sábado, 31 de dezembro de 2016

A vida é o nosso maior professor



Muitos de nós estamos usando a nossa espiritualidade como uma forma de evitar a vida, de evitar vermos coisas que realmente precisamos de ver, de evitar sermos confrontados com os nossos próprios enganos e ilusões.

É muito importante saber que a vida em si é muitas vezes o nosso maior professor. A vida é cheia de graça, às vezes é uma graça maravilhosa, bela, momentos de êxtase, felicidade e alegria, e às vezes é uma graça feroz, como a doença, a perda de um emprego, a perda de alguém que amamos, ou um divórcio.

A vida em si tem uma tremenda capacidade para nos mostrar a verdade, para nos despertar. E, ainda assim, muitos de nós evitamos essa coisa chamada vida, mesmo quando ela está tentando nos despertar. O divino em si é a vida em movimento. O divino está usando as situações de nossas vidas para realizar o seu próprio despertar, e muitas vezes ele usa as situações difíceis para nos despertar.


Adyashanti
(retirado do facebook)






sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O natural em nós



A forma como estreitamos a consciência é através do esforço, através da luta. Aquilo a que todos nós aspiramos, e o que de fato é natural em nós, é a abertura, a paz, o amor e o bem-estar.

Estas são qualidades completamente naturais do espírito. Elas surgem quando nos tornamos conscientes da nossa natureza espiritual, da nossa natureza não-separada, não-alguém. Então o amor flui naturalmente.

Adyashanti
(retirado do facebook)


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Meditação: o espaço no qual tudo é revelado



Agora, só porque nós permitimos que tudo seja tal como é, isso não significa que a nossa meditação irá necessariamente permanecer totalmente tranquila e silenciosa. O objectivo aqui é despertar, certo?

O objectivo não é aprender a suprimir a si mesmo para que você se sinta melhor. É despertar para a realidade do seu ser, e nós despertamos para a realidade do nosso ser ao relacionar-nos com a nossa natureza humana, não ao evita-la. Não ao contorna-la. Não ao tentar afasta-la através da oração, do mantra ou da meditação. Nós despertamos ao deixar que tudo dentro de nós mesmos se revele, seja sentido, seja experimentado, seja conhecido.

Então, e só então, poderemos nos mover para um nível mais profundo. Isto é muito, muito importante e é algo que muita gente não entende. É fácil usar técnicas de meditação para suprimir as nossas experiências humanas, para suprimir as coisas que não queremos sentir. Mas o que é preciso é exatamente o oposto. A verdadeira meditação é o espaço no qual tudo é revelado, tudo é visto, tudo é experimentado.


Adyashanti
(retirado do facebook)


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Rendição silenciosa



A verdadeira meditação não tem direção ou objetivo. É pura rendição silenciosa, pura oração silenciosa. Todos os métodos que visem atingir um certo estado mental são limitados, impermanentes e condicionados. O fascínio com estados mentais leva apenas à escravidão e dependência. A verdadeira meditação é quietude sem esforço, é permanecer como ser primordial.


Adyashanti
(retirado do facebook)


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Estado natural



Iluminação nada mais do que o estado natural de ser. Se você o despir de toda a terminologia complexa e todo o jargão complexo, a iluminação é simplesmente voltar ao nosso estado natural de ser.

Estado natural significa um estado que não é criado, um estado que não requer nenhum esforço ou disciplina para ser mantido, um estado de ser que não é melhorado por qualquer tipo de manipulação da mente ou do corpo. Em outras palavras, um estado que é completamente natural, completamente espontâneo.


Adyashanti
(retirado do facebook)


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A paz que já é



Você chega ao estado natural quando abandona o controle, abandona o esforço e descansa num estado de vivacidade. É muito simples. Não poderia ser mais simples. Sente-se; deixe tudo ser como já é. Você pode até fazer a si mesmo uma pergunta muito simples, logo desde o início: "Não é verdade que a paz e a tranquilidade, que eu estou tentando alcançar através da meditação, já está aqui, agora?" Então, veja por si mesmo.

