domingo, 20 de setembro de 2020


Você tem uma mente que se estende no tempo. Uma após outra, as coisas acontecem a você, e fica uma lembrança. Não há nada de errado nisso. O problema surge apenas quando a lembrança de dores e prazeres passados, que são essenciais a toda a vida orgânica, permanece como um reflexo, dominando seu comportamento. Esse reflexo toma forma de um “eu” e usa o corpo e a mente para seus fins, que, invariavelmente, são a busca do prazer e a fuga da dor. Quando você reconhece o “eu” como um feixe de desejos e de medos, e o senso de “meu” como abrangendo todas as pessoas e coisas necessárias a esse objetivo de evitar dor e assegurar prazer, você verá que o “eu” e o “meu” são ideias falsas, que não têm fundamento na realidade. Criadas pela mente, elas agora dominam seu criador, que as toma por verdadeiras. Quando questionadas, elas se dissolvem.



Nisargadatta Maharaj

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