Você tem uma mente que
se estende no tempo. Uma após outra, as coisas acontecem a você, e fica uma
lembrança. Não há nada de errado nisso. O problema surge apenas quando a
lembrança de dores e prazeres passados, que são essenciais a toda a vida
orgânica, permanece como um reflexo, dominando seu comportamento. Esse reflexo
toma forma de um “eu” e usa o corpo e a mente para seus fins, que,
invariavelmente, são a busca do prazer e a fuga da dor. Quando você reconhece o
“eu” como um feixe de desejos e de medos, e o senso de “meu” como abrangendo
todas as pessoas e coisas necessárias a esse objetivo de evitar dor e assegurar
prazer, você verá que o “eu” e o “meu” são ideias falsas, que não têm
fundamento na realidade. Criadas pela mente, elas agora dominam seu criador,
que as toma por verdadeiras. Quando questionadas, elas se dissolvem.
Nisargadatta Maharaj
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