sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A criança ferida que há em nós

 

A primeira coisa que podemos fazer para acalmar nosso medo é conversar com ele. Você pode sentar-se com a criança medrosa que há em você e ser gentil com ela. Você pode dizer algo como: “Minha querida criança, eu sou o seu self adulto. Eu queria te dizer que você não é mais uma criança, indefesa e vulnerável. Você tem mãos e pés fortes, podemos nos defender muito bem. Portanto, não há razão para continuarmos a ter medo”.

Eu acredito que conversar assim é muito útil, porque a criança que há em nós pode estar profundamente ferida e essa criança espera que cuidemos dela. Todas as feridas de sua infância ainda estão ali, e temos estado tão ocupados que não encontramos tempo para nos voltar e curar essa criança. Por isso é tão importante encontrar um momento para parar, reconhecer a criança ferida que há em nós, conversar com ela e tentar curá-la. Podemos lembrar a ela sempre de que não somos mais uma criança indefesa, que crescemos e nos tornamos adultos, e que podemos cuidar de nós muito bem.

Thich Nhat Hanh
(em “Fear: Essential Wisdom for Getting Through the Storm”)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Consequências do que plantamos

A mente é um campo fértil onde todos os tipos de planta podem crescer. Quando plantamos uma semente - um ato, uma palavra ou um pensamento -, num dado momento, será produzido um fruto que irá amadurecer e cair na terra, perpetuando e incrementando aquela mesma espécie. Momento a momento, plantamos sementes de causalidade potentes com nosso corpo, fala e mente. Quando se juntarem as condições adequadas para o amadurecimento do nosso carma, teremos que lidar com as consequências das coisas que plantamos.

Chagdud Tulku Rinpoche
(em “Portões da Prática Budista”)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Renunciar à esperança

É aí que entra a renúncia. Renúncia da esperança de que nossas experiências podem ser diferentes. Renúncia da esperança de que nós podemos ser melhores. As regras monásticas budistas que recomendam renunciar ao álcool, renunciar ao sexo e assim por diante, não estão indicando que essas coisas são inerentemente más ou imorais. Mas que nós as usamos como baby-sitters. Nós as usamos como um caminho para escapar. Nós as usamos para tentar obter conforto e para nos distrair.

Na verdade, o que renunciamos é à esperança tenaz de que podemos ser salvos de quem somos. Renúncia é um ensinamento que nos inspira a investigar o que está acontecendo cada vez que nos agarramos a alguma coisa porque nós não conseguimos aguentar e encarar o que está por vir.

Se a esperança e o medo são dois lados da mesma moeda, então a desesperança e a coragem também são. Se desejarmos abandonar a esperança para que a insegurança e a dor sejam exterminadas, então podemos conseguir a coragem para relaxar na falta de chão firme de nossa situação. Esse é o primeiro passo no Caminho.

Pema Chodron
(em "Quando Tudo se Desfaz")

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Lua cheia


“O rio precisa ser tranquilo para refletir a lua cheia.”

Thich Nhat Hanh

O que precisamos saber

Em relação ao nível interior de obstáculos, talvez nada realmente nos atinja exceto nossa própria confusão. Talvez não exista qualquer obstáculo sólido exceto nossa própria necessidade de nos proteger de sermos tocados. Talvez o único inimigo seja o fato de que  não gostamos da realidade atual e por isso desejamos que ela vá embora rápido. Mas o que descobrimos como praticantes é que nada jamais vai embora até que tenha nos ensinado aquilo que precisamos saber. Mesmo se corrermos a mil quilômetros por hora até o outro lado do continente, encontraremos o mesmo problema nos esperando lá quando chegarmos. Ele retorna com novos nomes, novas formas e novas manifestações até que aprendamos o que ele tem pra nos ensinar: Onde estamos separados da realidade? Como estamos nos retraindo ao invés de nos abrindo? Como estamos nos fechando ao invés de nos permitir experimentar inteiramente o que quer que encontremos?