Quando vemos por nós mesmos, passamos a ver que sim, realmente, a paz e a tranquilidade são estados totalmente naturais, e eles já estão acontecendo. Nesse momento, tudo o que você tem a fazer é reconhecer isso e, em seguida, entregar-se a eles. Descubra o que acontece quando você se entrega à paz que já é, à quietude que já é. Esta é a investigação.


Adyashanti

domingo, 25 de dezembro de 2016

A vida como guia


A pessoa precisa mesmo ter objetivos próprios? A vida, da qual ela é uma expressão, irá guiá-la.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo”, pág 31. Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)


sábado, 24 de dezembro de 2016

Abandonando o controle



O que acontece quando nós realmente deixamos ir este controle? O que acontece quando permitimos que tudo seja exatamente como é? Esta questão é o fundamento de toda a espiritualidade. Até que nós consigamos permitir que tudo seja como é, do modo mais profundo possível, da maneira mais profunda, nós ainda estamos envolvidos no controle.

Na verdadeira espiritualidade e na verdadeira meditação nós estamos abandonando este controle desde o início. Não estamos bombeando energia para o ego, para a mente, para o controlador, para o manipulador. Nós estamos abandonando o esforço, o que é uma ideia revolucionária para a maioria das pessoas – a de que podemos meditar de tal forma que não há esforço.


Adyashanti
(retirado do facebook)


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Deixar ir o controle



Mas deixar ir o controle, deixar tudo ser como é, é um meio de deixar ir o esforço. Então, quando eu digo que nós deixamos ir o controle, que nós deixamos tudo ser como é, é o mesmo que dizer que deixamos de fazer esforço.

Nós descobrimos o que acontece em nossa consciência quando deixamos ir o esforço, quando deixamos ir a disciplina. E podemos começar a ver em nossa própria experiência que há uma certa vitalidade que vem à consciência. É como se uma luz se ligasse no interior, simplesmente porque nós deixamos ir o esforço e controle.

Algo que é inocente, belo e não contaminado começa a surgir na consciência; começa a surgir por si mesmo e por si só. E isto é bem diferente do que foi ensinado à maioria de nós. Fomos ensinados que, para entrar num estado natural de consciência, devemos aprender a controlar e disciplinar a nós mesmos; o que eu estou dizendo é que é justamente o oposto.


Adyashanti
(retirado do facebook)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Nada pode libertá-lo




Para que ter um desejo, seja ele qual for? Desejar um estado livre de desejos não irá libertá-lo. Nada pode libertá-lo, porque você já é livre.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo”, pág 65 - Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)




quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Sendo o céu



Quando você sabe que é a Consciência, então não existe repressão e não há apego a nada. É como se você fosse o próprio céu. Você não precisa afastar as nuvens e nem tentar impedi-las de ir embora. O céu permanece sempre inalterado ainda que surjam tempestades, ainda que relâmpagos pareçam rachá-lo e que tudo vire um inferno . Nada importa, desde que o céu lembre-se sempre de que é o céu.


Adyashanti
(retirado do facebook)


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O que há para ser mudado?



Suponhamos que eu cruze com um mendigo nu e faminto e pergunte a ele: “Quem é você?”, e ele me responda: “Eu sou o Eu Supremo”. “Bem”, digo eu, “já que você é o Eu Supremo, mude seu estado atual”. O que ele fará?

Ele perguntará a você: “Que estado? O que há para ser mudado? O que há de errado comigo?”

E por que ele responderia assim?

Porque ele já não é mais prisioneiro das aparências, ele não se identifica mais com nome e forma. Ele usa a memória, mas a memória não consegue usá-lo.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo”, pág 72 - Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)


segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A Verdade e a falsidade




A Verdade é simples e aberta a todos. Por que vocês complicam? A Verdade é amorosa e amável. Ela inclui a todos, aceita a todos, purifica a todos. É a falsidade que é difícil e que é fonte de problemas. Ela sempre quer, espera, exige. Sendo falsa, ela é vazia, sempre em busca de confirmação e de tranquilização. Ela se identifica com qualquer apoio, por mais frágil e momentâneo que seja. Tudo o que ela consegue, ela perde, e pede mais.

