Entendi que, em vez de
tentar me livrar do meu pânico, tive de me familiarizar com o rígido sentido do
eu que tentava manter as coisas no lugar. Poderia deixar o pânico ter vida
própria. Ele se dissolveria para sempre ou talvez ressurgisse novamente e,
ainda outra vez, mas, de qualquer maneira, conseguiria viver com isso; e vi
que, mesmo se me livrasse do meu pânico, outras ondas surgiriam e sempre haveria
circunstâncias difíceis, tristeza, doença, ansiedade e emoções fortes. Mas, sem
uma mente fixa, esses problemas da vida diária poderiam retornar à mente oceânica
mais ampla e mais espaçosa. Tentar parar as ondas seria como tentar para a
mente ou agarrar o ar em nossas mãos. Não é possível.
Yongey Mingyur Rinpoche
Nenhum comentário:
Postar um comentário