Pema Chödron
(em “Comfortable With Uncertainty: 108 Teachings on Cultivating Fearlessness and Compassion”)

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Esteja consciente e vigilante

A todo momento, esteja consciente e vigilante para não se apegar às suas percepções do universo — e os seres dentro dele — como reais e sólidos. Treine a si mesmo para encarar tudo como um jogo de aparições irreais. Tornar sua mente útil, sempre mantendo-a em um curso bom e honesto, é na essência tanto o caminho quanto o fruto daquilo que temos explicado: nominalmente, a prática dos quatro pensamentos que afastam a mente do samsara.

Patrul Rinpoche
(em “As Palavras do Meu Professor Perfeito”)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Grande Treinamento de minha vida



O Grande Treinamento de minha vida: aprender a viver com a insegurança, parar de buscar essa ilusão chamada segurança. Estar autocentrado – sofrendo pelo passado, temendo pelo futuro – é fugir do presente, daquilo que é. Pois há beleza em viver sabendo que cada momento é novo, inesperado, desafiador, surpreendente. Estar autocentrado é fugir da vida.

Ser budista é viver na Realidade: é viver mergulhado na insegurança. É o ego que busca essa ilusão chamada segurança. É o ego que apóia-se na fantasia de que é possível manter as coisas como queremos, de que é possível controlar o fluxo da vida. Mas isso não é possível.

Quando abandonamos essa fantasia, estamos livres! Vivemos então serenamente na incerteza que nos cerca, aceitando o que surgir, da forma que se apresentar.

E passamos a olhar com olhos compassivos para todos aqueles que sofrem por viver imersos na ilusão. Compaixão por aqueles que recusam a Vida através de suas diversas rotas de fuga: medos, apegos e aversões.

(20.08.2014)


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Vendo com os olhos de Buda

 
Quando a árvore está apenas brotando, ela é bela.
Quando está verde, ela é bela.
Quando o outono chega e ela amarela, também é bela.
E quando o inverno vem e as folhas caem, ela também é bela.

Thich Nhat Hanh

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Sem esperança

Sem-esperança é o terreno básico. De outra forma estaremos fazendo essa jornada na esperança de obter segurança. Se fizermos a jornada para obter segurança, estaremos nos perdendo completamente da meta.

Nós podemos fazer nossas práticas de meditação com o objetivo de obter segurança; nós podemos estudar os ensinamentos com o objetivo de obter segurança; nós podemos seguir todas as diretrizes e instruções com o objetivo de obter segurança; mas isso só vai nos conduzir à decepção e à dor. Podemos poupar muito tempo a nós mesmos levando esta mensagem muito a sério agora mesmo: comece a jornada sem esperança de obter um chão firme onde pisar. Comece sem esperança.

Pema Chodron
(em "Quando Tudo se Desfaz")


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Verdade e felicidade

Muito cedo eu soube que encontrar a verdade não é o mesmo que encontrar a felicidade. Você deseja ver a verdade, mas uma vez que a encontre ainda assim não poderá evitar o sofrimento.

Mas se você ainda não encontrou a verdade, é refém das convenções arbitrárias criados pelos outros.

Thich Nhat Hanh
(em “Fragrant Palm Leaves” - Diário de Thich Nhat Hanh)

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Da próxima vez que perder a confiança

Assim, da próxima vez que perder a confiança e não suportar o que está sentindo, lembre-se dessa instrução: mude a maneira de encarar a experiência e aceite-a. Em termos básicos, essa foi a instrução que recebi de Dzigar Kungtrül. E agora a transmito a você. Em vez de atribuir seu desconforto a circunstâncias externas ou à sua fraqueza, escolha ficar presente e despertar sua experiência, sem rejeitá-la, sem agarrá-la, nem alimentar histórias que conta a si mesmo sem cessar. Esse é um bom conselho inestimável que se dirige à verdadeira causa do sofrimento, seu, meu e de todos os seres vivos

Pema Chodron
(em "O Salto: Um Novo Caminho Para Enfrentar as Dificuldades")

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Precisamos decidir nos transformar

