domingo, 25 de fevereiro de 2018

Cada passo do caminho é válido em si mesmo


Não é preciso que esses momentos sejam belos, maravilhosos ou “bons”. Basta simplesmente que “sejam”, isto é, que existam, que eu me dê conta deles, que saiba onde estou e o que faço, que não passe pelo mundo e pela vida como cego e surdo, sem ver ou ouvir, sem saber o que faço e o que sou e o que ocorre ao meu redor; que viva em plenitude por saber valorizar cada instante como se apenas ele existisse, e entesourar cada pessoa como se me encontrasse apenas com ela. Viver cada circunstância com entrega generosa e vivência total porque cada passo do caminho é válido em si mesmo, e cada árvore é acolhedora em si mesma, ao mesmo em que também faz parte da paisagem final.


Carlos G. Vallés
(em “Elogio da Vida Cotidiana”)




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