Nossa bondade e compaixão são em geral superficiais. Não nos
abrimos verdadeiramente para o sofrimento dos outros seres e julgamos as situações
apenas através de nossa perspectiva. Assumimos que nossa limitada percepção
seja a correta. Sem refletir, matamos
insetos incômodos que atravessam à nossa frente enquanto comemos. Queremos nos
livrar deles, e dizemos que insetos não sentem nada. Mas não sabemos o que eles
sentem internamente.
A compaixão de um bodhisattva,
ao contrário, é ampla, abrangente, e surge da compreensão acerca do sofrimento
inerente à existência condicionada. A despeito de qualquer condição externa,
essa compaixão vinda do coração irradia-se por todo o universo e abrange até mesmo
os seres que nunca viu, e cuja existência jamais suspeitou.
Lama
Gendun Rinpoche
(em “Heart Advice of a Mahamudra
Master”)
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