segunda-feira, 13 de julho de 2020


As quatro visões errôneas dos fenômenos são:

1 Achar que aquilo que está em constante mudança é duradouro e permanente. Isso significa não perceber que todos os fenômenos estão sujeitos a mudanças constantes e considera-los como sendo duradouros e permanentes.

2 A visão de que o que é sofrimento seja felicidade. É considerar que as próprias opiniões sejam a verdade e entender a felicidade como a realização delas. Isso, no entanto, significa não perceber que a realidade - nossa vida desde o nascimento, passando pela doença e a velhice até a morte - não obedece aos nossos próprios desejos e não está sujeita ao nosso controle, mas é a atividade de um poder que está além de todas as concepções possíveis.

3 Tomar como "eu" o que de fato é não-eu. Isso significa não ver que todas as formas são desprovidas de um eu permanente e imutável, e assumir equivocadamente a existência de um eu inerente e eterno em todas as formas.

4 Ver como puro o que é impuro, estabelecer distinções arbitrárias entre bonito e feio, e não perceber que o que agora é chamado de bonito (por exemplo, uma mulher bonita) com o tempo muda para o que é chamado de feio. Na verdade, são dois erros: o primeiro é diferenciar o que é belo e o que é feio; o segundo, conseqüente ao primeiro, é ficar então atado à beleza e, assim, desconhecer o feio, que na verdade é a outra face da beleza. Isso resulta em apegar-se à beleza e ignorar ou recusar o feio

Soko Morinaga

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