domingo, 20 de março de 2022

 

Nós realmente não vivemos, mas estamos sendo vividos. Não há nada em qualquer lugar a não ser um Eu universal e impessoal, e nenhum objeto em qualquer lugar tem existência independente desse Eu. Uma vez que haja uma clara apreensão de que o ser humano individual é uma parte inseparável da totalidade da manifestação fenomênica e que ele não pode se retirar da totalidade como uma entidade independente e autônoma, o homem naturalmente deixa de ter intenções pessoais. Quando ele está convencido de que viver é uma espécie de sonho em que não pode ter nenhum controle efetivo sobre suas circunstâncias ou sobre suas ações, todas as suas tensões cessam e uma sensação de liberdade total se instala. Ele então aceita de boa vontade e livremente tudo o que surge em seu caminho dentro da totalidade de funcionamento que esta vida de sonho é.

 

Ramesh Balsekar

Nenhum comentário:

Postar um comentário