terça-feira, 30 de abril de 2019



Você acredita que existe algo chamado mente, mas isso é apenas uma ideia. Se você acredita que não existe algo chamado mente, isso é apenas outra ideia. Seu estado natural, livre de qualquer pensamento a respeito de nada – isso é a natureza búdica.


Tulku Urgyen Rinpoche

segunda-feira, 29 de abril de 2019



Nós somos as coisas que possuímos, somos aquilo a que estamos apegados. O apego não tem nobreza. Apego ao conhecimento não é diferente de nenhum outro vício. Apego é autoabsorção, seja no nível mais baixo ou no nível mais elevado. Apego é autoengano, é uma fuga do vazio do ego. As coisas a que estamos apegados, propriedade, pessoas, ideias, se tornam importantíssimas, pois sem as muitas coisas que preenchem seu vazio, o ego não existe. O medo de não ser cria possessão; e o medo gera ilusão, a escravidão a conclusões. Conclusões, materiais ou ideais, impedem a fruição da inteligência, a liberdade na qual a realidade pode surgir; e sem esta liberdade, a esperteza é considerada como inteligência. Os caminhos da esperteza são sempre complexos e destrutivos. É esta esperteza autoprotetora que leva ao apego; e quando o apego causa dor é esta mesma esperteza que busca o desapego e encontra o prazer no orgulho e na vaidade da renúncia. A compreensão dos caminhos da esperteza, os caminhos do ego, é o início da inteligência.


Jiddhu Krishnamurti

domingo, 28 de abril de 2019



Para evitar o sofrimento nós cultivamos o desapego. Estando prevenidos de que o apego cedo ou tarde deixa sofrimento, nós queremos nos tornar desapegados. O apego é gratificante, mas percebendo sua dor, queremos ser gratificados de outra maneira, através do desapego. Desapego é o mesmo que apego enquanto render gratificação. Assim, o que estamos realmente buscando é satisfação, almejamos estar satisfeitos por qualquer meio. Nós somos dependentes ou apegados porque isto nos dá prazer, segurança, poder, uma sensação de bem estar, embora nisto haja sofrimento e medo. Também buscamos o desapego por prazer, a fim de não sermos feridos, não sermos magoados interiormente.

Se almejamos o elevado ou o rasteiro, almejar é sempre almejar, um fogo ardente, e o que pode ser consumido por ele logo se transforma em cinzas; mas o almejar por gratificação ainda continua, sempre ardendo, sempre consumindo, e não há fim para isto. Apego e desapego são igualmente ligados, e ambos devem ser transcendidos.


Jiddhu Krishnamurti


sábado, 27 de abril de 2019



É possível para a mente estar tão atenta o tempo todo, tão sensível que cada desafio é respondido completamente e imediatamente, e chegar num estado onde não há desafio nem resposta, onde ela não está mais no estado de experimentar? Só tal mente pode compreender o que é verdadeiro, o que é falso, e se existe alguma coisa fora do tempo; apenas tal mente está livre do conhecido e, portanto, não num mundo de experiência, desafio e resposta, e conhecimento; é só tal mente que pode encontrar o eterno.


Jiddhu Krishnamurti

sexta-feira, 26 de abril de 2019


Os três mantras ferozes de Tsangpa Gyare:


- O que tiver que acontecer, que aconteça!

- Seja qual for a situação, está ótimo!

- Eu realmente não preciso de coisa alguma!

