Há quem acredite que o
corpo físico de um Buda não pode ser ferido e que um Buda não pode sentir
tristeza ou dor. Mas é a natureza búdica, não o corpo físico, que não pode ser
ferido.
Certa vez, um monge
veio a Joshu Jushin (em chinês, Zhaozhou Congshen; 778-897), que foi um dos
maiores mestres zen chineses. O monge perguntou a Joshu qual era a coisa mais impenetrável
do mundo. Joshu respondeu: “Se você deseja me caluniar, não se contenha. Se sua
própria boca é insuficiente, use também o bico de um pássaro. E se você
realmente quer me insultar, cuspa em mim o quanto quiser. Se sua saliva for
insuficiente, pegue um balde de água e derrame-o sobre mim.
A pergunta e resposta
acima podem parecer estranhas, mas o que Joshu quer demonstrar é o seguinte: aquilo
que é mais impenetrável do que qualquer diamante é realmente inerente a todos
nós. E isso não pode ser insultado nem sujo, nem ferido nem abalado.
Soko Morinaga
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