Mas por que deveríamos pensar no
sofrimento das outras pessoas quando fazemos tudo o que é possível para evitar
o nosso? Ao fazermos isso não estamos aumentando a nossa própria carga? O
budismo nos ensina que não.
Quando ficamos absorvidos em nós
mesmos, tornamo-nos vulneráveis, presas fáceis da confusão, impotência e
ansiedade. Mas quando temos um sentimento poderoso de empatia pelo sofrimento
dos outros, a nossa resignação impotente cede lugar à coragem, a depressão dá
lugar ao amor, e a estreiteza da mente cede lugar à abertura para com todos que
estão ao nosso redor.
A compaixão e a bondade amorosa são as
maiores entre todas as emoções positivas, desenvolvê-las aumenta a nossa
capacidade de oferecer alívio ao sofrimento dos outros ao mesmo tempo que reduz
a importância dos nossos problemas.
Matthieu Ricard
(em “Felicidade – A Prática do Bem-Estar”)
(em “Felicidade – A Prática do Bem-Estar”)
Nenhum comentário:
Postar um comentário