Apenas tente manter sua mente
no presente. Tudo o que surgir na mente, apenas observe e deixe que vá.
Nem sequer queira se livrar dos pensamentos. A mente então retornará ao seu
estado natural. Não discrimine entre bom e mau, quente e frio, rápido e lento.
Sem eu
e sem você, sem qualquer senso de
personalidade: apenas o que houver no momento. Quando caminhar não precisa fazê-lo
como algo especial, apenas caminhe e veja o que há para ver. Não há necessidade
de isolamento ou reclusão. Onde quer que esteja, conheça a si mesmo, sendo
natural e observando o que acontece. Se surgirem dúvidas, observe-as ir e vir.
É muito simples: não agarre-se a nada. É como se você andasse por uma estrada,
periodicamente irá deparar-se com
obstáculos. Não pense nos obstáculos que ultrapassou e nem se preocupe
com aqueles que ainda não viu. Siga no presente. Não se preocupe com a extensão
da estrada ou com a chegada. Tudo está sempre mudando. Se a prática é constante
e automática, a mente alcançará seu equilíbrio natural de maneira espontânea.
Todas as coisas surgirão e partirão por si mesmas.
Ajahn Chah
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