segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A única maneira de escapar

A única maneira de escapar de onde estamos metidos é mudar nossa mente. Mudando a mente, muda tudo. Parece que a pessoa não teve escolha, mas teve no passado, não acontece nada conosco que não mereçamos. Nada. Tudo que acontece, merecemos de alguma forma, no mínimo, por termos nascido neste mundo, por termos escolhido esse mundo, essas casualidades, guerras, terremotos, ódio, egoísmo.
 
Mas porque escolhemos esse mundo? Porque nos sentimos atraídos por ele. É a mesma coisa que acontece com as pessoas na cidade. A pessoa chega em uma cidade e pode fazer o que quiser, várias coisas. Ela chega à essa cidade desconhecida, pode se sentir atraído a entrar numa igreja, museu, parque, mas também pode perguntar “onde tem um boteco que eu possa beber?” As escolhas são dele. Ele vai para o lugar onde se sente atraído. Nosso carma se sente atraído para se manifestar num mundo em particular, numa família em particular, um país em particular, onde existam as condições parecidas com aquilo que nos atrai, que sempre nos atraiu, com corpo e impulsos daquilo que já nos atraiu. Estamos presos aos nossos impulsos e não conseguimos escapar. Então a vida que vivemos é construída por nós mesmos e quando dizemos, “não teve escolha”, sim, teve, talvez não agora, agora parece uma grande injustiça, mas existe uma causa passada, porque não existe efeito sem causa. Quando algo cai no chão podemos dizer que nada criou a condição para que ela caísse? Todos os efeitos têm causa, mesmo os que parecem injustos.
 
Monge Genshô
(em seu blog "O Pico da Montanha é onde estão os meus pés")
 

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