Tratar das ilusões supõe tratar do espírito.
Dalai Lama
sexta-feira, 28 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
O "eu" de cada vida
Não
existe entidade individual que continue de uma vida para outra, mas sim um
fluir contínuo de mudança. O “eu” que imaginamos ser nesta vida não é o mesmo
“eu” da vida anterior ou o “eu” que irá nascer na próxima vida. Ainda assim,
esses “eus” passado, presente e futuro estão interligados pela ilusão do ser e
pelos registros kármicos que o sustentam de vida para vida. Alguém irá nascer,
cuja existência, caráter e destino dependem de nossas ações agora. Enquanto
continuarmos a acreditar no ser, o karma e o renascimento são reais para nós. A
partir do momento que o ser é visto como não existindo, a cadeia se rompe
naquele instante.
Francesca Fremantle
(em
“Vazio Luminoso“)
quarta-feira, 26 de junho de 2013
As leis de causa e efeito governam o universo e todos os seres
É
crucial entender e ganhar a convicção de que as leis de causa e efeito governam
o universo e todos os seres. Toda ação inevitavelmente tem um resultado. Os
traços de nossas ações positivas ou danosas habitam no substrato de nossa
consciência.
Se
acreditássemos, jamais ousaríamos executar mesmo a menos danosa das ações
negativas, e daríamos grande importância ao desenvolvimento das ações
positivas, até mesmo as mais insignificantes. Não valorizamos uma pepita de
ouro, independentemente de quão pequena seja?
Dilgo
Khyentse Rinpoche
(em “The Hundred Verses of Advice“)
terça-feira, 25 de junho de 2013
Questionar as nossas crenças
A
ideia fixa que temos de nós mesmos como sólidos e separados uns dos outros é
dolorosamente limitadora. É possível se mover dentro do drama de nossas vidas
sem acreditar tão fervorosamente no papel que desempenhamos.
A
auto-importância nos machuca, limitando-nos ao estreito mundo de nossos gostos
e desgostos. Terminamos nunca satisfeitos.
Temos
duas alternativas: ou questionamos nossas crenças ou não. Ou aceitamos nossas
versões fixas sobre a realidade, ou começamos a desafiá-las. Na opinião do
Buda, treinar em permanecer aberto e curioso — treinar em dissolver nossas
suposições e crenças — é o melhor uso para nossas vidas humanas.
Pema
Chodron
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Permitir que a mente repouse
Se realmente você quiser descobrir um senso duradouro de paz e contentamento, precisa aprender a repousar sua mente. Só pelo repouso da mente suas qualidades inatas podem ser reveladas. A forma mais simples de limpar a água obscurecida pela lama e outros sedimentos é permitir que a água se acalme. Da mesma forma, se você permitir que a mente repouse, a ignorância, o apego, a aversão e outras aflições mentais gradativamente se estabilizarão e a compaixão, a clareza e a expansão infinita da natureza real de sua mente se revelarão.
Yongey Mingyur Rinpoche
(em "A Alegria de Viver")
(em "A Alegria de Viver")
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Qual é essa sabedoria? Ele limpou a casa
Genshu
Osho, (Osho é o título dos monges plenamente formados, não o nome de alguém) não
é de uma família de monges, ele é de uma família comum, trabalhou como
operário, mas sentia-se inquieto e foi para um mosteiro.
Não
ser de uma família de monges no Japão significa uma dificuldade, da maneira
como o Zen se estruturou no Japão, em que templos acabam sendo hereditários e
confortáveis cartórios para se viver, os monges de vocação são diferentes e
essa é a condição dele. Ele foi para um mosteiro e ficou dez anos sem sair, dez
anos vivendo como nós estamos vivendo no sesshin, praticando cerimônias, sem
família e sem ver o fim, sem nunca ver o fim. Sempre na esperança de chegar um
pouco mais longe. Uma vez por mês sesshin. E todos os dias no encerramento das
atividades o verso “não desperdice sua vida”. Porque todos os dias passam e
você não obteve o despertar. Todos os dias de novo, por dez anos. Então, é
claro, o rosto muda.
Ele
ficou na minha casa e o que posso dizer dele? Um homem comum, só que em sua
conduta não há falhas. Eu disse à ele que poderia ver televisão se quisesse,
ele me respondeu que faz 15 anos que não vê televisão, então vai para o quarto
e lê, ou senta num zafu e pratica zazen. Depois de dez anos ele ainda precisa
praticar. Ele pediu para ficar em casa um dia e o que ele fez? Lavou a roupa,
estendeu, limpou a casa. Se você disser, “sim, ele recebeu a transmissão, agora
é Osho, isso significa que ele tem alguma realização espiritual, mas qual é
esse intelecto, essa inteligência, essa compreensão, essa sabedoria?” A única
coisa que posso dizer é que ele limpou a casa.
Monge Genshô
(trecho de um post de seu inspirador blog "O Pico da Montanha é onde estão os meus pés")
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Nirvana
Nirvana
é a alegria de extinguir completamente nossas idéias e conceitos, em vez de
sofrer.
