sexta-feira, 15 de outubro de 2021

 

Quando nos conectamos com a nossa própria consciência plena, podemos conciliar o que quer que surja: as grandes ondas dos entes queridos morrendo e dos relacionamentos acabando, e as marolas dos computadores quebrados e dos voos atrasados. Nenhuma onda permanece a mesma; todas quebram na praia. Deixe estar. Deixe passar. Torne-se maior que o pensamento, maior que a emoção. Tudo está sempre em fluxo; ao deixar estar, simplesmente permitimos o movimento inerente. Podemos perceber a preferência e o desejo, mas ir ao encalço deles bloqueia o fluxo da mudança. A consciência plena contém a impermanência, não o contrário. Mas ambas têm isso em comum: a nossa liberação vem do reconhecimento.

 

Yongey Mingyur Rinpoche

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