quinta-feira, 25 de abril de 2019


Só de pensar: “É isso!” "Este é o estado!" então você já o perdeu, porque a presença pura não pode ser objetificada e reduzida a um mero rótulo. Para agravar ainda mais a situação, com nosso pronunciamento heureca, acrescentamos uma intenção de permanecer nesse estado, pensando: “Como posso permanecer nesse estado?” e conseguimos fixar o estado e sustentá-lo, então o que é estabilizado é um estado de transe. Como é frequentemente citado, um estado de transe é a meditação dos deuses, ou talvez um samadi dos rishis hindus, ou uma fixação do meditador budista que se perdeu. O estado natural do ser autêntico, que é a situação em que descansamos sem fazer nada – não abandonando nada nem adotando nada – não tem testemunha e, portanto, não pode ser estabelecido ou recordado. A consciência autossurgida que é a realidade daquele momento não tem atributos ou características. Então, como ela pode ser chamada de "um estado"? E quem está lá para verificar a natureza desse estado? Quem é a testemunha? É possível que alguém de fora possa realmente verificar o estado mental de outra pessoa? Pode ser possível confirmar a probabilidade de um relato insistente de alguém sobre um estado inefável, mas tal relato pode descrever apenas sua passagem, como a cauda de um cometa que fornece evidência do corpo invisível que o precedeu. O adepto do Dzogchen nunca pode fornecer evidências de sua consciência não-dual; por essa simples razão ele pode ser anônimo.  


“O Coração-Vajra, O Tesouro Precioso do Dharmadhatu de Longchenpa – Keith Dowman”. Adaptado ao português por Kadag Lundru
(retirado do facebook, página Dzogchen – A Grande Perfeição)


quarta-feira, 24 de abril de 2019



Essa atenção plena, espontânea e não fabricada é a natureza búdica sempre nova e fresca. Apenas abandone sua mente criadora de opiniões e não rejeite ou se apegue a nada. Completamente livre de esperança ou medo, deixe que sua presença seja plena, total e natural. Assim, o que haverá será somente a manifestação da natureza búdica. Não haverá nada além da natureza búdica! É isso que precisamos, é isso o que já temos em nossas mãos. No instante em que você se liberta, sem envolver-se com o passado, o presente ou o futuro, há somente a natureza búdica.  Essa é a própria essência, o coração da prática budista.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

terça-feira, 23 de abril de 2019


A prática consiste simplesmente em permanecer sem se distrair pois é essa atenção que nos conduz por todo o caminho até a completa iluminação. Mas isso não significa que devamos “treinar para não se distrair”, pois isso seria apenas substituir os pensamentos habituais pelo pensamento “não se distrair”. A prática é somente não esquecer. No momento em que esquecemos  - e realmente esquecemos – nossa prática também é esquecida, pois nossa atenção se dispersa. O ponto chave é permanecer no estado de mente livre e presente, sem distrações.


Tulku Urgyen Rinpoche

segunda-feira, 22 de abril de 2019



Existe atenção sem coisa alguma absorvendo a mente? Existe atenção sem concentração em um objeto? Existe atenção sem nenhuma forma de motivo, influência, compulsão? Pode a mente dar completa atenção sem qualquer sentido de exclusão? Certamente pode, e esse é o único estado de atenção; os outros são simples indulgência, ou truques da mente. Se você puder dar completa atenção sem estar absorvido em alguma coisa, e sem nenhum sentido de exclusão, então descobrirá o que é meditação; porque nessa atenção não há esforço, nem divisão, nem luta, nem busca por resultado. Então meditação é um processo de libertar a mente de sistemas, e de dar atenção sem ser absorvido ou fazer um esforço para se concentrar.


Jiddhu Krishnamurti


domingo, 21 de abril de 2019


Existe atenção quando estou forçando minha mente a atentar? Quando digo para mim mesmo, “Eu devo prestar atenção, tenho que controlar minha mente e deixar de lado outros pensamentos”, você chamaria isso de atenção? O que acontece quando a mente se força a dar atenção? Ela cria uma resistência para impedir que outros pensamentos se infiltrem; ela está interessada em resistência, em afastar, portanto é incapaz de atenção.

Para compreender alguma coisa totalmente você deve dar sua completa atenção a ela. Mas logo descobrirá como isso é extraordinariamente difícil, porque sua mente está acostumada a se distrair, então você diz, “Por Deus, é bom dar atenção, mas como vou fazer isto?” Ou seja, você está de volta novamente ao desejo de conseguir alguma coisa, então nunca prestará atenção completa. Quando você vê uma árvore ou um pássaro, por exemplo, prestar completa atenção não é dizer, “Isso é um carvalho” ou, “Aquilo é um papagaio”, e ir em frente. Ao lhe dar um nome você já parou de prestar atenção. Ao contrário, se você está totalmente consciente, totalmente atento quando olha para alguma coisa, então descobrirá que uma completa transformação acontece, e essa total atenção é o bem. Não existe outra, e você não pode conseguir total atenção pela prática. Com a prática você consegue concentração, isto é, constrói muros de resistência, e dentro desses muros de resistência está quem se concentra, mas isso não é atenção, é exclusão.e vazia.


