quarta-feira, 30 de abril de 2014

O sofrimento jamais deixará de existir

É importante compreender profundamente o sofrimento, pois ele jamais deixará de existir. Quanto mais você se aprofundar na prática espiritual, mais reconhecerá isso. Quanto mais você se esforçar para viver em paz e harmonia, mais perceberá como é egoísta e autocentrado. Indo mais fundo, verá que o sofrimento ainda repousa no fundo de seu coração. Isso é verdade para todas as religiões. Mesmo que você ore com sinceridade a Deus, ainda assim sofrerá. Mesmo que atinja a iluminação, sofrimento e dor existirão em sua vida.

Mas tudo bem. Como tudo que existe no mundo dos fenômenos, seu sofrimento é um ser que surge da natureza original da existência, e a cada momento retorna à sua fonte.

Por isso, quando sofrer, tudo que você tem a fazer é aceitar e oferecer seu corpo e sua mente à existência suprema.  Você e o sofrimento retornam ao vazio e então há libertação do sofrimento.

Dainin Katagiri
(em “Each Moment is the Universe”)

terça-feira, 29 de abril de 2014

A chave da libertação

Sidarta sabia agora que a compreensão e o amor são um só. Sem compreensão não pode haver amor. Cada pessoa é o resultado de diversas condições fisicas, emocionais e sociais. Quando entendemos isso, não odiamos mais a pessoa que agiu com crueldade, porém lutamos para ajudá-la a transformar suas condições fisicas, emocionais e e sociais. A compreensão gera  compaixão e amor, o que por sua vez dá origem à ação correta. Para amar, primeiro é necessário compreender, logo a compreensão é a chave da libertação.  

Thich Nhat Hanh
(em Old Path, White Clouds: Walking in the Footsteps of Buddha”)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

As Seis Perfeições (Paramitas)

Paramita é uma palavra que pode ser traduzida como "perfeição" ou "realização perfeita". O ideograma chinês para este termo significa "atravessar para a outra margem", que é a margem da coragem, da paz e da libertação. As perfeições devem ser praticadas em nossa vida diária. Estamos atualmente na margem do sofrimento, da raiva e da depressão, e queremos atravessar para a margem do bem-estar. Para atravessar, é preciso fazer alguma coisa, e é a isso que chamamos de perfeição. Assim, voltamos para nós mesmos, praticamos a respiração consciente e olhando nosso sofrimento, nossa raiva, nossa depressão, e sorrimos. Ao fazer isso, superamos a dor e atravessamos. Devemos praticar as "perfeições" todos os dias.

O Buda disse: "Não fique esperando que a outra margem venha até você. Se quiser atravessar para chegar à margem da segurança, do bem-estar, da coragem e da ausência de raiva, terá que nadar ou remar. Você precisa fazer um esforço." Esse esforço é a prática das Seis Perfeições.

Dana paramita - Doação, generosidade, oferta.

Shila paramita - Os preceitos ou treinamentos da atenção plena.

Kshanti paramita - Tolerância, a capacidade de acolher, suportar e transformar a dor infligida a você por seus inimigos e também pelas pessoas que o amam.

Virya paramita - O esforço, energia, perseverança.

Dhyana paramita - A meditação.

Prajna paramita - A sabedoria, compreensão, insight.

Thich Nhat Hanh
(em "A Essência dos Ensinamentos do Buda")

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Cada momento é nascimento e morte

Viver no Dharma significa que estamos o tempo todo mudando. Essa é a nossa prática. No zazen experimentamos o nascimento e a morte diretamente. Cada momento é nascimento e morte, mudança, nascimento e morte, mudança, sem interrupções. Por isso os bodhisattvas praticam incessantemente. A prática contínua significa que você está vivo, que sua vida é realidade no Dharma.

