segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Não há nada pelo qual temer




O destemor vem naturalmente, quando você reconhece que não há nada pelo qual temer. Quando anda por uma rua movimentada, você passa naturalmente através da multidão. Você vê algumas pessoas, outras só de relance, mas não para. O parar é que gera o congestionamento. Siga em frente! Livre-se de nomes e formas, não se apegue a eles. Seus apegos são suas prisões.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “I Am That”)



domingo, 30 de outubro de 2016

Não sendo nada, eu sou tudo





Não sendo nada, eu sou tudo. Tudo sou eu, tudo é meu. Eu aceito o que ocorre. Por ser o próprio mundo, eu não tenho medo do mundo. Sendo tudo, do que eu haveria de ter medo? A água não tem medo da água, nem o fogo teme o fogo. Da mesma maneira, não sou algo que possa experimentar medo ou sentir-se em perigo. Eu não tenho forma, não tenho nome. É o apego a uma forma e a um nome que provoca o medo. Eu não estou apegado a nada. Não sou nada, e o nada não sente medo. Ao contrário, tudo mais é que teme o Nada, pois quando reconhecem o Nada, tornam-se nada também.


Nisargadatta Maharaj
(em “I Am That”)


sábado, 29 de outubro de 2016

Banho de atenção plena




Toda vez que você banha com atenção plena as suas concepções íntimas, os blocos de dor que existem em você tornam-se mais leves e menos perigosos. Então, banhe de atenção plena a sua raiva todos os dias, e também seu desespero, sua tristeza - essa deve ser a sua prática. Se não houver atenção plena, quando essas sementes germinarem será horrível. Mas se você souber gerar a energia da consciência, será muito salutar convidar e abraçar todos os dias essas sementes. E após alguns dias ou semanas cuidando delas e ajudando-as a repousar, sua mente estará num bom fluxo, e os sintomas de veneno mental começarão a desaparecer.


Thich Nhat Hanh


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A atitude de um Buda




Um jardineiro não corre atrás de flores e nem foge do lixo. Ele aceita a ambos e faz bom uso deles. Ele não se apega a um e rejeita o outro, pois vê que a natureza de ambos é interser. Ele está em paz com a flor e com o lixo também. Um bodhisattva lida com a iluminação e com as aflições da mesma maneira que um janeiro lida com as flores e o lixo: sem discriminação. Ele sabe como fazer o trabalho de transformação, e por isso não sente mais medo. Essa é a atitude de um Buda.


Thich Nhat Hanh
(em “The Pocket Thich Nhat Hanh”)



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O reino da consciência imutável





Você acredita em seus pensamentos e por isso se deixa confundir facilmente, perdendo a paz.

Por trás da tela da mente existe o reino da consciência imutável: silenciosa, imensa, perfeita.

Os sábios abandonam os murmúrios incessantes da mente para que estes se dissolvam ali, na infinita quietude do Ser.

Mooji
(Satsang em Rishikesh, India – março de 2016)



quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Já está aqui




Pensamos que há algo a alcançar, alguma coisa fora de nós, mas tudo já está aqui. Quando transcendemos as noções de dentro e fora, sabemos que aquilo que desejamos alcançar já está em nós. Não precisamos procurar no tempo ou espaço. Ele já está disponível nesse exato momento.


Thich Nhat Hanh
(em Silêncio – O Poder da Quietude Num Mundo Barulhento”)


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Solo fértil




Precisamos oferecer à nossa mente consciente um certo descanso e permitir à mente inconsciente que procure uma solução. Precisamos “pisar no freio” intelectual e emocional e entregar o problema ou desafio à nossa mente inconsciente, da mesma maneira que, após plantar uma semente, confiamos no trabalho do céu e da terra. A mente inconsciente é o solo fértil que ajudará a semente a germinar.

 Thich Nhat Hanh
(em Silêncio – O Poder da Quietude Num Mundo Barulhento”)



segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Ser como uma onda





Nossa prática consiste em ser como uma onda: enquanto na dimensão histórica vivemos como onda, sabemos que somos o mar e vivemos também como mar. Essa é a essência de nossa prática. Nós vivemos na dimensão histórica, mas vivemos também na dimensão suprema, como o Buda fez.

