quarta-feira, 31 de maio de 2017

Atenção à mente


O mais importante é estar livre das emoções negativas – desejo, medo, etc., os seis inimigos da mente. A partir do momento em que a mente se livra deles, o resto vem facilmente. Tal como um pano mergulhado em água e sabão se torna limpo, a mente se purifica na corrente do sentimento puro.

Tudo o que importa é a atenção, a consciência total de si mesmo, ou melhor dizendo, da própria mente.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo” pág 204 - Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)



terça-feira, 30 de maio de 2017


A segurança e a felicidade não podem ser encontradas em nada que vai e vem. Encontre em sua experiência aquilo que não surja, não se move, não mude ou não desapareça, e invista sua identidade, segurança e felicidade inteiramente nisso.



Rupert Spira 

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Não esmoreça


Não esmoreça. A medida em que sua motivação cresça mais e mais, sua capacidade de praticar ações positivas se expandirá também. Se você mantiver constante o desejo de beneficiar os outros, o poder de vir a fazê-lo na prática virá tão naturalmente como uma corrente de água que desce pela montanha.

Todas as dificuldades vêm de não pensar nos outros.


Dilgo Khyentse Rinpoche
(em “The Heart Treasure of the Enlightened Ones”)



domingo, 28 de maio de 2017

Felicidade permanente


Fazer algo virtuoso por um motivo trivial certamente nos trará alguma felicidade, mas essa será apenas temporária. Essa felicidade logo vai desaparecer e nosso perambular desamparado pelo samsara continuará. Por outro lado, se tudo o que fizermos, dissermos e pensarmos for transformado pela bodhichitta, nossa felicidade permanecerá, crescerá e jamais cessará. O fruto das ações motivadas pela bodhichitta jamais poderá ser destruído pela raiva ou qualquer outra emoção negativa.

No que quer que façamos, portanto, a mente é o mais importante. Por isso é que os ensinamentos budistas focam na perfeição da mente. A mente é o rei, e o corpo e a fala são seus servos. É a mente  que concebe a fé e é a mente que concebe a dúvida. A mente permite o amor e a mente permite o ódio.


Dilgo Khyentse Rinpoche
(em “The Heart Treasure of the Enlightened Ones”)



sábado, 27 de maio de 2017

Coragem: característica essencial da natureza búdica


As três características na natureza búdica podem ser resumidas em um única palavra: coragem – especificamente a coragem de ser, tal como somos, aqui e agora, com todas as nossas dúvidas e incertezas. O confronto direto com a experiência nos abre para a possibilidade de reconhecer que aquilo que vivenciamos – amor, solidão, ódio, ciúme, alegria, ganância, sofrimento, etc. – é em essência, uma expressão do potencial fundamentalmente ilimitado de nossa natureza búdica.


Yongey Mingyur Rinpoche
(em “Alegre Sabedoria”)


sexta-feira, 26 de maio de 2017

Escolhas


Quando você já tiver passado por uma experiência, não passar por ela de novo é austeridade. Não antecipar prazer nem dor é austeridade. Ter as coisas sob permanente controle é austeridade. O desejo, em si, não é errado. Ele é a própria vida, o impulso a crescer em conhecimento e experiência.

Erradas são as escolhas que você faz. Imaginar uma coisa mínima – comida, sexo, poder, fama – o farão feliz é enganar a si mesmo. Apenas algo tão vasto e tão profundo quanto seu ser real pode torná-lo verdadeira e permanentemente feliz.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo” pág 198 - Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)



quinta-feira, 25 de maio de 2017

Ajudar o mundo


Milhões comem pão, mas poucos sabem tudo sobre o trigo. Só os que sabem podem fazer um pão melhor. Da mesma forma, apenas os que conhecem o Eu, que enxergaram além do mundo, podem melhorar o mundo. Seu valor para a pessoa comum é imenso, pois eles são sua única esperança de salvação. O que está está no mundo não pode salvar o mundo. Se você tem realmente a intenção de ajudar o mundo, você tem que sair dele.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo” pág 194 - Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)



