segunda-feira, 14 de julho de 2025

Para Dōgen, a impermanência não é uma negação da realidade, mas exatamente o que torna as coisas reais, preciosas e significativas.

“As flores caem mesmo que as amemos; as ervas crescem mesmo que não as desejemos.” (Genjōkōan)

Aqui, ele mostra que o apego e a aversão não mudam a realidade do fluxo. Mas é justamente esse fluxo que dá valor ao momento presente.

Diferente de escolas budistas que veem a impermanência como algo a ser “superado” ou “transcendido”, Dōgen afirma:

- Impermanência é a própria iluminação.

Não há um eu fixo, uma mente estática, um tempo congelado.

Para Dogen, não há "um eu vendo as coisas mudarem". A mudança é você, é o mundo, é o tempo. 

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