Em certa ocasião, um discípulo perguntou a Buda: "Para onde o sehor irá quando morrer, Mestre?" Buda mandou trazer uma vela e pediu que el fosse acesa. Deixou-a brilhando por um momento e depois a soprou. Perguntou: "Agora, para onde foi a luz?"
O visível se torna invisível. O invisível se torna visível por sua vez.
Quando fazemos prostrações ou recitamos sutras não o fazemos num sentido religioso, apesar de que, se alguém quiser praticá-lo nesse sentido está tudo bem. Nós o fazemos simplesmente para recordar a impermanência de todos os fenômenos, para recordar nosso dia a dia sempre igual e sempre diferente.
A cada manhã você se levanta, lava as mãos, o rosto, escova os dentes. Toma seu desjejum, vai para a rua, sempre igual e sempre diferente. Dia após dia, mês após mês, ano após ano, sempre igual e sempre diferente.
Para onde vai o sutra quando o sutra não está?
Para onde vai a luz quando a luz não está?
Para onde vai a dor quando a dor não está?
Para onde vai a dor quando a dor não está?
(em "Zen, La Eternidad del Relámpago")
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