quinta-feira, 14 de maio de 2015

Ver sua natureza original é encontrar o Buda



Você não pode conhecer sua própria mente enquanto seguir enganando a si próprio. Enquanto enfeitiça a si próprio com uma vida sem sentido, morta, você não é livre. A culpa não é de Buda. Mas as pessoas são iludidas e inconscientes de que suas próprias mentes são o Buda.  Não fosse assim e não estariam procurando o Buda fora de suas mentes.

Se usar sua mente para procurar Buda, não o encontrará. Enquanto seguir procurando o Buda por aí, jamais verá que sua própria mente é o Buda. Não use sua mente para invocar os Budas. Budas não recitam sutras. Budas não seguem preceitos, e não quebram preceitos. Budas não constroem ou destroem nada. Budas não fazem o bem e nem o mal.

Para encontrar o Buda você deve olhar para dentro de sua própria natureza original. Aquele que vê sua natureza é um Buda. Invocar Budas, recitar sutras, fazer oferendas, seguir os preceitos, tudo isso é inútil se você não reconhece sua natureza. Invocar os Budas somente resultará em um bom carma; recitar sutras possibilitará apenas desenvolver uma boa memória; seguir os preceitos garantirá um bom renascimento. Oferendas trarão bençãos futuras – mas não o Buda.

Pois qualquer prática é condicional – produz carma! Elas almejam e trazem retribuições e com isso mantém girando a roda do carma. E enquanto você estiver preso ao carma, sujeito a nascimentos e mortes, não alcançará a Iluminação. Para alcançar a Iluminação é necessário ver dentro da própria natureza.

Um Buda é um ser livre de carma. Livre de causas e efeitos. 

Bodhidharma
(em “The Zen Teaching of Bodhidharma”)

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