na plenitude do tempo, as folhas secas da vida cairão naturalmente, e novas surgirão.



Anandamoyi Ma



terça-feira, 1 de agosto de 2017

À beira de um riacho


O homem sábio reconhece que é melhor viver meditando à beira de um riacho na montanha do que ser o imperador do mundo.



Chuang Tzu