quarta-feira, 24 de maio de 2017

A espiritualidade na atividade mundana


O Zen ensina que tudo que é feito com atenção plena torna-se atividade espiritual. Mas se fizermos algo distraidamente e com apenas parte da atenção, é apenas uma atividade mundana, comum.  Um grande mestre meditando em seu trono, se não estiver presente e consciente a cada momento, não fará diferença alguma estar ali. Mas pode-se estar varrendo o chão, picando legumes ou limpando banheiros: se a pessoa mantiver plena atenção, cada uma dessas atividades torna-se uma prática espiritual.

Jetsunma Tenzin Palmo
(em “Reflections On A Mountain Lake”)



terça-feira, 23 de maio de 2017

A tragédia e a comédia da condição humana


A tragédia e a comédia da condição humana é que passamos a maior parte de nossas vidas pensando, sentindo, atuando, percebendo, e nos relacionando em nome de um eu que não existe.


Rupert Spira
(em” Las Cenizas del Amor”)


segunda-feira, 22 de maio de 2017

Sigamos em frente


Me lembro de uma vez na primavera quando a neve derreteu e a caverna ficou completamente alagada. Ela penetrava pelo telhado porque não havia mais gelo para impedi-la. Havia muitas goteiras e tudo na caverna estava molhado. Eu sentia muito frio, estava péssima. Pensava: “É, eles estavam certos sobre morar em cavernas. Quem iria querer viver nesse alagamento horrível? Eu me sentia miserável. E a neve não parava.

De repente, pensei: “Você continua procurando a felicidade no samsara? Estamos sempre querendo que tudo corra bem e temendo que não seja assim. O Buda não disse algo sobre duhkha?”

Então percebi: “Não importa. Realmente não importa. Samsara é duhkha. Sem problemas. Por que ansiar pela felicidade? Se a ela estiver aqui, ok; se não estiver, fazer o quê? Não importa.”

Quando percebi isso, o peso da esperança e do medo se foram. Senti um grande alívio. E senti uma enorme gratidão para com o Buda porque vi que o que ele disse é verdade: samsara é duhkha. E aí? O que eu esperava? Por que fazer tanto drama quando sofremos? Não importa. Sigamos em frente.


Jetsunma Tenzin Palmo
(em “Reflections On A Mountain Lake”)



domingo, 21 de maio de 2017

sábado, 20 de maio de 2017

Você não precisa lutar


Você não precisa lutar. Você precisa apenas continuar escolhendo a Verdade. Apenas isso. Se for preciso, deixe que a Graça lute por você. Quando for preciso encarar profundamente alguma coisa, seja destemido, porque o poder estará contigo no momento.

Seja vazio. Apenas isso.

Quando você é vazio, é poderoso. Porque está presente. Está desperto.
Você está vivo.
E é nada.


Mooji
(em “White Fire”)



sexta-feira, 19 de maio de 2017

Buscar o que já se é


Você diz que tenta desacelerar a mente para permanecer na Essência, mas na verdade não é necessário “desacelerar a mente”. A mente jamais poderá permanecer na Essência através do esforço. Isso é um grande equívoco. Ouça, por favor: tentar manter-se em algum estado já é em si um esforço. Requer esforço e técnica. É necessária dedicação integral, devoção, determinação, foco. Nem mesmo o Buda agiu assim. Algumas pessoas passam anos nus em cavernas tentando mudar a mente ou fundi-la à Essência, e falharam. Eles podem até ter alcançado algo que não tinham antes, como paz, concentração ou mesmo alegria, mas ainda assim permanecem com a identidade do buscador ou do praticante – aquele que conquistou algum coisa. Pode ter se tornado uma pessoa pacificada, mas ainda há dualidade ali. Há que se ser a própria paz.

