Formas que surgem de
momento a momento a partir da verdadeira natureza e depois retornam a ela, no não-eu,
elas não têm nenhum eu individual. Tentativas de compreender a
verdadeira natureza através da forma dão origem à falsa suposição de um eu
permanente e imutável. Se, por exemplo, alguém perguntar qual é a forma da
água, a resposta comum é que a água não tem forma. E, no entanto, de momento a
momento, a água se manifesta de alguma forma. Por exemplo ver a água em uma
tigela e acreditar que ela é redonda seria um erro causado por não ter
consciência da verdadeira natureza da água e de tudo o mais. O que surge pelo
erro dessa forma se torna ilusão, e devido
à ilusão, tem existência aparente. No
entanto, uma forma apenas aparentemente existente ainda pode produzir odor,
pode doer ou se sujar, enquanto a verdadeira natureza do vazio não.
Soko Morinaga
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