Portanto, não confie no consciente. Nada do que você puder ver, sentir ou pensar é o que aparenta ser. Até mesmo pecado e virtude, mérito e demérito, não são o que parecem ser.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo”, pág 65 - Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)


domingo, 18 de dezembro de 2016

O real está sempre com você


Se você precisa de tempo para alcançar alguma coisa, ela deve ser falsa. O real está sempre com você, você não precisa esperar para ser o que você é.


Sri Nisargadatta Maharaj
(retirado do facebook)



Nosso estado natural de ser



Como a maioria das pessoas, quando eu me sentava (em meditação), por vezes sentia-me bem e tranquilo. Outras vezes eu ficava agitado, chateado ou ansioso. Às vezes eu ficava triste, e às vezes eu ficava feliz. Eu senti todas as diversas emoções humanas enquanto eu estava sentado.

O que eu percebi foi que, quando eu permitia que a minha experiência fosse tal como era, e não fazia nenhum esforço para mudá-la, um estado natural de ser subjacente começava a surgir na consciência. Um estado de consciência não-contaminado e não-fabricado começava a surgir de forma muito simples e muito natural.

Eu o chamo de um estado muito inocente de consciência, porque não foi derivado de esforço ou disciplina. Eu descobri que o estado natural, o nosso estado natural de ser, não é um estado alterado de consciência.


Adyashanti
(retirado do facebook)


sábado, 17 de dezembro de 2016

A nossa tendência natural é despertar



Quando meditamos da forma que eu estou descrevendo - quando abandonamos o controle e permitimos que tudo seja tal como é - a nossa tendência natural é despertar. Somos biologicamente e psicologicamente feitos para nos movermos em direção ao despertar. Muita gente não sabe isso. Mas quando abandonamos o controle que o ego tem, a natureza do nosso ser é despertar.



Adyashanti
(retirado do facebook)


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A essência da santidade



A essência da santidade
é a aceitação total do momento presente;
é a harmonia com as coisas como elas acontecem.



Nisargadatta Maharaj


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Desejos: apenas ondas na mente




Os desejos são apenas ondas na mente. Você reconhece uma onda quando vê uma. Um desejo é apenas uma coisa entre muitas. Não me sinto compelido a satisfazê-lo, nenhuma ação tem que ser tomada com base nele. Estar livre de desejos significa isso: a compulsão a satisfazê-los está ausente.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo”, pág 62 - Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Você e o Silêncio são um só



O estado natural da mente é silencioso, vazio, amplo. Esse estado existe sem qualquer objetivo. Se você acha que precisa praticar o silêncio, encontrar o silêncio ou manter silêncio, você está enganado. Tudo, o Universo inteiro, acontece no Silêncio! Logo, não se trata de buscar o silêncio. Mas sim reconhecer o Silêncio que não pode ser perturbado, onde quer que você se encontre, não importa o que esteja acontecendo, e por mais barulho que haja ao redor. Por isso, não é o caso de adotar algum comportamento ou método. Você e o Silêncio são um só.


Mooji
(em “White Fire”)



Na mente em harmonia com o Tao




Na mente em harmonia com o Tao, todo egocentrismo desaparece. Sem qualquer traço de dúvida, ela confia completamente no Universo, pois está finalmente livre, sem qualquer apego. Tudo é vazio, brilhante, perfeito por si só.


Sengcan
(em “Faith in Mind”)


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A paz da mente é impossível



Não existe isso de “paz mental”. “Mente” significa aflição. Já a Essência não precisa pacificar-se, ela é a própria paz. Mas a mente é sempre inquieta.


