quarta-feira, 1 de abril de 2015

A derradeira pacificação


Quando um raio de sol bate sobre um pedaço de cristal, jorram luzes irisadas brilhantes, mas insubstanciais. Assim também os pensamentos, em sua infinita variedade – devoção, compaixão, maldade, desejo -, são inacessíveis, imateriais, impalpáveis. Não há nenhum que não seja vazio de existência própria. Se você souber reconhecer a vacuidade de seus pensamentos no exato momento em que surgem, eles se dissolverão. O ódio e o apego não poderão mais abalar a sua mente, e as emoções perturbadoras cessarão por si mesmas. Você não acumulará mais atos nefastos e, consequentemente, não causará mais sofrimento. É a derradeira pacificação.


Dilgo Khyentsé Rinpoche

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