Dainin Katagiri
(em “Each Moment is the Universe”)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A mente se inclina para os pensamentos mais frequentes

A mente pode ser comparada a um supercomputador. Qualquer pensamento, uma vez surgido, é registrado. Você pode achar que o pensamento desapareceu por não estar mais consciente dele, mas esse pensamento não desaparece jamais. Ao contrário, ele repousa em sua mente. O pensamento é arquivado no subconsciente e dá origem a um pensamento semelhante em uma próxima oportunidade. E esse segundo pensamento será ainda mais forte do que o primeiro.

Por exemplo, se houve um pensamento negativo, o segundo pensamento será ainda pior.  Dessa forma o pensamento ressurge repetidamente, mais e mais fortalecido. E a mente sempre se inclina para os pensamentos mais frequentes. Portanto, se você não cuidar de seus pensamentos negativos, eles crescerão até dar origem às ações negativas.

Daehaeng Sunim
(em “No River to Cross”)

terça-feira, 22 de abril de 2014

Viva em meio à impermanência

Não há nada a que se possa agarrar e chamar de sólido, há apenas a impermanência.

Como podemos viver em paz nesse mundo de constantes mudanças? Pode ser difícil para você acreditar, mas devemos apreciar tanto a conservação como a destruição. Ficamos insatisfeitos com a destruição, mas é devido a essa insatisfação que estamos dispostos a estudar e praticar. E sem destruição não pode haver mudança. A destruição de um momento cria oportunidade para que um novo momento surja. Graças à mnutenção e a destruição podemos ter esperança no futuro e fazer todo esforço possível para nos aprofundarmos.

Impermanência é a base da vida humana, por isso não se apegue a nascimento e morte, continuidade ou interrupção. Apenas viva diretamente em meio ao fluxo da impermanência, onde não há nada ao qual se agarrar. Como? Apenas esteja presente e dedique-se ao fazer qualquer coisa. Essa é a simples prática do Zen.


Dainin Katagiri
(em “Each Moment is the Universe”)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Não há algo que eu não seja

Nesse momento nasço, morro, vivo.
Nesse momento existo e não existo
                        como penso existir.

Sou a gula, sou a fome
Não há algo que eu não seja.

Não há eu, não há.
Tudo apenas é.


Abrir os olhos e ver
o mundo como é
                        e que não pode ser expressado.

Pedras, árvores e rios
O firmamento, as galáxias

Sou tudo e tudo é eu.

Mas não há eu e não há tudo
Há apenas
                        o que não pode ser descrito.
  
  

(escrito entre 12 e 13 de abril durante o Retiro “Alegria de Viver”promovido pelo Grupo de Meditação Tegar do Rio de Janeiro – inspirado nos ensinamentos de Yongey Mingyur Rinpoche) 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Não há eu e não há outro

Não há espaço entre eu e o outro.
Não há eu e não há outro.
Há só... Tudo.
E Tudo é Um.

Fundamentalmente o que faço a outro não atinge a mim.
Pois não há eu e não há outro.
Há apenas fazer e não fazer
            e as consequências do fazer.

Não há separação
Não há dois
Somente nas aparências há essa incrível brincadeira ilusória.

As minhas ações não refletem nos outros
Não há outros.
Há o que é indefinível, indescritível e indivisível
E que não cabe em qualquer classificação.

Nos aprisionamos às aparências
por não crer na realidade que há por trás delas.


(escrito entre 12 e 13 de abril durante o Retiro “Alegria de Viver”promovido pelo Grupo de Meditação Tegar do Rio de Janeiro – inspirado nos ensinamentos de Yongey Mingyur Rinpoche) 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Como um sonâmbulo

Como um sonâmbulo
sou levado por meus impulsos
e fico a me lamentar depois
Por de novo e de novo
haver feito o que preferia não tê-lo.

Como um artista
represento o papel que me impus
e que ao fim
só me traz frustração.


(escrito entre 12 e 13 de abril durante o Retiro “Alegria de Viver”promovido pelo Grupo de Meditação Tegar do Rio de Janeiro – inspirado nos ensinamentos de Yongey Mingyur Rinpoche) 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Eu - Nada



É tudo ilusão.
São todas as coisas personagens de um romance cósmico.

