Este nó no peito não foi atado pelo
nosso marido infiel, pelo nosso objeto de desejo, pelo nosso colega desonesto,
pelo nosso acusador injusto, mas pela nossa própria mente. É o resultado de
construtos mentais que, ao se acumularem e solidificarem, dão a ilusão de serem
externos e reais. O que fornece a matéria-prima para formar esse nó em nosso
peito é o sentimento exacerbado de auto-importância. Tudo o que não responde às
demandas do ego se transforma em perturbação, ameaça ou insulto. O passado é
doloroso, não conseguimos desfrutar o presente e trememos diante da projeção da
nossa angústia futura.
Matthieu Ricard
(em “Felicidade – A Prática do Bem-Estar”)
(em “Felicidade – A Prática do Bem-Estar”)
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