A Essência não pode ser conquistada ou pertencer a alguém. Ela só pode ser descoberta e reconhecida como sendo a espontaneidade e a fonte natural de tudo o que é e tudo o que aparenta ser.

Como querer que a mente instável permaneça no absoluto que é a Essência?


Mooji
(em “White Fire”)



quinta-feira, 18 de maio de 2017

Não temos de fugir de nossas experiências


Essa é a lição essencial da Segunda Nobre Verdade. Ao reconhecer que todas as condições estão sujeitas a mudanças, podemos abordar cada momento com um pouco mais de clareza e de confiança, relaxando dentro dele, em vez de resistirmos e sermos dominados por ele. Não temos que nos sentir intimidados por nossas experiências. Nem temos de lutar ou fugir delas como se fossem “inimigas”. Temos o potencial de olhar para as nossas experiências e reconhecer: “Isto é o que está acontecendo agora, neste momento. O momento seguinte trará outra experiência, e o seguinte trará outra”.


Yongey Mingyur Rinpoche
(em “Alegre Sabedoria”)



quarta-feira, 17 de maio de 2017

Apenas tente manter sua mente no presente


Apenas tente manter sua mente no presente. Tudo o que surgir na mente, apenas observe e deixe que vá. Nem sequer queira se livrar dos pensamentos. A mente então retornará ao seu estado natural. Não discrimine entre bom e mau, quente e frio, rápido e lento. Sem  eu e sem você, sem qualquer senso de personalidade: apenas o que houver no momento. Quando caminhar não precisa fazê-lo como algo especial, apenas caminhe e veja o que há para ver. Não há necessidade de isolamento ou reclusão. Onde quer que esteja, conheça a si mesmo, sendo natural e observando o que acontece. Se surgirem dúvidas, observe-as ir e vir. É muito simples: não agarre-se a nada. É como se você andasse por uma estrada, periodicamente irá deparar-se com  obstáculos. Não pense nos obstáculos que ultrapassou e nem se preocupe com aqueles que ainda não viu. Siga no presente. Não se preocupe com a extensão da estrada ou com a chegada. Tudo está sempre mudando. Se a prática é constante e automática, a mente alcançará seu equilíbrio natural de maneira espontânea. Todas as coisas surgirão e partirão por si mesmas. 



Ajahn Chah



terça-feira, 16 de maio de 2017

A causa do sofrimento


Nossa tendência é atribuir a causa do sofrimento a circunstâncias e condições. De acordo com a Segunda Nobre Verdade, porém, a causa do sofrimento não está nos eventos ou nas circunstâncias, mas na maneira com que percebemos e interpretamos nossa experiência à medida que ela se desenrola.


Yongey Mingyur Rinpoche
(em “Alegre Sabedoria”)


segunda-feira, 15 de maio de 2017

Atenção plena é vida


Atenção plena é vida. Sempre que não temos atenção plena, quando somos negligentes, é como se estivéssemos mortos.


Ajahn Chah


domingo, 14 de maio de 2017

Liberdade


A mente da pessoa com correta perspectiva não se prende à forma, ao som, ao cheiro, ao sabor, ao toque nem ao Darma. Correta perspectiva é ver que a pessoa não está presa a um local de refúgio externo.

Enquanto estivermos aferrados ou ligados a alguma coisa, nós não poderemos ser livres.


Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)



sábado, 13 de maio de 2017

Empenho


Todos os seres iluminados um dia foram indivíduos ordinários que se tornaram budas através do seu próprio empenho. Empenho é a qualidade que você mais precisa. Como o Buda disse, “Lhe mostrei o caminho. Depende de você alcançar a liberação”.

O Buda não vai projetar a natureza búdica em você. Ele não vai te purificar, como se lavasse uma roupa suja e nem vai te curar da ignorância, como um médico receitando remédio a um paciente acamado. Tendo ele mesmo atingido a iluminação, está mostrando o caminho, e depende de você seguir esse caminho ou não. Depende de você agora praticar esses ensinamentos e experimentar seus resultados”.