Thich Nhat Hanh
(em “The Pocket Thich Nhat Hanh”)

domingo, 23 de outubro de 2016

Trazer a luz para dentro do quarto





A meditação constante é o único caminho. Se você traz a luz para dentro do seu quarto, a escuridão imediatamente vai embora. Você tem que cuidar  para que a luz não se apague. Ela tem que estar continuamente queimando para que não haja escuridão. Até que você fique firmemente estabelecido no Ser, você tem que continuar com sua meditação. As dúvidas tomarão conta somente se você esquecer de si mesmo.


Annamalai Swami
(em " Os Ensinamentos Finais de Annamalai Swami" - disponibilizado pelo site Advaita Vedanta http://advaita.com.br/  )




sábado, 22 de outubro de 2016

Resoluta decisão




Você precisa tomar uma resoluta decisão. Deve descartar a ideia de ser esse corpo e permanecer com o reconhecimento “Eu Sou”, que não possui forma ou nome. Quando se estabilizar nesse estado, você adquirirá todo o conhecimento e desvendará todos os segredos. E depois que os segredos lhe forem revelados, você transcenderá também esse estado e então saberá que você é o Absoluto e não essa mente comum. Tendo alcançado esse conhecimento, tendo compreendido isso, surgirá uma espécie de quietude, de tranquilidade.  


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “I Am That”)


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Iluminar a tudo




Na prática Zen, não cozinhamos para ter comida. E não lavamos louça para ter a louça limpa. Cozinhamos pelo cozinhar e lavamos as louças pelo lavar louças. O propósito não é fazer essas tarefas de uma maneira especial a fim de torná-las significativas. Lavar a louça e cozinhar também são o Caminho de Buda. A prática Zen é comer, respirar, cozinhar, carregar água, usar o banheiro – qualquer ato do corpo, da fala e da mente – com a atenção plena, a fim de iluminar cada folha e cada pedrinha, cada montinho de lixo, cada caminho que traga a nossa mente de volta para casa.

Thich Nhat Hanh
(em “Essential Writings”)


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Ser onda, ser mar




Nossa prática consiste em ser como uma onda: enquanto na dimensão histórica vivemos como onda, sabemos que somos o mar e vivemos também como mar. Essa é a essência de nossa prática. Nós vivemos na dimensão histórica, mas vivemos também na dimensão suprema, como o Buda fez.

Thich Nhat Hanh
(em “The Pocket Thich Nhat Hanh”)


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O Verdadeiro Conhecimento






O Verdadeiro Conhecimento sobre a Verdade não é algo a ser alcançado.
Ao contrário do que a mente considera a respeito do conhecimento, de este que é algo a ser alcançado e mantido,
o verdadeiro conhecimento remove o “eu” e deixa um espaço vazio.
Quando não há “eu”, há somente a Verdade.
Há somente o Supremo manifestando-se como um ser humano.
Mesmo agora, nós somos o Supremo,
mas o jogo é saber disso conscientemente, sem arrogância, orgulho ou identidade.
Esse conhecimento é o próprio ser.
Eles são um só.


 Mooji


terça-feira, 18 de outubro de 2016

O mais elevado ensinamento de Buda




Existência e não-existência são apenas conceitos. Há apenas manifestação e não-manifestação, as quais dependem da sua percepção. Se sua percepção for suficientemente profunda, você se libertará desses conceitos de ser ou não-ser, nascimento e morte. Esse é o mais elevado ensinamento de Buda. Você quer alívio para a sua dor, mas o maior alívio que você pode ter vem de seu reconhecimento do não-nascimento e não-morte.

Thich Nhat Hanh
(em “The Pocket Thich Nhat Hanh”)




segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Apenas desfrutemos o momento




Seja você. A vida é preciosa exatamente como é. Todos os elementos para a sua felicidade já estão aqui. Não há necessidade de correr, lutar, buscar. Apenas seja: apenas ser no momento presente é a mais profunda meditação. O Sutra do Coração diz “Não há nada a alcançar”. Não meditamos para alcançar a iluminação, porque a iluminação já existe em nós. Não praticamos para alcançar algum estágio superior.

Estamos em paz nesse exato momento, apreciando os raios de sol entrando pela janela ou ouvindo o som da chuva. Não precisamos ir em busca de nada. Apenas desfrutemos o momento.

