Na
tradição Soto Zen, meditamos com os olhos levemente abertos, encarando uma
parede em branco. Como Bodhidharma, que se diz ter enfrentado a parede por nove
anos antes de seu primeiro aluno aparecer nos montes de neve, somos chamados de
observadores de parede. Às vezes a parede que enfrentamos é uma parede branca
nua, onde não estamos olhando para nada. Essa parede é chamada de parede, simplesmente. Outras vezes, nos
viramos e enfrentamos outro tipo de parede, onde estamos olhando tudo. Essa
parede chama-se mundo. Sempre parece
haver algum tipo de parede à nossa frente; a questão é se podemos ou não encará-la.
Qualquer
que seja o cenário, nossa prática é a mesma. Nossa prática é encarar tudo o que
a vida é e tudo o que a vida não é. Tudo o que pensamos e sentimos, e tudo o
que não sentimos também.
Karen Maezen Miller
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