Somos iguais a uma folha de papel que ficou muito tempo enrolada. Quando tentamos abri-la sobre a mesa, ela se enrola de novo no instante em que erguemos as mãos. É assim que se realiza o treinamento (da mente). Talvez haja quem pergunte o que as pessoas fazem nos retiros, passando oito horas por dia sentados. Fazem exatamente isso: familiarizam-se com um novo modo de lidar com o surgimento dos pensamentos. Quando começamos a nos acostumar com o reconhecimento dos pensamentos é como se fôssemos capazes de identificar rapidamente numa multidão alguém que conhecemos. Quando surge um pensamento potente de forte atração ou raiva sabemos que vai levar a uma proliferação de pensamentos, passamos a reconhecê-lo: “Ah, lá vem essa idéia!”. Esse é o primeiro passo. Ajuda muito a evitar que tal pensamento o domine. Depois de se acostumar com isso, o processo de lidar com os pensamentos se torna mais natural. Não é preciso lutar e aplicar antídotos específicos a cada pensamento negativo, porque sabemos como deixá-lo se esvaecer sem deixar vestígios. Os pensamentos se desamarram. Por fim, haverá uma época em que os pensamentos chegarão e partirão como um pássaro que passa pelo céu, sem deixar vestígios.

Isso só pode acontecer por intermédio de treinamento constante e experiência genuína. Também é assim que podemos, aos poucos, adquirir certas qualidades que passarão a integrar nossa natureza, tornam-se um novo temperamento.

Vejamos com exemplo relativo à compaixão. No século XIX, viveu um grande eremita chamado Patrul Rinpoche. Certa feita ele disse a um dos discípulos que fosse para uma caverna e passasse seis meses meditando, não pensando em nada além da compaixão. No início, o sentimento de compaixão por todos seres é sempre forçado, artificial. Depois, gradualmente, a mente fica inundada de compaixão; ela permanece na mente sem esforço. Passados os seis meses, o meditador estava sentado à entrada da caverna e viu um cavaleiro solitário cantando no vale. O yogui teve uma espécie de premonição clara, uma sensação forte, de que o homem morreria em uma semana. A diferença entre a visão daquele homem cantando alegremente e a súbita intuição do yogue o deixara tristíssimo com relação à existência condicionada, que os budhas chamam de samsara. Nesse momento, sua mente foi invadida por uma compaixão genuína e avassaladora que nunca mais partiu. Passara a fazer parte de sua natureza, o verdadeiro sentido da meditação. Ver o homem foi uma espécie de acionamento do gatilho, mas o essencial aconteceu antes da familiarização. O incidente não teria tido a mesma repercussão se ele não tivesse passado os seis meses imerso em compaixão. Estamos falando de como ajudar a sociedade. Se pretendemos contribuir com algo para a sociedade ter uma nova idéia das coisas, precisamos começar com nós mesmos. Precisamos decidir nos transformar, e isso só acontece com o treinamento, e não por meio de idéias fugazes. É essa a contribuição que pode provir da prática budista.

Matthieu Ricard
(citado por Daniel Goleman em “Como Lidar com Emoções Negativas”)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Darma não é uma terapia

Práticas budistas são técnicas que usamos para lidar com nosso auto-acariciamento habitual. Cada uma é projetada para atacar hábitos individuais até que a compulsão de se agarrar a um “eu” seja completamente erradicada. Então, embora uma prática possa parecer budista, se ela reforça o apego a si, na verdade é muito mais perigosa que qualquer prática abertamente não-budista.

O objetivo de um número excessivo de ensinamentos hoje em dia é fazer as pessoas “se sentirem bem”; alguns mestres budistas estão até começando a soar como apóstolos New Age. Suas palestras são inteiramente voltadas para validar as manifestações do ego e apoiar a “nobreza” de nossos sentimentos, coisas que não têm nada a ver com os ensinamentos que encontramos nas instruções essenciais.

Então, se você está preocupado apenas em sentir-se bem, será muito melhor receber uma massagem corporal completa ou ouvir alguma música enaltecedora, ou do tipo “viva a vida!”, do que receber ensinamentos do darma — que definitivamente não foram projetados para te animar. Pelo contrário, o darma foi tramado especificamente para expor suas falhas e fazer você sentir-se horrível.