Dilgo Khyentse Rinpoche
(em “The Heart of Compassion”)



sexta-feira, 12 de maio de 2017

Nada a fazer


Tudo o que temos a fazer é parar. Quando paramos, podemos ter felicidade. Nossa verdadeira natureza não difere da verdadeira natureza dos grandes seres.

“Caros amigos da Senda, hoje em dia se quiserdes ser grandes cavalheiros tereis de entender a verdade do fato de que nunca houve nada a fazer” (Mestre Linji)

Se quisermos ser verdadeiras pessoas, não façamos nada, nem sequer sejamos o Buda. Quando não queremos mais nos tornar alguma outra coisa, isso é confiança.  Necessitamos ter confiança na verdade de que somos uma maravilha e contemos o Todo.

  
Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)


quinta-feira, 11 de maio de 2017

Por que a mente não está em paz?


Por que é que a mente não está em paz agora mesmo? Tal deve-se a que ela se perde nos seus humores. Não há nada específico na mente. Ela simplesmente permanece no seu estado natural, é só isso. O fato de a mente se sentir em paz umas vezes e outras sem paz é porque fica iludida por esses humores. Na mente não treinada falta sabedoria. É uma idiotice. Os humores chegam e iludem-na com estados de prazer num minuto e de sofrimento noutro. Alegria e depois tristeza. Mas o estado natural da mente de uma pessoa não é de alegria ou tristeza. Essa experiência de alegria ou tristeza não é a mente em si mesma, mas apenas os humores que a iludem. A mente perde-se, levada por esses humores sem fazer ideia do que se passa. E como resultado, experiencia prazer ou dor porque a mente ainda não foi treinada. Ela não é ainda muito sábia. 


Ajahn Chah
(retirado do site nalanda.org.br)



quarta-feira, 10 de maio de 2017


Mestre Linji ensinou: “É só porque vossa confiança é imatura que vós continuais a procurar incessantemente. Tirais vossa cabeça do lugar e depois saís em busca dela, sem conseguir para de procurar.”

  
Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)


terça-feira, 9 de maio de 2017

Rir diante das dificuldades


Tenho me deparado com muitas dificuldades ao longo da minha vida... mas eu sempre dou risada, e minha risada é contagiosa. Claro que existem problemas, mas pensar apenas no aspecto negativo não ajuda a encontrar soluções e destrói a paz de espírito. Essa atitude vem de mim, de minha prática.
  

Dalai Lama



segunda-feira, 8 de maio de 2017

Vós sois a límpida natureza original


Mestre Linji ensinou: “Vós todos sois a límpida natureza original, nenhum de vós está obstruído, todos podeis penetrar nas Dez Direções. Podeis perambular livremente nos Três Domínios. Cada um de vós pode entrar livremente em todos os domínios, sem impedimento.”

  
Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)


domingo, 7 de maio de 2017

Reconhecer a ilusão


Se formos capazes de reconhecer a ilusão como tal, ela se dissolverá. A identificação da ilusão é o seu fim. Sua sobrevivência depende de nosso erro em considerá-la a realidade. Quando compreendemos quem não somos, a realidade do que somos aparece por si mesma.


Eckhart Tolle
(em “Um Novo Mundo: O Despertar de Uma Nova Consciência”)



sábado, 6 de maio de 2017

A liberdade da nossa verdadeira natureza.


Embora estejamos condicionados a identificar-nos com os pensamentos que passam pela nossa consciência, e não com a consciência propriamente dita, a consciência plena que é a nossa verdadeira natureza é infinitamente flexível. Ela é capaz de gerar todo e qualquer tipo de experiência – até mesmo equívocos a seu próprio respeito, como sendo limitada, aprisionada, feia, ansiosa, solitária ou assustada. Quando começamos a identificar-nos com a consciência plena imaculada e atemporal, e não com os pensamentos, sentimentos e sensações que passam por ela, já demos o primeiro passo em direção ao encontro da liberdade da nossa verdadeira natureza.


