segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Nós somos ilusões, ondas na superfície da vacuidade, sem substância permanente, sem possibilidade de eternidade, de modo que nossos “eus” não podem sobreviver nem ao dia de amanhã. Assim, uma coisa é bastante clara: quando entramos em uma sala de meditação com um “eu”, sentamos com outro “eu”, levantamos com outro “eu”, e amanhã seremos outro “eu”, porque o que acreditamos ser nosso “eu” nada mais é do que a impressão produzida pela sucessão de sensações e pensamentos na mente. Por causa disso tudo, e porque cremos muito nisso, estamos presos ao mesmo redemoinho todo o tempo e condenados a repetir as mesmas experiências a todo momento. Repetimos as mesmas experiências durante essa vida, os mesmos tipos de ligações, o mesmo tipo de desejo infindavelmente.


Monge Genshô 

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