Quando nos conectamos com a nossa
própria consciência plena, podemos conciliar o que quer que surja: as grandes
ondas dos entes queridos morrendo e dos relacionamentos acabando, e as marolas
dos computadores quebrados e dos voos atrasados. Nenhuma onda permanece a
mesma; todas quebram na praia. Deixe estar. Deixe passar. Torne-se maior que o
pensamento, maior que a emoção. Tudo está sempre em fluxo; ao deixar estar,
simplesmente permitimos o movimento inerente. Podemos perceber a preferência e
o desejo, mas ir ao encalço deles bloqueia o fluxo da mudança. A consciência
plena contém a impermanência, não o contrário. Mas ambas têm isso em comum: a
nossa liberação vem do reconhecimento.
Yongey Mingyur Rinpoche
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