Você não pode conhecer sua própria mente enquanto seguir enganando a si próprio. Enquanto enfeitiça a si próprio com uma vida sem sentido, morta, você não é livre. A culpa não é de Buda. Mas as pessoas são iludidas e inconscientes de que suas próprias mentes são o Buda. Não fosse assim e não estariam procurando o Buda fora de suas mentes.
Se usar sua mente para procurar Buda,
não o encontrará. Enquanto seguir procurando o Buda por aí, jamais verá que sua
própria mente é o Buda. Não use sua mente para invocar os Budas. Budas não
recitam sutras. Budas não seguem preceitos, e não quebram preceitos. Budas não
constroem ou destroem nada. Budas não fazem o bem e nem o mal.
Para encontrar o Buda você deve olhar para
dentro de sua própria natureza original. Aquele que vê sua natureza é um Buda. Invocar
Budas, recitar sutras, fazer oferendas, seguir os preceitos, tudo isso é inútil
se você não reconhece sua natureza. Invocar os Budas somente resultará em um bom
carma; recitar sutras possibilitará apenas desenvolver uma boa memória; seguir
os preceitos garantirá um bom renascimento. Oferendas trarão bençãos futuras –
mas não o Buda.
Pois qualquer prática é condicional –
produz carma! Elas almejam e trazem retribuições e com isso mantém girando a roda do carma.
E enquanto você estiver preso ao carma, sujeito a nascimentos e mortes, não
alcançará a Iluminação. Para alcançar a Iluminação é necessário ver dentro da
própria natureza.
Um Buda é um ser livre de carma. Livre
de causas e efeitos.
Bodhidharma
(em “The Zen Teaching of Bodhidharma”)
(em “The Zen Teaching of Bodhidharma”)
Nenhum comentário:
Postar um comentário