Para Kongtrul Rinpoche, quando um praticante para de considerar uma grande coisa aquilo que costumava dar muito importância o tempo todo, esse é um sinal de que a prática do darma está dando frutos. Por exemplo, antes de se tornar um genuíno praticante, receber um elogio sobre seu cabelo iria te intoxicar de deleite, enquanto a mera sugestão de que ele estava um pouco menos que perfeito imediatamente te jogaria na espiral descendente da depressão.

Nem chegar a reagir em qualquer uma das situações é um sinal de que a prática está dando frutos e que você está se tornando um praticante autêntico do darma, e isso é muito melhor do que ter um milhão de elogios, sonhos encorajadores ou sensações de êxtase.

É um grande erro pressupor que praticar o darma irá nos ajudar a acalmar e a levar uma vida sem problemas; nada poderia estar mais distante da verdade. Darma não é uma terapia. É bem o oposto na verdade: o darma é algo sob medida para virar sua vida de cabeça para baixo — é justamente isso que você encomendou.

Então, quando sua vida sai completamente do planejado, por que você reclama? Se sua prática e sua vida não capotarem, esse é um sinal de que o que você está fazendo não está funcionando.

É isso que distingue o darma de métodos New Age envolvendo auras, relacionamentos, comunicação, bem-estar, a Criança Interior, ser um com o universo e abraçar árvores. Do ponto de vista do darma, tais interesses são os brinquedos de seres samsáricos — brinquedos que rapidamente nos entediam até a letargia.

Dzongsar Khyentse Rinpoche


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A principal ferramenta espiritual

Sem dúvida, não existe uma resposta fácil de como nos libertarmos do sofrimento, mas nossos professores fazem todo o possível para nos guiar dando-nos uma espécie de caixa de ferramentas espiritual. A caixa contém ensinamentos e práticas pertinentes e úteis, assim como uma introdução a uma visão absoluta da realidade: que os pensamentos, emoções ou shenpa não são tão sólidos como parecem. A ferramenta principal, que engloba o relativo e o absoluto, é a prática de meditar sentado, sobretudo, quando ensinada por Chögyam Trungpa. Ele descreveu a prática básica como estar totalmente presente. E enfatizou que abre espaço para que nossas neuroses aflorem. Não era, como disse, “umas férias da irritação”.

Ele ressaltou que essa prática básica, sintetizada pela instrução de voltar sempre ao imediatismo de nossa experiência, de respirar, sentir, ou outro objetivo da meditação, revela uma completa abertura em relação às coisas como elas são, sem um revestimento conceitual. Permite que iluminemos e apreciemos nosso mundo e a nós mesmos incondicionalmente. Seu conselho sobre a maneira de nos relacionarmos com o medo, a dor, ou a falta de uma estrutura sólida é de lhes dar boas-vindas, de ficarmos coesos em vez de nos fragmentarmos em dois, uma parte rejeitando ou julgando a outra. Sua instrução em relação à respiração era de senti-la de leve e deixá-la fluir. Seu ensinamento a respeito dos pensamentos era o mesmo: deixá-los livres para desaparecerem no espaço sem fazer da meditação um projeto de autoaperfeiçoamento.


A atitude em relação a essa meditação é de relaxar. Sem uma sensação de esforço para alcançar um estado superior, simplesmente sentamos sem uma meta, sem tentar ficar calmo ou se libertar de todos os pensamentos, e seguimos as instruções: sentar confortavelmente, com os olhos abertos, consciente do objeto da meditação sem sobrecarregá-lo (não é uma concentração intensa), e a mente devaneia, mas depois volta com suavidade. O que quer que aconteça, não nos desculpamos ou condenamos. A imagem usada com  frequência é de uma pessoa idosa sentada sob o sol, observando calmamente crianças brincando.

Pema Chodron
(em "O Salto: Um Novo Caminho Para Enfrentar as Dificuldades")

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Abandona-te

Abandona-te completamente e deixa-te ir naturalmente com o fluxo, tornando-te limpo e livre, sem artifícios no coração.


Manzan

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Agora




Vós estais aqui, neste exato momento.
O fulgor está em vós, a mente clara está em vós,
a luz está em vós.