Thich Nhat Hanh
(em “A Essência dos
Ensinamentos de Buda”)
terça-feira, 18 de junho de 2013
As sementes da consciência
Nossa
consciência é composta por todas as sementes plantadas em nossas ações
passadas, e também pelas ações passadas de nossas familias e nossa sociedade. Todos
os dias, nossos pensamentos, palavras e ações fluem para o mar de nossa consciência,
criando nosso corpo, nossa mente e nosso mundo. Nossa consciência se alimenta o
tempo todo, dia e noite, e o que ela consome se torna a substância de nossa
vida.
Thich Nhat Hanh
(em “A Essência dos
Ensinamentos de Buda”)
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Não lute
Thich Nhat Hanh
(em “A Essência dos
Ensinamentos de Buda”)
domingo, 16 de junho de 2013
Quando a dúvida surgir
Sogyal Rinpoche
sábado, 15 de junho de 2013
A mente é como o oceano.
Yongey Mingyur Rinpoche
(em "A Alegria de Viver")
sexta-feira, 14 de junho de 2013
O sofrimento é uma invenção das nossas mentes
Yongey Mingyur Rinpoche
(em "A Alegria de Viver")
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Dalai Lama: resignação e sabedoria
Dalai
Lama - Quando as coisas ficam difíceis, eu as aceito. Claro que às vezes sinto
frustrações ou arrependimento, mas não me incomodo muito. Segundo a tradição
budista, nenhuma força é capaz de mudar o
efeito das causas de outras vidas. Então, não há razão para sentir
arrependimento. É preciso aceitar a situação e usá-la da melhor maneira.
Dalai Lama
quarta-feira, 12 de junho de 2013
O aumento da compreensão traz o aumento da compaixão
À medida que a nossa compreensão da impermanência e da natureza ilusória da realidade aumenta, também aumenta nossa compaixão. Vemos que, aprisionados em sua crença no sonho, sem nenhuma compreensão da impermanência, os seres vivem angústia e sofrimento tremendos. Pelo fato de acreditarem na solidez da sua experiência, reagem com apego e aversão quando seu carma surge, criando mais carma negativo e perpetuando os ciclos de sofrimento.
Chagdud Tulku Rinpoche
terça-feira, 11 de junho de 2013
Autoconfiança
Autoconfiança não deve ser confundida com orgulho. Orgulho é se auto-engrandecer sem motivo. Auto-confiança é saber que se tem a habilidade de fazer algo adequadamente, com determinação para não desistir.
Seres ordinários estão prontos para gastar bastante esforço em objetivos relativamente sem sentido. Nós prometemos trabalhar para a imensamente mais importante meta de liberar todos os seres. Então, devemos cultivar muita auto-confiança, pensando: “Mesmo que eu seja o único a fazer isso, irei beneficiar todos os seres”.
Dalai Lama
(em “A Flash of Lightning in the Dark of Night”)
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Pensar na morte fortalece a prática
Lembrar
que é urgente empenhar-se em uma via espiritual supõe pensar permanentemente na
morte. Este pensamento está longe de ser mórbido: concede à vida um sabor sem
igual, e à prática, uma densidade e uma força insuspeitadas.
Dalai Lama
domingo, 9 de junho de 2013
Os resultados de nossas ações
Se cometemos uma má ação, seu efeito não aparece imediatamente. Quando fazemos algo bom, o resultado não é evidente para ninguém. Se o resultado de uma ação negativa amadurecesse logo no momento seguinte, ninguém cometeria maldades. Do mesmo modo, as pessoas não se afastariam de ações positivas, porque o efeito seria instantâneo.
Contudo, os resultados das ações não amadurecem imediatamente; eles não são instantaneamente discerníveis, só amadurecem lentamente. Por não compreendermos os resultados positivos e negativos das ações e não entendermos a impermanência, somos completamente negligentes em relação às consequências de nossas ações. Não vemos o que está acontecendo, não vemos o resultado de nossas ações, não vemos quão pouco — ou muito — mérito temos, então vagamos como estúpidas vacas.
Se o efeito de uma ação se manifestasse imediatamente, então mesmo que alguém dissesse “por favor, faça uma ação negativa”, não haveria como fazermos isso, porque veríamos o resultado instantaneamente. Se temos olhos e paramos na frente de um abismo, não pulamos, porque vemos que se fizermos isso, morreremos. Se pudéssemos ver os efeitos de nossas ações, jamais cometeríamos ações negativas. Mas este mundo não é assim: aqui, os resultados das ações aparecem de maneira obscura e vaga.
Tulku Urgyen Rinpoche
(em "Repeating the Words of Buddha")
sábado, 8 de junho de 2013
A iluminação é realmente possível
Antes de tudo, gostaria de lhes dizer que uma essência iluminada está presente em todos. Está presente em toda condição, tanto no samsara quanto no nirvana, e em todos os seres sencientes. Não há exceção. Experimente sua natureza de Buda, faça disso sua prática constante, e você vai alcançar a iluminação. Durante minha vida, conheci muitas, muitas pessoas que atingiram tal estado de iluminação, tanto homens quanto mulheres. Despertar para a iluminação não é uma fábula antiga. Não é mitologia. Realmente, acontece. Coloque as instruções orais em sua experiência prática e a iluminação, de fato, é possível. Não é apenas um conto de fadas.
