quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Em harmonia com o Universo



Esse ser humano chamado “eu” não vive somente dentro desse saco de pele e ossos. Independentemente do seu nível de percepção e consciência, o ser humano vive dentro de um continuum do Universo, que está em permanente movimento.  Isso não vale somente para nós, mas para tudo o que existe no Universo. O eu mesquinho surge quando acreditamos que somos apenas esse tecido vivo dentro de um saco de pele e tentamos agir em função disso, desvinculados do Universo.

Mas, na realidade, mesmo um pequeno mal-estar que passe a ser motivo de reclamações contumazes faz parte de uma pulsação que preenche todo o Universo, assim como o clima do dia faz parte do clima da região e a maré é a consequência das forças gravitacionais dos astros celestiais. Chamamos de nosso verdadeiro eu aquele que harmoniza a si mesmo com as vibrações do Universo, rompendo as cascas do ego, sempre vigiando e cuidado do “eu” menor e egocêntrico a partir de um ponto de vista mais elevado, amplo e universal. E é nesse “nosso verdadeiro eu” que Buda nos ensina a depositar nossa fé e confiança – ele é nossa ilha de refúgio.

Shundo Aoyama Roshi
(em “A Coisa Mais Preciosa da Vida”)


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