Quando nos tornamos iluminados, não nos tornamos uma espécie de bolha
cósmica, perdida no espaço da consciência. Não é assim. Se você alguma vez já
encontrou grandes mestres iluminados, pôde perceber que eles têm mais
vitalidade, estão mais presentes e são mais cheios de vida do que as pessoas
comuns. Eles sabem quem são e quem não são. Estão conscientes da forma atual
que corporificam, mas sabem que é apenas a forma atual. Não é quem e o que são.
Por trás de tudo com o que nos identificamos está a consciência vasta e aberta
que não é apenas o conhecimento, mas é em si a plenitude da sabedoria e
compaixão. Sabedoria significa vermos as coisas como realmente são.
Compreendemos as coisas com clareza, sem distorções. Quando falamos sobre
sabedoria e vacuidade, não nos referimos a algo frio e distante. Esta
consciência ampla e aberta contém tudo.
Jetsunma
Tenzin Palmo