terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Uma canção budista

A felicidade não pode ser encontrada através de esforço e força de vontade, mas ela já está presente no relaxamento aberto e no permitir que as coisas fluam.

Não force a si mesmo, não há nada a fazer ou desfazer. O que quer que surja momentaneamente na mente não tem importância alguma, e nem qualquer realidade. Por que então identificar-se com isso, tornar-se apegado a isso, criar julgamentos sobre isso, e sobre nós mesmos?

É muito melhor simplesmente permitir que esse jogo prossiga por conta própria, surgindo e recuando como ondas, sem alterar ou manipular nada e percebendo como tudo desaparece e reaparece, magicamente, uma e outra vez no tempo sem fim.

Só nossa busca pela felicidade nos impede de vê-la. É como um arco-íris vívido o qual você persegue sem nunca alcançar, ou como um cachorro correndo atrás do próprio rabo.

Apesar da paz e da felicidade não existirem como coisas ou lugares reais, elas estão sempre disponíveis e acompanham você a cada instante.

Não acredite na realidade das experiências boas e ruins; elas são como o clima efêmero, um arco-íris no céu.

Querendo compreender o incompreensível, você se esgota em vão. Assim que você abrir e relaxar este punho crispado de tanto tentar agarrar, o espaço infinito estará lá - aberto, acolhedor e aconchegante.Faça uso deste espaço, desta liberdade e naturalidade. Não procure nada mais, como quem busca o grande elefante desperto que já está descansando tranquilamente em casa, em frente à tua própria lareira.

Nada a fazer ou desfazer, Nada a se forçar, Nada a se querer, e nada faltar.

É maravilhoso! Tudo acontece por si só.

Lama Gendun Rinpoche

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