Thich Nhat Hanh
(em “The Pocket Thich Nhat Hanh”)


domingo, 16 de outubro de 2016

Atento às sementes


É importante estarmos atentos quando uma semente nada saudável se manifestar na mente consciente, para que não a deixemos se desenvolver.


Thich Nhat Hanh
(em Silêncio – O Poder da Quietude Num Mundo Barulhento”)


sábado, 15 de outubro de 2016

Âncora



Os sentimentos vem e vão como nuvens no céu.
A respiração consciente é a minha âncora.


Thch Nhat Hanh
(retirado do facebook)



sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Os pensamentos têm força




A maior parte de nossos pensamentos não é apenas inútil, mas pode causar danos. É possível imaginar que não causamos dano quando estamos simplesmente pensando em alguma coisa, mas a verdade é que os pensamentos que vagam sem rumo pela nossa mente também viajam ao mundo que nos rodeia. Da mesma maneira que uma vela irradia luz, calor e cheiro, nossos pensamentos se manifestam de várias maneiras, inclusive por meio da fala e das ações.

 Thich Nhat Hanh
(em Silêncio – O Poder da Quietude Num Mundo Barulhento”)



quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Escolhas





Então, comecei a olhar para a própria ansiedade e ver que o problema não era o meu trabalho, mas os pensamentos que estava tendo sobre ele. Procurar por essa ‘luz no fim do túnel’ era nada mais que do que o outro lado do medo – a esperança de que uma mudança de circunstâncias me resgatasse do pânico. Aos poucos, comecei a perceber que a esperança e o medo também não eram nada mais do que ideias flutuando pela minha mente. Realmente não tinham nada a ver com o trabalho em si.

Essa mudança de perspectiva fez toda a diferença. Quando me sinto ansioso ou com medo, consigo olhar para esses impulsos e ver que tenho uma escolha. Posso me entregar a eles ou posso observá-los. E se escolher observá-los, eu aprendo mais sobre mim, e sobre o poder que tenho de decidir como vou responder aos acontecimentos na minha vida.



(depoimento de uma aluno Yongey Mingyur Rinpoche, em “Alegre Sabedoria”)


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Ver a si em tudo o mais




Pratique até ser capaz de ver a si mesmo na pior pessoa sobre a face da Terra, na criança faminta, no prisioneiro político. Continue praticando até se ver em todos que estão no supermercado, nas esquinas, nos campos de concentração, numa folha, numa gota de orvalho. Medite até se ver numa ínfima partícula de uma distante galáxia. Veja e escute com a totalidade do seu ser. Se você está plenamente presente, a chuva do Dharma regará as sementes de sua consciência, e amanhã, quando estiver lavando os pratos ou admirando o céu azul, a semente germinará, e o amor e a compreensão surgirão como uma bela flor.



Thich Nhat Hanh 


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Não se trata de polir o ego





Nós não estamos tentando polir nosso ego e criar um novo “eu”, brilhante e espiritual. Na verdade, devemos ser hábeis em nossa prática a fim de que ela não intensifique e solidifique aquilo que ela está tentando dissolver.


Jetsunma Tenzin Palmo
(retirado do facebook)


domingo, 9 de outubro de 2016

Quando a Verdade virá




A verdade só pode vir a vós quando vossa mente e coração são simples e claros, e existe amor no vosso coração, e não se vosso coração está cheio das coisas da mente. (…) E ela só pode vir quando a mente está vazia, quando a mente desiste de criar. Ela virá, então, sem a chamardes. Virá veloz como o vento, sem ser pressentida. A verdade vem no escuro e não quando estamos à sua espreita, desejando-a. Ela surge súbita como a luz do sol, pura como a noite, mas, para a receber, deve o coração estar cheio e a mente, vazia.


Krishnamurti
(em “O Que Te Fará Feliz?” – retirado do site http://www.krishnamurti.org.br)


sábado, 8 de outubro de 2016

Huang Po: Descartar a Essência


Usar sua mente para pensar conceitualmente é descartar a Essência e apegar-se à forma.

Huang Po
(em “The Zen Teaching of Huang-Po”)


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Quem se interessa pela iluminação?





