quinta-feira, 22 de maio de 2014

Uma consciência contínua da impermanência

Precisamos incutir em nós mesmos uma consciência contínua da impermanência, que esteja viva momento a momento. Isso porque a vida é uma corrida contra a morte, e a hora da morte é desconhecida. Contemplar a aproximação da morte muda as nossas prioridades e nos ajuda a abrir mão do envolvimento obsessivo com coisas ordinárias. Se permanecermos sempre conscientes de que cada momento pode ser o nosso último, iremos intensificar a nossa prática para não despediçarmos nem fazermos mal uso da nossa preciosa oportunidade humana. À medida que amadurece  contemplação dessa verdade, será fácil aprendermos os mais elevados, os mais profundos ensinamentos budistas. Vamos ter alguma compreensão de como funciona o mundo, como as apaências surgem e se transformam. Vamos passar de um mero entendimento intelectual da impermanência para a compreensão de que todas as coisas sobre as quais baseávamos nossa crença na realidade são apenas um cintilar de mudança. Começaremos a ver que tudo é ilusório, como um sonho ou uma miragem. Embora os fenômenos apareçam, na verdade nada estável está de fato presente.

Chagdud Tulku Rinpoche
(em “Portões da Prática Budista”)
 

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