Quando alguém pedia uma caligrafia ao mestre zen Ryokan, este desculpava-se:
“Farei para você depois que praticar mais e melhorar”. Porém, quando estava
inspirado, ele podia pintar muitas peças em sequência, não importando a
qualidade do pincel, da tinta ou do papel.
O chefe de uma grande empresa de comércio há tempos tentava
conseguir uma caligrafia sua, sem sucesso. Um dia em que Ryokan foi à sua casa mendigar comida, ele o puxou para dentro e, apontando para uma tela dourada que há muito estava preparada para a ocasião, pediu-lhe que escrevesse algo, avisando: “Não deixarei que partas até que termine”.
Sem escolha, Ryokan empunhou o pincel e escreveu:
“Eu não quero. Eu não quero. Eu não quero. Eu não quero.”
(citado por Yoshishige
Kera no livro “Sky Above, Great Wind” a respeito do grande mestre zen Ryokan)
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