Não
existe entidade individual que continue de uma vida para outra, mas sim um
fluir contínuo de mudança. O “eu” que imaginamos ser nesta vida não é o mesmo
“eu” da vida anterior ou o “eu” que irá nascer na próxima vida. Ainda assim,
esses “eus” passado, presente e futuro estão interligados pela ilusão do ser e
pelos registros kármicos que o sustentam de vida para vida. Alguém irá nascer,
cuja existência, caráter e destino dependem de nossas ações agora. Enquanto
continuarmos a acreditar no ser, o karma e o renascimento são reais para nós. A
partir do momento que o ser é visto como não existindo, a cadeia se rompe
naquele instante.
Francesca Fremantle
(em
“Vazio Luminoso“)
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