quarta-feira, 27 de novembro de 2019


O modo como vivemos não tem nenhum significado e nenhum propósito. Podemos inventar um propósito, o propósito da perfeição, iluminação, alcançar a mais alta forma de sensibilidade; podemos inventar teorias infindáveis. E nos tornamos presas dessas teorias, tornando-as nossos problemas. Nossa vida diária não tem significado, não tem propósito, exceto ganhar um pouco de dinheiro e levar um tipo de vida estúpida. Pode-se observar tudo isso em si mesmo; a batalha sem fim dentro de si mesmo, buscando um propósito, buscando iluminação, aprender uma técnica de meditação. Você pode inventar mil propósitos, mas não precisa ir a nenhum lugar, não precisa ir ao Himalaia, a um monastério ou a algum ashram, porque tudo está dentro de você. O mais alto, o incomensurável, está em você, se você souber como olhar. Não pressuponha que isso está lá; essa é uma das peças mais estúpidas que pregamos em nós mesmos: que somos Deus, que somos o “perfeito” e todo o resto dessa infantilidade. Ainda assim, por meio da ilusão, por meio do mensurável, você encontra o que é imensurável; mas você precisa começar consigo mesmo, onde pode descobrir por si mesmo como olhar.


Jiddu Krishnamurti

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