Um rio recebe tudo – o esgoto,
os cadáveres, a sujeira das cidades por onde passa, e ainda assim limpa a si
mesmo em poucos quilômetros. Ele recebe tudo e permanece sendo ele mesmo, não
se importando nem discriminando o puro do impuro. São apenas as lagoas, as
pequenas poças d’água que logo são contaminadas, pois elas não são vivas,
correntes, como os rios largos e fluentes de cheiro doce. Nossas mentes são
pequenas poças d’água, logo se tornam impuras. É a pequena poça, chamada mente,
que julga, pesa, analisa, e ainda assim permanece a pequena poça de
responsabilidade.
Jiddu Krishnamurti
(1895-1986)
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