Jiddhu Krishnamurti

sábado, 20 de abril de 2019


A natureza búdica é livre do passado, presente e futuro, mas nossa mente sempre age sob o poder do tempo. O tempo envolve fixar algo em mente, pensar. A sabedoria desperta é livre de pensamentos e apegos.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)


quinta-feira, 18 de abril de 2019


Após esta análise dos modos de descansar livremente, deve-se enfatizar que nenhum “estado” existe para ser alcançado. Pensar que o Dzogchen é um estado a ser realizado, imediatamente reifica o Dzogchen e enfatiza a dualidade que deve ser resolvida. Assim, qualquer pensamento de que a presença pura é um estado como a euforia ou a depressão, a certeza ou a dúvida, deve ser experiencialmente desconstruído no momento de seu surgimento, assim como todo pensamento discursivo – qualquer crença – que surja. Se a presença pura fosse um estado definível, haveria causas e condições que afetariam esse estado, e haveria um efeito causado posteriormente por esse estado. Se a presença pura fosse causada por certas condições, a formalização dessas condições como técnica nos permitiria praticá-la, em um processo, em um caminho que levasse ao destino, o objetivo, que seria um estado fixo. Esse estado iria parecer "existir verdadeiramente" no espaço-tempo; mas uma vez que ele seria um produto da causalidade, seria composto e, portanto, impermanente e uma parte da existência condicionada, que é outro nome para o samsara. No reino samsárico, onde a ambição zelosa é necessária para atingir qualquer objetivo válido, tons de inveja e rivalidade inevitavelmente acontecem, mesmo nas mentes mais purificadas, porque a orientação para um objetivo acompanhada de ambição é geralmente seguida de contenção. A preocupação constante com o estágio do caminho e com o grau de realização perturbaria a mente e, finalmente, "o estado" não poderia ser alcançado devido à preocupação de ter ou não sido atingido. Longchenpa está convencido de que não há estado mental para ser alcançado. Permitir o conceito de "estado" com base no fato de que é o estado da cognição não-dual em oposição ao estado dualista da percepção é abusar do intelecto. É como se o intelecto estivesse só esperando o pronunciamento de "um estado" para reificá-lo e, em seguida, agarrá-lo, aderir-se a ele, defender-se e justificar-se através dele. O pensamento e o conceito, então, precedem ou substituem a experiência real. Se o conceito a precede, então isso é a penetração do pensamento pela consciência primordial de dentro que permite a experiência; se o conceito foi subsequente à experiência, então a percepção dualista já enlameou as águas. 


“O Coração-Vajra, O Tesouro Precioso do Dharmadhatu de Longchenpa – Keith Dowman”. Adaptado ao português por Kadag Lundru
(retirado do facebook, página Dzogchen – A Grande Perfeição)



quarta-feira, 17 de abril de 2019



Vocês observam um pôr do sol encantador, uma bela árvore num campo, e logo que olham alegram-se completamente, inteiramente, no entanto retornam a isso com o desejo de deleitar-se de novo. O que acontece quando voltam com o desejo de alegrar-se novamente? Não há alegria nenhuma, porque é a memória do pôr do sol de ontem que está agora fazendo vocês voltarem, que os está impelindo, incitando-os a alegrarem-se. Ontem não havia memória alguma, só uma apreciação espontânea, uma resposta direta, no entanto hoje estão desejosos de recobrar a experiência de ontem, ou seja, a memória está interferindo entre vocês e o pôr do sol. Portanto, não há nenhuma alegria, nenhum esplendor, nenhuma plenitude de beleza. Novamente, vocês têm um amigo que lhes disse alguma coisa ontem, um insulto ou uma cortesia, vocês retêm essa memória, e com essa memória vocês encontram seu amigo hoje. Realmente não encontram seu amigo – carregam a memória de ontem, que intervém; assim, continuamos cercando a nós próprios e as nossas ações com memória, portanto, não há nenhuma inovação, nenhum frescor. Essa é a razão pela qual a memória torna a vida cansada, enfadonha e vazia.


