Quanto mais confiança um ser humano tiver em outro, melhor
ele poderá amá-lo; quanto mais o criador entregar-se a sua obra, mais ela corresponderá
a ele. O amor - como arte ou meditação - é pura e simplesmente confiança. E prática,
claro, porque a confiança também é exercitada. A meditação é uma disciplina que
aumentar a confiança. A pessoa senta e o que faz? Confia. Meditação é uma
prática de espera. Mas o que realmente se espera? Nada e tudo. Se algo concreto
fosse esperado essa espera não teria valor, porque seria encorajada pelo desejo
de algo que está faltando. Quando é não-utilitária, livre, essa expectativa ou
confiança torna-se algo genuinamente espiritual.
Pablo D’Ors
(em “Biografía del Silencio”)
(em “Biografía del Silencio”)
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