Você não é o que pensa ser e nem outra coisa qualquer
Você não é nada
Você nem mesmo é você.

Você pode até crer que seja o tudo
mas o tudo também é uma definição
e tudo aquilo que define, o que quer que se queira definir
- é ilusão.

Por que tão docilmente você acompanha suas ilusões?
Sua expectativas, seus medos, esperanças, e certezas ?
Tudo é vazio e ilusório.

Qualquer imagem, ideia ou conceito não passa de vento aprisionado.

Abra os olhos da mente!
Não caminhe mais de olhos fechados,
tateando como um cego que é facilmente conduzido para cá e para lá.

Seja você o seu guia
sabendo que não há guia, nem caminho, nem onde chegar.


(escrito entre 12 e 13 de abril durante o Retiro “Alegria de Viver”promovido pelo Grupo de Meditação Tegar do Rio de Janeiro – inspirado nos ensinamentos de Yongey Mingyur Rinpoche) 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Consciência armazenadora

A consciência armazenadora opera na ausência da consciência mental. Pode fazer muitas coisas. Pode fazer muito planejamento; pode tomar muitas decisões sem você saber. Provavelmente temos a impressão que somos pessoas livres, ao usar nossa consciência mental para selecionar coisas das quais gostamos. Mas isso é uma ilusão. Tudo já foi decidido na consciência armazenadora. Naquele momento fomos capturados; não somos pessoas livres. Nosso senso de beleza, nosso gostar ou repugnar, foi decidido certamente e muito discretamente no nível da consciência armazenadora.  

É uma ilusão que somos livres. O grau de liberdade que nossa consciência mental tem é na verdade muito pequeno. A consciência armazenadora dita muitas das coisas que nós fazemos, porque ela continuamente recebe, abraça, mantém, processa, e toma muitas decisões sem a participação da consciência mental. Mas se nós soubermos a prática, poderemos influenciar nossa consciência armazenadora; poderemos ajudar a influenciar o modo como nossa consciência armazenadora armazena e processa informação para tomar melhores decisões. Nós podemos influenciá-las.

Quando você estiver ao redor de um grupo de pessoas, embora queira ser você mesmo, você está consumindo os seus modos, e você está consumindo as suas consciências armazenadoras. Nossa consciência é alimentada por outras consciências. O modo que nós tomamos decisões, nosso gosto e aversão, depende do modo coletivo de ver as coisas. Você pode não ver algo como bonito, mas se muitas pessoas pensam que isto é bonito, então lentamente você pode vir também a aceitar isto como bonito, porque a consciência individual é composta da consciência coletiva.  

Nós somos influenciados pelos modos coletivos de ver e pensar. É por isso que selecionar as pessoas que estão ao seu redor é muito importante. É muito importante se cercar de pessoas que têm bondade, compreensão e compaixão, porque dia e noite somos influenciados pela consciência coletiva. A consciência armazenadora nos oferece iluminação e transformação. Esta possibilidade é contida em seu terceiro significado, sua natureza de sempre fluir.

Thich Nhat Hanh
(em "Corpo e Mente em Harmonia: Andando Rumo à Iluminação")

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Tudo é sempre a primeira vez

Final da palestra de Saikawa Roshi (2005):

Que maravilhoso é viver nesta unidade, sem mudanças, mas ao mesmo tempo ver que as coisas condicionadas mudam momento a momento. Quando chegamos em Porto Alegre, alguém me perguntou: “É sua primeira vez em Porto Alegre?”, respondi, “Sim”, mas eu estava rindo dentro de minha mente porque tudo é a primeira vez, sempre, tudo é a primeira vez. Isso significa que não se pode comparar nada. Nossa vida é uma flor de um caleidoscópio, e em um caleidoscópio muitas flores aparecem quando nós o rodamos, assim como eu gosto dessa flor antes de girar, isso é uma delusão de minha atividade mental, comparando o passado com a nova flor que aparece. É impossível pôr passado e futuro na mesma mesa, porque toda experiência surge pela primeira vez e não pode ser comparada com o passado, tudo é a primeira vez.

