terça-feira, 9 de setembro de 2014

Praticando a impermanência

Os antigos mestres da linhagem Karmapa meditavam todos os dias sobre a impermanência. Quando bebiam chá, diziam a si mesmos: “É grande fortuna eu poder beber minha xícara de chá hoje. Ninguém sabe se isso me será concedido amanhã”. E todas as noites, antes de dormir, colocavam sua xícara ao lado da cama com a boca para baixo, conscientes de que a morte poderia vir naquela noite. Ao despertar na manhã seguinte, desviravam a xícara e diziam: “Que sorte tenho por poder viver mais um dia! Muitos morreram nessa noite. Preciso aproveitar essa oportunidade e, sem hesitar, agir positivamente hoje”. Dessa maneira, praticavam a impermanência, a natureza mutável de todas as coisas.

Lama Gendun Rinpoche
(em “Heart Advice of a Mahamudra Master”)

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