quarta-feira, 20 de março de 2013

Morrermos para nós


Não há movimento em nós, não precisa existir, se pararmos esse movimento e apenas refletirmos, o que não significa não pensar, mas sim estar além do pensar e não pensar, então refletiremos a dimensão suprema. Esquecendo de nós mesmos, mergulhando na dimensão suprema, nós seremos o próprio universo, entenderemos a natureza dos deuses, seremos indestinguíveis dos deuses porque, ao morrermos para nós, permitiremos que a dimensão suprema se manifeste.

(...)A ambição do Zen é libertar. Libertar-nos de nossa própria ilusão. Toda a técnica e o ambiente do Zen foi concebida dessa forma, para estarmos conscientes dos momentos presentes, calarmos nossos pensamentos e aprendermos profundamente sobre nós mesmos.

Todos somos iniciantes, também sento e me vem pensamentos, deixe-os passar isto nunca cessará completamente. O que precisamos é de experiência de momentos de dimensão suprema. Dessa forma sentamos e lutamos para ter lapsos de dimensão suprema, para enxergamos a dimensão suprema, esquecermos de nós mesmos, se tivermos lapsos de dimensão suprema não precisamos de fé alguma, e ninguém precisará acreditar no Budismo, pois trata-se de uma experiência, simplesmente sente e experimente, se você vir um lapso da dimensão suprema você saberá que ela existe e assim poderá aprofundar essa experiência, fazendo com que seja mais prolongada através do treinamento, da insistência e da prática continuada, então, em vez de segundos, você terá centenas de segundos, minutos. Até que um longo samadhi se estabeleça.

Monge Genshô
(em seu excelente blog "O Pico da Montanha é onde estão os meus pés" - postado com o título "Buscando a experiência")

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