Nesta unidade além da delusão e da iluminação é que nossa vida existe. Cada momento é tão fresco, nunca voltará de novo na história de todo o universo, cada coisa, um momento. Nossa vida existe nessa vacuidade, nessa sacralidade. Assim, com essa verdade é que Shakyamuni disse: “quero salvar todos os seres mas não posso encontrá-los”, porque vocês são o mesmo que Shakyamuni Buda, parabéns.

Saikawa Roshi
(postado pelo Monge Genshô em seu blog "O Pico da Montanha é onde estão os meus pés")

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Consumir-se


Você deve viver sua vida com a mente calma e consumir-se no que quer que faça. Isso é a prática de Buda. É por isso que os mestres sempre aconselham a praticar, a devotar-se ao que estiver fazendo e esquecer de si próprio. Quando você esquece de si e dedica-se inteiramente ao momento, faz o que deve ser feito e repousa no fluxo contínuo de energia. Só assim pode realmente apreciar sua vida.

Para viver em paz e harmonia, seja quem você realmente é no momento presente, seja ele como for. Isso é realmente belo.

Dainin Katagiri
(em “Each Moment is the Universe”)

terça-feira, 8 de abril de 2014

A mente autêntica


Nossa verdadeira mente é luz radiante, capaz de nos guiar.
Essa mente deu origem à Terra, ao sol e ao universo.
Com perfeita sabedoria, aceita tudo e a tudo responde adequadamente.
Tem intenso brilho próprio, o que poderia impedi-la?

Embora esse brilho esteja em toda parte,
as pessoas criam divisões e rótulos, e permitem que estes governem suas vidas.
Como não poderiam ser prejudicadas e oprimidas por isso?

Uma pessoa autêntica é um Buda,
mas não tenha o desejo de se tornar uma pessoa assim
e nem o medo de não consegui-lo.
Apenas aceite tudo o que surgir do vazio, que é a fonte original,
e depois devolva tudo ao vazio.
Se você acreditar nessa prática com fé sincera,
e permanecer nela disciplinadamente,
logo o seu verdadeiro espírito se revelará.

A mente de um Buda e a mente de um ser não iluminado não estão separadas,
não há limpo ou sujo, alto ou baixo,
nem o mínimo indício de "eu fiz" ou "eu sei."
Esta mente autêntica, esta tigela completamente vazia,
se manifesta a cada instante,
e brilha sobre todos,
com mãos que não são mãos, pés que não são pés,
no caminho que não é um caminho.

Essa é a mente de um verdadeiro ser humano.

Daehaeng Kun Sunim
(em “Wake Up and Laugh”)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Plena Consciência

Plena consciência é a capacidade para reconhecer as coisas como elas são. Quando você está atento, reconhece o que está acontecendo no aqui e agora. Quando reconhecer algo positivo, pode desfrutar disto; pode se nutrir e pode se curar apenas reconhecendo estes elementos positivos. E quando algo for negativo, a plena consciência lhe ajuda a abraçar, acalmar, e adquirir um pouco de alívio. Plena consciência é uma energia que pode abraçar o sofrimento, a raiva, o desespero. Se souber abraçar seu sofrimento bastante tempo, você adquire alívio. Se perdermos este poder de plena consciência, perdemos tudo. 
 
Caminhar e comer são ações que executamos diariamente. Mas normalmente quando caminhamos, realmente não estamos caminhando. Nós estamos sendo levados por nossos projetos e preocupações. Não somos livres. Quando nós caminhamos com plena consciência, morando no momento presente, já não somos mais empurrados por nossos pesares sobre o passado ou nossas preocupações relativas ao futuro, tocamos as maravilhas da vida e cada passo nutre nossa felicidade. Com plena consciência não temos que lamentar o modo como vivemos. Plena consciência nos ajuda a ver e estar em contato com nossos familiares. É a energia que nos permite voltar a nós mesmos, estar vivos e verdadeiramente felizes.
 