Tulku Urgyen Rinpoche
(em "Repeating the Words of Buddha")
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Coração aberto para a compaixão
Se a compaixão surge com a consciência do sofrimento, por que o mundo não é um lugar mais compassivo?
O problema é que frequentemente nossos corações não estão abertos para sentir a dor. Nós nos afastamos dela, nos fechamos e nos tornamos defensivos. Ao nos fecharmos para o sofrimento, contudo, também nos fechamos para nossa própria fonte de compaixão.
Joseph Goldstein
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Em paz com o fato de que vou morrer
Independentemente de quantos anos me restam, estou em paz com o fato de que vou morrer. A morte não me assusta, porque tenho confiança em minha prática espiritual e tenho tentado ajudar os outros o tanto quanto é possível. Eu sei por experiência que esses ensinamentos vão beneficiar qualquer um que aplicá-los, não apenas nesta vida, mas no momento da morte e em vidas futuras.
Das profundezas de meu coração eu digo a vocês: um momento de bondade para com outro ser, um ato de intenção pura, vale mais do que toda a riqueza material do mundo quando você está morrendo. Então pratique agora, enquanto você pode, na maior medida possível, em qualquer situação. Isso vai preencher o propósito supremo de sua vida e, no momento da morte, você não vai ter arrependimentos.
Chagdud Tulku Rinpoche
(em "Para Abrir o Coração")
quarta-feira, 5 de junho de 2013
A morte não é o fim
Dalai Lama
terça-feira, 4 de junho de 2013
Praticar os ensinamentos
Os ensinamentos do Senhor Buda são inconcebivelmente extensos e profundos. Adquirir uma exaustiva compreensão intelectual deles seria, realmente, um feito raro e digno de nota. Mas mesmo isso não seria suficiente por si só. A menos que alcancemos realização interior com a aplicação de fato dos ensinamentos, com eles unidos em nossa mente, qualquer conhecimento que adquirimos permanece teórico e vai servir apenas para aumentar nossa arrogância intelectual.
Nós temos lido muitos livros e ouvido muitos ensinamentos, mas isso não tem sido muito benéfico para a transformação verdadeira de nosso ser. Deixar a prescrição médica na cabeceira não vai curar a doença. Então volte sua mente para dentro e medite profundamente sobre o significado do Dharma até que ele permeie todo o seu ser.
Dilgo Khientse Rinpoche
segunda-feira, 3 de junho de 2013
O “eu” é uma fantasia que você veste para viver no mundo
Monge Genshô
domingo, 2 de junho de 2013
Iluminar-se é reconhecer seu potencial humano
Quando somos jovens, usualmente não pensamos em doença, velhice e morte. Essas coisas acontecem com velhos caretas em algum lugar. Não pensamos que essas coisas inevitavelmente acontecerão conosco. A doença existe, não são só os velhos que têm doenças terríveis; muitos jovens também ficam doentes. E mesmo que evitemos morrer jovens, que evitemos ficar doentes ou se doentes continuemos a viver, iremos ficar velhos e decrépitos.
Buda falou que uma coisa certa sobre a vida é a morte. Isso é verdade – não importa o quanto velhos ou jovens sejamos. Tenho certeza que todos nós temos amigos que eram muito jovens e sofreram acidente de carro ou qualquer outro tipo de acidente ou subitamente foram acometidos de doença fatal e morreram. Quem esperaria que fossem morrer? Nós não sabemos. Hoje estamos aqui, mas amanhã teremos ido embora. Não podemos pensar “vou viver por 3 anos e aí morrerei”.Quem sabe quando morreremos? Ninguém, apenas porque somos jovens e saudáveis hoje não significa que não estaremos mortos amanhã. Não o sabemos; nenhum de nós sabe.
O Buda enxergou tudo isso, e viu quanto sofrimento havia no mundo pelo fato das pessoas não conseguirem as coisas que queriam e frequentemente receberam aquilo que não queriam. Elas eram muito infelizes, então ele pensou “qual a causa de tudo isso?” Por isso ele partiu – deixou seu palácio, sua família, deixou para trás e vagou pela Índia como mendigo, como homem santo. Ele foi em busca das verdadeiras causas do sofrimento e de como supera-las. Depois de passar 6 anos em diferentes tipos de práticas, ele experimentou o completo despertar de sua mente sob a árvore Bodhi em Bihar, Norte da Índia. Com a mente completamente aberta ele recuou eons e eons no tempo. O que aconteceu é que ele reconheceu seu potencial humano – potencial que todos possuímos, mas que normalmente está fechado para nós. Não é que ele fosse um Deus; foi como ser humano que sua mente atingiu seu potencial.
Tenzin Palmo
sábado, 1 de junho de 2013
A motivação é o que importa
Na lei da causalidade, a motivação que precede uma ação importa mais que a ação propriamente dita. Pois é a intenção que induz nossa responsabilidade.
Dalai Lama
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