Thich Nhat Hanh

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Sempre temos o que precisamos

Eu descobri, como meus professores haviam dito, que sempre temos o que precisamos. A sabedoria, a força, a confiança, o coração e a mente despertos estão sempre acessíveis, aqui, agora, sempre. Estamos revelando-os, redescobrindo-os. Não estamos inventando-os ou importando-os de algum lugar. Eles estão aqui. Por isso, quando nos sentimos presos na escuridão, de repente as nuvens desaparecem. Sem motivo aparente, nós nos alegramos, relaxamos ou sentimos a amplidão de nossas mentes. Ninguém lhe proporciona isso. As pessoas o apoiam e ajudam com seus ensinamentos e práticas, como me apoiaram e ajudaram com seus ensinamentos e práticas, mas você terá de vivenciar por si mesmo seu potencial ilimitado.

Pema Chodron
(em "O Salto: Um Novo Caminho Para Enfrentar as Dificuldades")

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A mente fundamental



A mente é a origem do universo, a origem do sol, é o meio pelo qual os seres humanos fazem todas as coisas em suas vidas. Ela é a onisciente e onipotente criadora de tudo o que existe. A mente transcende todos os conceitos.

A mente não possui cor, forma, lugar, início ou fim. Não pode ser definida. Não pode ser dividida, não pode ser absorvida e não pode ser destruída. Ela transcende o tempo, transcende o espaço, transcende tudo.

Existe a mente fundamental, que desde o início é absolutamente límpida, sem nódoas. E há a mente discriminadora, a que nos faz atravessar incontáveis vezes o ciclo do nascimento e da morte. A mente discriminadora não percebe a existência da mente fundamental, pois crê que as ilusões e os fenômenos em constante mudança são a essência de tudo. Falamos em dois tipos de mente a fim de explicá-las, mas em realidade elas não são separadas.

A mente é sempre completa, e resplandecente como o sol. A mente nunca é obscurecida por nada – ela é sempre real. Internamente e externamente suas possibilidades são ilimitadas. Não há nada nem ninguém que possa expulsá-la ou destruí-la. Não importa o quão poderoso é o espírito, não importa o quão grande é um Buda, nem um e nem outro podem destruir a sua mente fundamental. Embora o sol seja extremamente brilhante e o universo inconcebivelmente vasto, eles não são maiores do que a luz e o alcance de sua mente.

Todos os reinos do universo estão ligados entre si numa só mente fundamental. Tudo o que existe compartilha o mesmo corpo, a mesma vida ao mesmo tempo.


Daehaeng Sunim
(em “No River to Cross – Trusting The Enlightenment That’s Always Right Here”)



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Basta uma leve respiração

A vida só está disponível no aqui e agora.
O passado já se foi e o futuro ainda não chegou.
Cada passo que dou é vida.
O ar que respiro é vida.
Consigo tocar o céu azul e a vegetação,
posso ouvir os pássaros.

Basta uma leve respiração para que todos os milagres se manifestem.
Todo momento pode ser de ressurreição.


Thich Nhat Hanh

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Meu verdadeiro lar está aqui

Aqui é a Terra Pura
A Terra Pura é aqui
Eu sorrio em plena atenção e resido no momento presente.

Buda é a folha outonal,
Darma é a luz que paira,
a Sangha está em toda parte,
meu verdadeiro lar está aqui.

Ao inspirar, as flores desabrocham
Ao exalar, o bambu balança
Minha mente é livre
Eu desfruto de cada momento.

Thich Nhat Hanh

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Nosso verdadeiro lar



Nosso verdadeiro lar é o momento presente, bem aqui e agora. Não precisamos procurar felicidade em outro lugar.

O bambu que balança e as flores que desabrocham são as maravilhas da vida.

Thich Nhat Hanh
(em “Nada a Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A ação cuidadosa

A ação cuidadosa é o modo de transformar as coisas enquanto se é por elas transformado.

Ao executar qualquer atividade, deveis manter vossa mente alegre, bondosa e grande. Mente alegre é mente agradecida.

Dogen
(em “A Lua Numa Gota de Orvalho – Escritos do Mestre Dogen”)