Não é preciso que esses momentos sejam belos, maravilhosos
ou “bons”. Basta simplesmente que “sejam”, isto é, que existam, que eu me dê
conta deles, que saiba onde estou e o que faço, que não passe pelo mundo e pela
vida como cego e surdo, sem ver ou ouvir, sem saber o que faço e o que sou e o
que ocorre ao meu redor; que viva em plenitude por saber valorizar cada
instante como se apenas ele existisse, e entesourar cada pessoa como se me
encontrasse apenas com ela. Viver cada circunstância com entrega generosa e vivência
total porque cada passo do caminho é válido em si mesmo, e cada árvore é
acolhedora em si mesma, ao mesmo em que também faz parte da paisagem final.
Carlos G. Vallés
(em “Elogio da Vida Cotidiana”)
(em “Elogio da Vida Cotidiana”)
Nenhum comentário:
Postar um comentário