quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A mente fundamental



A mente é a origem do universo, a origem do sol, é o meio pelo qual os seres humanos fazem todas as coisas em suas vidas. Ela é a onisciente e onipotente criadora de tudo o que existe. A mente transcende todos os conceitos.

A mente não possui cor, forma, lugar, início ou fim. Não pode ser definida. Não pode ser dividida, não pode ser absorvida e não pode ser destruída. Ela transcende o tempo, transcende o espaço, transcende tudo.

Existe a mente fundamental, que desde o início é absolutamente límpida, sem nódoas. E há a mente discriminadora, a que nos faz atravessar incontáveis vezes o ciclo do nascimento e da morte. A mente discriminadora não percebe a existência da mente fundamental, pois crê que as ilusões e os fenômenos em constante mudança são a essência de tudo. Falamos em dois tipos de mente a fim de explicá-las, mas em realidade elas não são separadas.

A mente é sempre completa, e resplandecente como o sol. A mente nunca é obscurecida por nada – ela é sempre real. Internamente e externamente suas possibilidades são ilimitadas. Não há nada nem ninguém que possa expulsá-la ou destruí-la. Não importa o quão poderoso é o espírito, não importa o quão grande é um Buda, nem um e nem outro podem destruir a sua mente fundamental. Embora o sol seja extremamente brilhante e o universo inconcebivelmente vasto, eles não são maiores do que a luz e o alcance de sua mente.

Todos os reinos do universo estão ligados entre si numa só mente fundamental. Tudo o que existe compartilha o mesmo corpo, a mesma vida ao mesmo tempo.


Daehaeng Sunim
(em “No River to Cross – Trusting The Enlightenment That’s Always Right Here”)



Nenhum comentário:

Postar um comentário