Se você permanecer quieto e refrear até mesmo a mais ínfima atividade mental, perceberá o ilusório em todos os fenômenos. Verá que eles não ocupam qualquer ponto no espaço e não podem ser chamados de existentes ou não-existentes. Porém, na Mente Real, mesmo quando é preciso responder aos ditames da casualidade, há reconhecimento do ilusório. Se você souber disso e repousar tranquilamente no vazio, estará trilhando o Caminho dos Budas. Por isso o sutra diz: “Desenvolva uma mente que não repouse em nada”.
Os seres sensíveis prendem-se à roda que
alterna vida e morte, e que é recriada por seus próprios desejos. Seguem eternamente
acorrentados aos seis estados de existência, oprimidos por todos os tipos de
dores e tristezas. Pois quando surgem os pensamentos conceituais, toda sorte de
fenômenos os seguem. Mas tão logo cessa o pensar discriminatório, eles
desaparecem. Reconhecemos assim que todos os fenômenos e todos os seres são
criações da Mente. Se você conseguir alcançar o estado de não-discriminação,
imediatamente as correntes de causa-e-efeito se quebrarão.
Huang Po
(em “ The Zen Teaching of Huang Po”)
(em “ The Zen Teaching of Huang Po”)
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