Ao desejar boa-noite aos meus filhos, gosto de me lembrar
que abraço seres que um dia vão morrer. Assim me lembro do presente excepcional
que me é dado e saboreio a alegria de passar tempo na companhia deles. Tento
também reverter meu olhar para considerar cada encontro, por mais banal que
pareça, como um milagre, um lugar de ensinamento. E nunca deixo de me
maravilhar diante da riqueza dos seres humanos. No metrô, penso que nunca mais
vou cruzar com esse mendigo que está ao lado desse executivo. Esse instante
nunca mais se produzirá. Fechar os olhos às dádivas do cotidiano é passar ao
lado da alegria e viver pela metade.
Alexandre Jollien
(em “O Caminho da
Sabedoria”)
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