Para Dōgen, a impermanência não é uma negação da realidade, mas exatamente o que torna as coisas reais, preciosas e significativas.
“As flores caem mesmo que as amemos; as ervas crescem mesmo que não as desejemos.” (Genjōkōan)
Aqui, ele mostra que o apego e a aversão não mudam a realidade do fluxo. Mas é justamente esse fluxo que dá valor ao momento presente.
Diferente de escolas budistas que veem a impermanência como algo a ser “superado” ou “transcendido”, Dōgen afirma:
- Impermanência é a própria iluminação.
Não há um eu fixo, uma mente estática, um tempo congelado.
Para Dogen, não há "um eu vendo as coisas mudarem". A mudança é você, é o mundo, é o tempo.