quarta-feira, 12 de julho de 2017

Entregar-se à inesgotável simplicidade do devir.


É por isso que o real é simples, de uma simplicidade que não é a de uma ideia , mas a de uma singularidade nua e da identidade consigo. É quando tentamos reduzir essa riqueza e essa singularidade do diverso a nossos conceitos que tudo, de fato, se torna complicado: porque o real excede em toda parte o pouco dele que podemos pensar! Mais uma razão para não nos contentarmos com pensar e para aprender a ver, isto é, a se entregar, silenciosamente, à inesgotável simplicidade do devir.


André Comte-Sponville
(em “O amor a solidão”)



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