Jiddhu Krishnamurti

terça-feira, 16 de abril de 2019



Como posso me libertar dessa confusão mental?           

O “como” sugere libertação gradual; mas a confusão não pode ser destruída aos poucos, enquanto o restante da mente continua confuso, pois aquela parte que é liberada logo se torna confusa novamente. Você só deseja livrar-se dela para chegar a outra coisa.
                                                        
Jiddhu Krishnamurti
(em “Comentários Sobre o Viver” – volume 3)


segunda-feira, 15 de abril de 2019


Na visão clara não pode haver distração, obstáculo ou erro. O que chamamos de distração é a fixação a algo, enquanto na visão clara a distração se tornou objeto da não-meditação. Da mesma forma, embora no Vajrayana os obstáculos e obscurecimentos possam ser tomados como o caminho, nesta visão do Dzogchen nenhuma noção limitante como “obstáculos” e “obscurecimentos” pode surgir. Não há metas nem funções causais pré-concebidas, então o que quer que ocorra, perfeito como é, é a vasta espacialidade do agora. Não pode haver erro na realidade. Tudo o que surge na visão da realidade é percebido imediatamente como perfeito em si mesmo, e conhecido como um campo de igualdade em que nada tem maior virtude do que qualquer outra coisa. Além disso, não pode haver erro porque não há ninguém para definir certo e errado e ninguém para definir uma inclinação de preferir uma coisa à outra. Não há erro porque o erro em si é a natureza da mente, uma vasta matriz de espaço. Não há erro porque a verdade relativa e absoluta são uma só realidade; cada momento de nossa consciência no aqui e agora demonstra isso. Somente quando o intelecto, em seu modo de percepção dualista, separa absoluto do relativo, é que a noção de um estado ideal de consciência distinto do momento presente pode surgir. E há o cerne da delusão do samsara: o pensamento de que algo realizável existe, de que um objetivo existe para ser conquistado – lá fora ou aqui dentro – um estado superior ao que temos no agora, necessariamente exacerba a dor e a tristeza que originalmente motivou tal pensamento. A insatisfação que motiva o desejo por melhoria acarreta um ciclo interminável de insatisfação. Presos nesse loop eterno, sofremos na roda cíclica do samsara de renascimento e delusão. No início de todo pensamento, antes que ele seja apreendido, está a clareza e a vaziez do darmakaya, a espacialidade da natureza da mente, e, neste lugar, nenhum erro ou engano pode ser cometido.   


“O Coração-Vajra, O Tesouro Precioso do Dharmadhatu de Longchenpa – Keith Dowman”. Adaptado ao português por Kadag Lundru
(retirado do facebook, página Dzogchen – A Grande Perfeição)

domingo, 14 de abril de 2019



O estado desperto é livre de pensamentos. Simplesmente desejar “eu quero livrar-me dos pensamentos” não é o estado desperto, é apenas um outro pensamento. É necessário manter-se serenamente livre de pensamentos, porém vividamente presente. Se treinarmos dedicadamente assim, ele se tornará o estado plenamente desperto, a natureza búdica.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

sábado, 13 de abril de 2019


Nós fazemos tantas coisas, corremos tão rapidamente quando a situação é difícil, e muitos então dizem: “Não fique aí sentado, faça alguma coisa!”. Mas fazer mais coisas pode piorar a situação. Então você deveria dizer: "Não faça nada agora, apenas sente-se." Sente-se, pare, seja o você real antes de tudo e então comece a partir daí.


Thich Nhat Hanh


sexta-feira, 12 de abril de 2019


Quando esquecemos da natureza da mente, ficamos distraídos e surge a confusão. Meditar objetivamente é uma atividade intencional, distrair-se é criar confusão. Ao invés disso, mantenha-se naturalmente estável em não-meditação. Mas isso não é algo a ser “produzido”, não é uma ideia a ser alimentada. Simplesmente mantenha-se na presença serena livre de pensamentos. Seja estável, não pensando em sê-lo porém mantendo-se vazio de qualquer pensamento.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

quinta-feira, 11 de abril de 2019

quarta-feira, 10 de abril de 2019


Qualquer forma de lidar com um problema, certa ou errada, é atividade autocentrada que apenas fortalece, sutil ou grosseiramente, o experimentador.