Sri Nisargadatta Maharaj


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Somos todos loucos



Sabe qual é um sinal de que você despertou? É quando você se pergunta: “Será que eu enlouqueci ou será que todos eles estão loucos?”. Verdade. Porque somos todos loucos. O mundo inteiro é louco. Somos todos lunáticos, e com certificado! A única razão pela qual não estamos trancados em uma instituição é que somos em número muito grande. Portanto, somos loucos. Vivemos com ideias malucas sobre o amor, relacionamentos, sobre a felicidade, sobre a alegria, sobre tudo. A meu ver, chegamos a um tamanho grau de loucura que se todo mundo concorda com alguma coisa, então pode ter certeza de que essa coisa está errada! Toda ideia nova, toda grande ideia, quando apareceu pela primeira vez, era apoiada por uma minoria de uma só pessoa. Aquele homem chamado Jesus Cristo – era minoria de um só. Todo mundo afirmava algo diferente do que ele dizia. Buda – também, minoria de um só. Todo mundo afirmava algo diferente do que ele dizia. Acho que foi Bertrand Russell quem disse: “Toda grande ideia começa como uma blasfêmia”. Muito bem dito e muito exato. Pelo fato de serem loucas, as pessoas se comportam como lunáticas: e quanto mais cedo você enxergar isso, melhor para sua saúde mental e espiritual.


 Anthony de Mello
(em “Guia Para Águias Que Acreditam Ser Frangos”) 





domingo, 11 de dezembro de 2016

A Vida fará o resto




A meditação o ajudará a encontrar seus grilhões, a afrouxá-los, desatá-los, e, então, a levantar âncora. Quando você não estiver mais apegado ao que quer que seja, você terá feito a sua parte. O resto será feito para você.

Por quem?

Pelo mesmo poder que o trouxe até este ponto, que fez com que seu coração desejasse a verdade e com que sua a mente a buscasse. É o mesmo poder que o mantém vivo. Você pode chamá-lo de Vida, ou de o Supremo.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “Eu Sou Aquilo”, pág 50. Tradução para o português de Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Editora Satsang)


sábado, 10 de dezembro de 2016

Não assumir qualquer postura




Se deliberadamente assumimos uma atitude, uma postura, a fim de meditar, essa meditação se torna um divertimento, um brinquedo da mente. Se vos determinais a livrar-vos da confusão e da angústia da vida, isso será uma experiência da imaginação e não meditação. A mente consciente ou a mente inconsciente não deve tomar parte nenhuma nela; não deve sequer ter conhecimento da vastidão e da beleza da meditação.

Jiddu Krishnamurti
(em “A Outra Margem do Caminho”)


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

"Eu vivo pela coragem"





Eu não preciso ter convicções. Eu vivo pela coragem. A coragem é minha essência, e significa o amor à vida. Estou livre de recordações ou ansiedades sobre o futuro, indiferente a ser isso ou aquilo. Eu tenho a coragem de não ser nada e ver o mundo como ele realmente é: nada.

Até parece que a ansiedade é o estado natural e a coragem, anormal. Mas é exatamente o contrário. Ansiedade e esperança nascem da mente – e eu estou livre de ambos. Eu simplesmente sou e não preciso me apoiar em nada.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “I Am That”)



quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A meditação é uma ação contínua




Meditação é a total inação da mente que percebe o que é, não entrelaçado com o passado. Essa ação não é reação a nenhum desafio, mas, sim, é a ação do próprio desafio, na qual não existe dualidade. A meditação é a eliminação da experiência e funciona a todas as horas, consciente ou inconscientemente; por conseguinte, não é uma ação restrita a um certo período do dia. É uma ação contínua, da manhã à noite – observação sem observador. Por conseguinte, não há separação entre a vida cotidiana e a meditação, a vida religiosa e a vida mundana.

Jiddu Krishnamurti
(em “A Outra Margem do Caminho”)


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O Universo é uma escola de Ioga




Tudo o que vive, trabalha para proteger, perpetuar e expandir a consciência. Este é o único significado e propósito do mundo. É a própria essência da Ioga – elevação contínua do nível de consciência, descoberta de novas dimensões, com suas propriedades, qualidades e poderes. Nesse sentido, o universo inteiro torna-se uma escola de Ioga.

