sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Despertar das ilusões significa esquecer-se de si mesmo e dedicar-se ao bem de todos. Isso não é algo realmente fácil em uma sociedade que valoriza a individualidade, a opinião própria e o egoísmo acima de tudo. Por isso nos sentamos em zazen. Para combater ilusões tão profundamente arraigados é necessário ter uma prática regular, criar um hábito,  romper uma porta, a porta da preguiça, do desânimo,  da falta de determinação para, assim, abrirmos a porta da disciplina,  da dedicação, da diligência - um primeiro portal do dharma.

Sejamos fortes e diligentes, porque só por nossos próprios esforços é que conseguimos despertar.


Monge Genshô 

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Estando imerso no vazio, a sabedoria da compreensão emerge naturalmente. Ao abandonar o apego aos fenômenos aos quais ligamos nossos sentidos, a iluminação interior surge.


Honghzi 

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Toda a prática repousa na fé,  verificada através da experiência,  de que a onipresente luminosidade búdica é nossa desde sempre.


Hongzhi

sábado, 14 de setembro de 2024

Sendo vazio e sem desejos, frio e magro, simples e genuíno,  é assim que se elimina os hábitos de muitas vidas. Quando as marcas dos velhos hábitos se esgotam, a luz original aparece,  brilhando em seu íntimo, não admitindo nenhum outro interesse. Vasto, sem limites, sem direção, sem frente ou verso. Quando você abandona tudo e volta-se para o seu interior,  a realização acontece.  Nesse momento, a especulação e as opiniões estão a quilômetros de distância. Mas como está além das palavras,  como seria possível explicar ou apontar para ela?


Hongzhi

Momento a momento um pensamento surge e desaparece sem permanecer. Momento a momento um corpo desaparece sem permanecer. No entanto,  o poder da prática sempre amadurece.


Dogen

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Para combater ilusões tão profundamente arraigadas é necessário ter uma prática regular, criar um hábito,  romper uma porta, a porta da preguiça, do desânimo,  da falta de determinação para, assim, abrirmos a porta da disciplina,  da dedicação,  da diligência - um primeiro portal do Dharma. Sejamos fortes e diligentes, porque só por nossos próprios esforços é que conseguimos despertar.


Monge Genshô 

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Se não há esclarecimento o suficiente nas outras pessoas, não adianta sair brigando, não vale a pena. Nada fazer, nesses casos, é como preservar a sanidade mental e a paz na sua própria mente. Se as circunstâncias em volta tentam deslocar-lhe desse centramento, a única opção é eu ter me sentado [em zazen] o suficiente para saber que minha mente funciona assim, e eu não vou permitir que ela se desvie agora. Então, apesar da turbulência de tudo o que está acontecendo, eu vou simplesmente esperar. Não acontecerá nada por eu esperar, e, mesmo que aconteça alguma coisa inevitável, você tem que saber aceitar.

Uma vez o meu primeiro professor me perguntou: “Se você está em um local e há quatro montanhas, uma na sua frente, outra nas suas costas, outra de um lado e outra do outro (ele era Japonês, e no Japão terremotos são comuns, ocorrem todos os dias), se as quatro montanhas começam a cair em cima de você  e não tem nenhum lugar para ir, o que você faz?”. Eu disse: “Não sei.” Ele replicou: “Tão simples – deixe cair. Você aceita, senta e deixa cair. Porque, se é inevitável, você tem que saber aceitar”. 

É isso que tem que estar presente na mente do praticante espiritual: você está realmente preparado para a hora da sua morte? Porque pode acontecer hoje, amanhã, a qualquer momento. Que mente você tem? É uma mente capaz de aceitar todas as montanhas caindo em cima de você? Se você se sentar e aceitar o inevitável, bom, então vai morrer bem.


Monge Genshô