Jiddhu Krishnamurti
(em “Comentários Sobre o Viver” – volume 3)

terça-feira, 9 de abril de 2019


Não basta chamar a si mesmo de praticante e deixar o tempo passar. Isso não é praticar o Darma. Estamos no samsara há incontáveis vidas. Nossas mentes ficaram completamente absorvidas nas tendências da existência samsárica — como podemos ter a expectativa de nos transformarmos totalmente em alguns anos? Não é assim que acontece.

Os padrões habituais e a fixação dualista estão todos latentes em nossas mentes. Eles têm estado lá, em constante recreação, desde um tempo sem início. A única maneira de tornar a natureza buda plenamente manifesta é continuar praticando o Darma de modo genuíno. E isso não acontece apenas praticando aqui e ali por alguns anos. Claro que a prática esporádica deixa boas marcas mentais, mas ela não gera mudança autêntica a partir das profundezas de nosso ser.


Tulku Urgyen Rinpoche

segunda-feira, 8 de abril de 2019



O treinamento para reconhecer sua essência é simplesmente ser absolutamente natural. Sem técnica, sem artifícios. A água não necessita de auxílio para seguir a corrente, ela flui naturalmente. Você também não precisa fazer nada. Permita sua atenção plena e não especulativa pelo tempo que for, numa naturalidade sem distrações. Veja claramente que não há nada para ver, e não tente mudar ou melhorar nada.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

domingo, 7 de abril de 2019


Permita que seus pensamentos se desfaçam, dissolvam, desapareçam naturalmente. Só há uma maneira de parar seus pensamentos e é reconhecendo sua natureza vazia. Quando isso ocorre, o pensamento desaparece por si sem deixar qualquer rastro, porque a mente de todos os seres é essencialmente vazia.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)

sábado, 6 de abril de 2019



O que a mente busca, encontrará, mas o que ela encontrará será a própria projeção.


Jiddhu Krishnamurti
(em “Comentários Sobre o Viver” – volume 3)



sexta-feira, 5 de abril de 2019


Se a mente não se encontra extremamente alerta, perceptiva, logo se vê novamente presa na teia do próprio desejo.


Jiddhu Krishnamurti
(em “Comentários Sobre o Viver” – volume 3)



quinta-feira, 4 de abril de 2019



É preciso esvaziar a mente daquilo que se sabe; todo conhecimento que se acumulou deve deixar de exercer qualquer influência sobre a mente viva. O conhecimento está sempre no passado, é o próprio processo do passado, e a mente deve estar livre desse processo.


Jiddhu Krishnamurti
(em “Comentários Sobre o Viver” – volume 3)

quarta-feira, 3 de abril de 2019


É necessário aprender a permanecer em plena consciência mesmo enquanto se trabalha no jardim, varrendo o pátio, lavando roupa ou lavando os pratos. Muitos mestres zen chegaram à iluminação durante o seu trabalho diário. É essencial que um praticante zen seja capaz de viver conscientemente em cada momento do dia. Não há iluminação fora da vida cotidiana.


Thich Nhat Hanh

terça-feira, 2 de abril de 2019



Quanto mais julgamentos você faz, mais ego você tem.
Quanto menos julgamentos você faz, menos ego você tem.


Phakchok Rinpoche



segunda-feira, 1 de abril de 2019



O vazio não é algo que consigamos imaginar se meditarmos, pois o vazio é natural e espontâneo, sempre-presente. Não é necessário pensar nele. Apenas fique ali, sem imaginar nada e sem pensar em nada. No instante em que você pensar “isso é o vazio”, um pensamento já terá surgido. É desnecessário. Esse processo contínuo de formar conceitos e apegar-se a eles é a própria raiz do samsara. Ser livre até mesmo do mais ínfimo pensamento é reconhecer a atenção presente.


Tulku Urgyen Rinpoche
(em “As It Is” -  Vol. 1)