Sri Nisargadatta Maharaj


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Deixar de oferecer o ego




Desde o momento em que pego o metrô, ainda que eu queira ter paz, sempre há algo para atrapalhar. São várias bofetadas, uma após a outra, mas, precisamente, tudo pode ser um chamado à prática, uma ocasião para me descentrar e me lembrar de que não sou o que os outros percebem de mim. Mais um passo e posso me alegrar por ser ridicularizado...

Isso quer dizer deixar de oferecer o ego como alvo dos elogios e dos sarcasmos.


Alexandre Jollien
(em “O Caminho da Sabedoria – Conversas entre um Monge, um Filósofo e Psiquiatra Sobre a Arte de Viver”)


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Eu não me preocupo com o futuro





Eu não me preocupo com o futuro. Responder prontamente a cada situação faz parte da minha natureza. Eu não paro para pensar no que fazer, eu simplesmente faço. Os resultados não me afetam. Eu nem mesmo me importo se eles são bons ou ruins. O que quer que aconteça, eu aceito! Se tiver que lidar com cada situação novamente, lidarei de uma maneira nova e fresca. Ou melhor, elas serão tratadas de uma maneira nova e fresca, porque não há nenhum propósito em meu não-fazer. As coisas acontecem como devem acontecer.


Sri Nisargadatta Maharaj
(em “I Am That”)



domingo, 4 de dezembro de 2016

A meditação é raiz, planta, flor e fruto




Sem a meditação, sois como um homem cego num mundo cheio de beleza, de luz e de cores.

Caminhai pela praia e deixai vir a vós o estado meditativo. Se ele vier, não o cultiveis.

Ou, ao perambulardes pelos montes, deixai que tudo vos fale da beleza e da dor da vida, de modo que possais despertar para vosso próprio sofrimento e sua terminação. A meditação é raiz, planta, flor e fruto.


Jiddu Krishnamurti
(em “A Outra Margem do Caminho”


sábado, 3 de dezembro de 2016

Nada precisa mudar





Nada a criar, nada a destruir.
A respiração se move, o sangue flui,
o corpo repousa, os sentidos estão abertos, sem esforço.
A harmonia reina em todas as partes.

Escute o som do vento,
mergulhe em tua própria serenidade e silêncio.
Nada precisa mudar. É como é. Tudo é Um.

Olhe para o silêncio interior, tu é esta quietude.
A ela não falta nada, não anseia por nada.
Ela é una com o que és.


Mooji



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A pepita da felicidade




Desobstruir o templo da nossa mente. Por muito tempo acreditei que a felicidade provinha da conquista. Hoje, acredito mais que se trata de desembaraçar. Em vez de acumular competências ou conhecimentos, tiremos aquilo que nos pesa: hábitos, reflexos, medos, avidez... A pepita da felicidade, a verdadeira alegria se encontra sob toneladas de lama. Portanto, vamos jogar fora o inútil e considerar os obstáculos da vida como meios hábeis para chegar lá.


Alexandre Jollien
(em “O Caminho da Sabedoria – Conversas entre um Monge, um Filósofo e Psiquiatra Sobre a Arte de Viver”)




quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Descansar nessa paz imensa





Descansar nessa paz imensa é morrer da grande morte para renascer mais vivo, novo. Por muito tempo, acreditei que somente os santos e sábios tinham direito a isso. Mas a ascese talvez seja muito mais simples do que parece. Cem vezes por dia, posso me exercitar em deixar morrer o pequeno eu, deixar um pouco de lado o mundo das ideias. O silêncio, como a natureza da nossa mente, não pode ser manchado. Podemos berrar, insultá-lo da pior forma, nada pode perturbá-lo. Do mesmo modo, no âmago mais profundo, permanece uma parte sempre indene, que nenhum golpe do destino pode estragar. Cada um de nós, por mais ferido que esteja, pode mudar, descer até essa alegria.


Alexandre Jollien
(em “O Caminho da Sabedoria – Conversas entre um Monge, um Filósofo e Psiquiatra Sobre a Arte de Viver”)