segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Fantasma



Em vez do fenômeno ser aceito como manifestação do imanifesto, ocorre uma identificação equivocada com uma pseudoidentidade, e um fantasma dotado de uma suposta existência autônoma é então criado. Supõe-se que esse fantasma tenha liberdade de escolha e ação. É esse fantasma que, supostamente, nasce, morre e renasce. E, assim, esse fantasma se vê exposto ao processo de causalidade conhecido como carma, aceita o “aprisionamento” e o “renascimento” e busca uma “libertação” imaginária.

Em outras palavras, um eu-fantasma dotado de uma suposta existência independente e autônoma é superposto ao processo natural de manifestação dos fenômenos, e esse eu-fantasma é sobrecarregado com o conceito dos efeitos de suas ações supostamente volitivas, ou seja, o carma, o aprisionamento e o renascimento!


Sri Nisargadatta Maharaj
(citado por Ramesh Balsekar em “Revelações de Sri Nisargadatta Maharaj” – Satsang Editora)



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