Thich Nhat Hanh
(em "A Arte do Poder")
 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Os verdadeiros mestres zen

Verdadeiros mestres Zen vivem por completo. Percebemos isso pela maneira como servem o chá, alinham seus calçados na entrada do salão de meditação ou caminham pela estrada. Reconhecemos sua intimidade com todas as coisas pela maneira plena com a qual se dedicam em qualquer atividade. Há tanta vitalidade em sua maneira de falar e em seus gestos, por mais sutis que estes sejam, que é como se a própria vida em si tivesse acabado de entrar no recinto. E ela entrou.

Peter Levitt

(no prefácio do livro “No Beginning, No End”, de Jakusho Kwong Roshi)

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A diligência, segundo o Budismo

O segundo tipo de poder é a diligência. Você é capaz de voltar ao seu melhor e mais alto eu, mas você tem que manter esta prática. Não se permita ficar distraído e esquecer de praticar. Pratique regularmente, diariamente, com o apoio de sua família, amigos e comunidade - isto é diligência. Se você pratica a meditação sentada diariamente, a meditação andando diariamente, a respiração atenta diariamente, o comer atento diariamente, sua prática é nutrida, continuamente, firmemente, e esta é a segunda fonte de poder. Você pode praticar plena consciência, mas sua motivação não é provar que você pode fazer isto. O ponto não é se provar. O ponto é praticar para seu bem-estar e prazer. Você simplesmente pratica, e você faz isto diariamente.
Há quatro aspectos de diligência. O primeiro é que quando as emoções negativas não manifestaram em sua mente, você não lhes dá uma chance para manifestar. O segundo aspecto de diligência é acalmar e substituir as sementes negativas que se manifestam em sua mente consciente. O terceiro aspecto de diligência é sempre convidar sementes boas a se manifestar. O quarto aspecto de diligência é tentar manter uma formação mental boa o mais possível.
 
Thich Nhat Hanh
(em "A Arte do Poder")
 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

A fé, segundo o Budismo



No budismo a palavra fé é mais bem traduzida como "confiança" e "crença", porque é sobre algo dentro de você e não dirigido para algo externo. O Patriarca Zen Lin Chi (ou Linji) dizia a seus alunos: "Você que não têm bastante confiança em si mesmo, vai em busca destas coisas fora. Você precisa ter confiança que tem a capacidade para se tornar um Buda, a capacidade de transformação e cura."
Fé é ter um caminho que o conduz à liberdade, liberação e a transformação das aflições. Se você viu o caminho, se você tem um caminho para ir, você tem poder. Aqueles que não têm nenhum caminho para percorrer, sofrem. Eles não sabem aonde ir. Você estava procurando um caminho, e agora achou; você viu o modo.

Se você usa um método de prática e o acha eficiente, e se ele te trouxer plena atenção, concentração e alegria, então a fé e confiança nascerão disto, e não de algo que outras pessoas lhe falam. Isto é fé e confiança não apenas em idéias, mas nos resultados concretos de sua prática. Quando você é bem sucedido na prática da respiração atenta, você se sente claro, sólido, livre. A confiança nasce deste tipo de experiência. Isto não é nenhuma superstição. Não estará confiando em alguém fora de você. A energia da fé pode te trazer muita felicidade. Se você não tiver fé, se não tiver esta energia de confiança, você sofrerá.


Thich Nhat Hanh
(em "A Arte do Poder")

terça-feira, 1 de abril de 2014

Poderes: mundanos e budistas

O que a maioria das pessoas chama poder, os budistas chamam desejos. Os cinco desejos são a riqueza, fama, sexo, comida refinada, e muito sono. No Budismo, nós falamos dos cinco verdadeiros poderes, cinco tipos de energia. Os cinco poderes são fé, diligência, plena consciência, concentração e insight. Os cinco poderes são a fundação da real felicidade; eles estão baseados em práticas concretas .

Thich Nhat Hnah
(em "A Arte do Poder")