Yongey Mingyur Rinpoche
(em “Alegre Sabedoria”)



sexta-feira, 5 de maio de 2017

Sob a aparência superficial


Sob a aparência superficial, todas as coisas estão ligadas não apenas a tudo que existe como também à Origem de toda a vida da qual procedemos. Até mesmo uma pedra – e mais facilmente uma flor ou um pássaro – pode nos mostrar o caminho de volta à Deus, à Origem, a nós mesmos. Quando olhamos para algo assim ou seguramos e depois o deixamos ir sem lhe impor uma palavra nem um rótulo mental, uma sensação de assombro, de maravilha, surge dentro de  nós. A essência desse elemento comunica-se conosco de modo silencioso e reflete nossa própria essência para nós.


Eckhart Tolle
(em “Um Novo Mundo: O Despertar de Uma Nova Consciência”)



quinta-feira, 4 de maio de 2017

Não permitir que as condições nos arrastem


Onde quer que formos devemos ser donos da nossa situação. 

Diz o Mestre Linji: “Deves ser soberano de acordo com o lugar onde te encontres, ser a verdadeira pessoa onde quer que estejas, não permitindo que as condições te arrastem”. Onde quer que nós estejamos, nosso verdadeiro eu está presente. Não ficamos diante de uma multidão fingindo-nos de dignos para depois tornar-nos desatentos quando estamos sozinhos. Na verdade, quer sozinho, quer com outros, cada um de nós ainda é seu verdadeiro eu.

  
Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)


quarta-feira, 3 de maio de 2017

O verdadeiro significado de pecado


De acordo com os ensinamentos cristãos, o estado coletivo normal da humanidade é de “pecado original”. A palavra “pecado” tem sido incompreendida ao longo dos séculos. Traduzida de forma literal do grego antigo, idioma em que o Novo Testamento foi escrito originalmente, ela significa errar o alvo, como na situação de um arqueiro que falha em atingir o ponto de mira. Assim, pecar quer dizer errar o sentido da existência humana. Corresponde a viver de maneira desorientada, cega e, portanto, sofrer e causar sofrimento. Uma vez mais, essa palavra, despojada de sua bagagem cultural e de sentidos equivocados, indica o distúrbio inerente à condição humana.


Eckhart Tolle
(em “Um Novo Mundo: O Despertar de Uma Nova Consciência”)


terça-feira, 2 de maio de 2017

A mente discriminadora


O que estamos a procurar é tão diferente da realidade como a terra é diferente do céu. Nossa mente é como um pintor, que cria um fac-símile da verdadeira realidade.

A realidade definitiva só parece difícil porque ao tentar explicá-la nós já estamos discriminando, e com isso perdemos a essência do definitivo, que é a não discriminação. Nossa mente tende a discriminar. Ela divide o mundo em sujeito e objeto. Eu sou diferente de ti, o pai é diferente do filho, as nuvens são diferentes dos córregos.

A mente é como uma faca afiada que corta a realidade em pedaços.


Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”)


segunda-feira, 1 de maio de 2017

Refugiar-se em nossa verdadeira natureza


Deus está aqui, é a nossa verdadeira natureza, nosso cerne intrínseco, assim como a água é o cerne intrínseco da onda. E se a onda sabe como se refugiar na água, se sabe acreditar na água, ela perde todos os seus medos, sua tristeza e seu ciúme. Se nos refugiarmos em nossa verdadeira natureza, não mais temeremos ganhar, perder, ter, não ter, viver, morrer, ser e não ser.


Thich Nhat Hanh
(em “Nada Fazer, Não Ir a Lugar Algum”