Todos, ou quase todos, estão interessados na felicidade. Mas quem se interessa pela iluminação? A própria palavra parece exótica, vaga e distante. No entanto, o único bem-estar verdadeiro é o que acompanha a eliminação completa da ilusão e dos venenos mentais, e, dessa maneira, do sofrimento. Iluminação é o nome dado pelo budismo ao estado de liberdade última que vem com o perfeito conhecimento da natureza da mente e do mundo dos fenômenos.


Matthieu Ricard
(em “Felicidade – A Prática do Bem-Estar”)    


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Lidando com as ondas da mente





Mesmo agora, quase vinte anos depois, ainda estou sujeito a toda gama de experiências humanas comuns. Dificilmente sou o que alguém chamaria de iluminado. Fico cansado como as outras pessoas. Às vezes sinto-me frustado, irritado ou aborrecido. Aguardo com expectativa as pausas ocasionais da minha agenda de ensino. Fico resfriado com muita facilidade.

No entanto, depois de ter aprendido um pouco sobre como trabalhar com minha mente, descobri que minha relação com essas experiências mudou. Em vez de ser completamente dominado por elas, comecei a dar boas-vindas às lições que oferecem. Todos os desafios que enfrento hoje em dia tornaram-se oportunidades para cultivar um nível mais amplo, mais profundo de consciência – uma transformação que, com a prática, ocorre cada vez mais de forma espontânea, semelhante ao modo como um nadador direciona automaticamente mais energia para seus músculos quando encontra águas turbulentas e volta a emergir mais forte e mais confiante após intenso sofrimento físico. Acho que a mesma coisa acontece quando fico com raiva, cansado ou entediado. Ao invés de me fixar na turbulência mental ou emocional propriamente dita ou procurar pela causa, tento vê-la como é: uma onda da mente, uma expressão de seu poder irrestrito.


Yongey Mingyur Rinpoche
(em “Alegre Sabedoria”)


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Huang Po: Abandonando a ansiedade


Os seres sencientes não sabem que, se eles pararem com a mente conceitual e abandonarem sua ansiedade, o Buda aparecerá à sua frente, pois a Mente é o Buda e o Buda é todos os seres vivos.

Huang Po
(em “The Zen Teaching of Huang-Po”)


terça-feira, 4 de outubro de 2016

Huang Po: Apenas desperte para Essência




Apenas desperte para a sua Essência e não haverá nada mais para ser alcançado. O Buda e os seres sencientes são essa mesma Essência.

Se vocês, estudantes do Caminho, não despertarem para a Essência, irão cobri-la com pensamentos conceituais, buscarão a Natureza Búdica fora de vocês e permanecerão presos às formas físicas, práticas piedosas, etc. Tudo isso é prejudicial e de forma alguma é o caminho para o conhecimento supremo.

Huang Po
(em “The Zen Teaching of Huang-Po”)


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Huang Po: Ao buscar, acabam por perder


A Mente Única é o Buda, e não há distinção entre o Buda e os seres sencientes, mas esse seres sencientes estão apegados à forma e buscam fora de si a Natureza de Buda. E ao buscar acabam por perdê-la, pois isso é usar o Buda para encontrar o Buda e usar a mente comum para alcançar a Mente Única.

Huang Po
(em “The Zen Teaching of Huang-Po”)



domingo, 2 de outubro de 2016

Estamos seguros




A verdade é que estamos seguros e temos a capacidade de desfrutar as maravilhas da vida no momento presente. Quando reconhecemos que nosso sofrimento é baseado em imagens e não na realidade, então viver feliz no momento presente torna-se imediatamente possível.


Thich Nhat Hanh
(em “Reconciliation: Healing the Inner Child”)



Avivar a própria sensibilidade



Não podeis subir muito se não começais por baixo: não quereis ser simples, não quereis ser humildes. (…) Assim, um homem que realmente desejasse achar, conhecer a verdade, (…) estar aberto para a verdade, teria de começar muito perto de si, deveria avivar a própria sensibilidade, mediante vigilância, tornando sua mente apurada, clara e simples. Uma mente assim não anda em busca dos seus próprios desejos. (…). Só assim é possível a paz; porque essa mente descobre o imensurável.


Krishnamurti
(em “Que Estamos Buscando?” – retirado do site http://www.krishnamurti.org.br)

sábado, 1 de outubro de 2016